terça-feira, 16 de abril de 2013


A Celebração Eucarística desta segunda-feira, 15 de abril, da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recordou os bispos falecidos desde a última Assembleia Geral, realizada no ano passado.
Na celebração, que foi presidida pelo bispo de Botucatu, Estado de São Paulo, dom Maurício Grotto de Camargo, foram acesas velas em memória por cada um dos bispos falecido.
Na procissão de entrada estavam os bispos das dioceses que perderam seus pastores desde a última assembleia.
Por ocasião de sua Assembleia Geral, a CNBB alimenta em seus momentos orantes a vida e o ministério dos seus membros e faz a oração de Ação de Graças pela nomeação de novos bispos, a oração de gratidão pelo ministério dos bispos eméritos e a oração em sufrágio dos bispos falecidos.
Em sua homilia, dom Maurício pediu aos fiéis que a exemplo de Jesus Cristo estejam dispostos a dar a vida pelo bem comum. “Precisamos estar dispostos a dar a vida pelo bem comum”, afirmou.
O bispo de Botucatu recordou, em especial, os bispos já falecidos que dedicaram suas vidas a Igreja e ao povo de Deus.
Após a celebração, os bispos se dirigiram para o Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida para retomar as atividades da 51ª Assembleia Geral.
Lista dos bispos que faleceram após a Assembleia 2012
Dom Frei Agostinho José Sartori - Bispo Emérito de Palmas/Francisco Beltrão (PR).Dom Luiz Gonzaga Bergonzini – Bispo Emérito de Guarulhos-SPDom Aloysio José Leal Penna – Arcebispo Emérito de Botucatu-SPDom Joviano de Lima Júnior – Arcebispo de São José do Rio Preto – SPCardeal Eugênio de Araújo Sales - Arcebispo Emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro – RJDom José Foraloso – Bispo Emérito de Marabá-PADom Eduardo Koiak – Bispo Emérito de Piracicaba-SPDom Hélio Gonçalves Heleno – Bispo Emérito de Caratinga-MGDom José Rodrigues de Sousa - bispo emérito de Juazeiro (BA)Dom Luís D’Andrea - bispo emérito de Caxias (MA)Dom Antônio Maria Mucciolo – Arcebispo Emérito de Botucatu-SP.Dom Luiz Eugênio Perez – Bispo Emérito de Jaboticabal-SPDom José Song Sui-Wan – Bispo Emérito de São Gabriel da Cachoeira-AMDom José Alves – Bispo Emérito de Corumbá-MS

Os membros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) refletem na manhã deste sexto dia da assembleia geral a respeito de assuntos relacionados à Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé que destacam dois aspectos importantes do seu trabalho: o Ano da Fé e suas ações concretas e o Catecismo da Igreja Católica.
Instituído por Bento XVI, o Ano da Fé começou na festa de aniversário de 50 anos do início dos trabalhos do Concílio Vaticano II, dia 11 de outubro de 2012 e dura até a festa litúrgica do Cristo Rei, em novembro deste ano de 2013. Segundo dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, em artigo sobre o assunto, afirmou: “Neste Ano da Fé, procuremos renovar a vida batismal, crescendo na fé em Cristo, na participação na Igreja e no testemunho cotidiano da fé. Valorizar o Batismo implica também em ajudar outros irmãos ainda não-batizados a acolherem a graça do Batismo, testemunhando-lhes a beleza e o vigor da fé batismal. De modo especial, procuremos motivar os pais a batizarem seus filhos”. E sobre o Catecismo, o arcebispo de Brasília disse: “Sabemos que o Catecismo tem um esquema que pode servir de grande orientação para o próprio Ano da Fé. Ele se organiza em A fé professada – que apresenta os conteúdos fundamentais da fé, através da oração do Credo, pois há muita gente que não entende certos artigos do Credo. Temos também A fé celebrada – precisamos crescer, a fé não pode ficar apenas na cabeça, mas deve chegar ao coração. E a fé deve virar vida, e aí está A fé vivida – o Catecismo tem muitas respostas sobre assuntos atuais, e isso é geralmente desconhecido”.
Ainda pela manhã, os bispos tratam de questões de Vida e Família ao acompanhar a apresentação dos trabalhos e declarações feitas pela Comissão Episcopal que se ocupa desses temas. Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e presidente desta Comissão da CNBB, afirmou em Nota, por ocasião da recente publicação do posicionamento do Conselho Federal de Medicina em apoio à possibilidade de aborto até 12 semanas de gestação: “Para justificar sua posição, o CFM evoca a autonomia da mulher e do médico, ignorando completamente a criança em gestação. Esta não é um amontoado de células sem maior significado, mas um ser humano com uma identidade biológica bem definida; com um código genético próprio, diferente do DNA da mãe. Amparado no ventre materno, o nascituro não constitui um pedaço do corpo de sua genitora, mas é um ser humano vivo com sua individualidade. A esse respeito convergem declarações de geneticistas e biomédicos”.
Um assunto que volta ao debate em plenário é a Questão Agrária. Será apresentada a nova redação do texto que poderá ser aprovado ao final da Assembleia Geral. Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, afirmou que o novo documento terá alguns eixos principais, partindo da real situação do povo brasileiro em relação à questão agrária. “Vamos colocar um nome comum, Via Campesina, porque temos diversos segmentos diferenciados de acordo com as regiões brasileiras de pequenos agricultores que trabalham, vivem da terra e produzem o alimento no Brasil.”
Nos trabalhos de hoje ainda estarão presentes na pauta os seguintes temas: votação de textos litúrgicos; novos debates sobre o Diretório da Comunicação; apresentação das Comissões Episcopais para a Amazônia e a Missão continental; notícia sobre o projeto de comunhão e partilha entre as dioceses.
Serviço - COLETIVA DE IMPRENSAHora: 15 hs Local: Sala de Coletiva / Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho – Aparecida (SP). Transmissão ao vivo através do link http://a12.com/cnbb/ 
Entrevistados: Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF), dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO).
Mais informações - Assessoria de Imprensa da CNBB Email: cnbb.imprensa@gmail.com Facebook/ fanpage: assembleia geral da CNBB
Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da FéNascimento: 17/10/1959 Local: Dobrada (SP); Ordenação Presbiteral: 14/12/1984; Nomeação Episcopal como bispo auxiliar de Fortaleza (CE): 13/06/2001; Nomeação Episcopal como arcebispo coadjutor de Teresina (PI): 30/03/2007 e como arcebispo metropolitano: 03/09/2008; Nomeação como arcebispo de Brasília (DF): 15/06/2011.Atividades: membro da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé - CNBB (2002-2007), membro da Comissão Episcopal do Mutirão de Superação da Miséria e da Fome da CNBB (2001-2004), secretário do Regional Nordeste I (2002-2007), bispo de referência da Pastoral da Juventude e da Pastoral Vocacional no Regional Nordeste I (2002-2007), bispo de referência para o Ensino Religioso e para os Presbíteros, no Regional Nordeste IV (2007-2011), presidente da Comissão Episcopal para o Seminário do Regional Nordeste IV (2007-2011), membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB (2007-2011), presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM (2007-2011), e presidente do Regional Nordeste IV (2007-2011). Atualmente, é Arcebispo Metropolitano de Brasília, presidente da Comissão Episcopal para Doutrina da Fé, da CNBB, membro do Conselho de Pastoral (CONSEP) e do Conselho Permanente da CNBB. 
Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e FamíliaNascimento: 18/11/1945 Local: Fermo (Itália); Ordenação Presbiteral: 1975; Nomeação Episcopal como bispo auxiliar de Salvador (BA): 2005; Nomeação como bispo de Camaçari (BA): 2011.Formou-se em Ciências Políticas na Universidade de Perúgia-Itália, em março de 1970, neste mesmo ano chegou a São Paulo. Ainda leigo, estudou Teologia na Faculdade Nossa Senhora da Assunção (São Paulo) e foi ordenado sacerdote em 1975. Cursou o Mestrado e o Doutorado em Ciências Sociais na PUC SP, realizando pesquisas sobre comunidades de base e sobre as relações entre religião e sociedade moderna. Em 1989 mudou-se para Salvador, onde foi Reitor do Seminário Propedêutico (de 1990 a 1998) e diretor do Instituto de Teologia da UCSAL (de 2005 a 2009). Desde 1998, é diretor da Seção Brasileira do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família. Em 2005 foi nomeado pelo Papa João Paulo II, Bispo Auxiliar de Salvador. Em maio de 2007 participou da Conferência de Aparecida. É um dos maiores divulgadores do movimento Comunhão e Libertação. Em 19 de fevereiro de 2011 tomou posse da Diocese de Camaçari. No dia 11 de maio de 2011 foi eleito Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB.  
Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO), presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e PazNascimento: 05/08/1950 Local: São Carlos (SC); Ordenação Presbiteral: 02/12/1979; Nomeação Episcopal como bispo Ipameri (GO): 19/05/1999.Em entrevista sobre expectativas para esta assembleia, dom Guilherme compartilhou: “A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, que atualmente presido, entre outros assuntos vai apresentar nesta Assembleia o novo documento sobre a Igreja e a questão agrária no Brasil e vai pedir o encaminhamento para aprovação como Documento Oficial. Ainda vai apresentar como Documento de Estudos um texto sobre os Quilombolas; um estudo sobre o novo Marco Regulatório da Mineração que está sendo elaborado pelo governo federal e está totalmente desconhecido e sem participação da sociedade brasileira (...) Sempre a nossa Comissão tem muitos assuntos que são levados para a Assembleia porque são de nossa responsabilidade todas as questões de todas as Pastorais Sociais”.  

"A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas." Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da missa presidida na manhã desta segunda-feira na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, da qual participaram, entre outros, os funcionários do Serviço telefônico vaticano e do Setor internet vaticano.
O Santo Padre convidou a rezar pelos muitos mártires que hoje são falsamente acusados, perseguidos e assassinados por ódio à fé.
Estevão, o primeiro mártir da Igreja, é uma vítima da calúnia. E a calúnia é pior do que um pecado: a calúnia é uma expressão direta de Satanás.
O Papa não usou meios termos para estigmatizar um dos mais desprezíveis comportamentos humanos. A leitura dos Atos dos Apóstolos apresenta Estevão, um dos diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que é levado ao Sinédrio por causa de seu testemunho do Evangelho, acompanhado de sinais extraordinários.
E diante do Sinédrio – lê-se no texto – aparecem "falsas testemunhas" que acusaram Estevão.
Francisco foi incisivo sobre este ponto: porque – observou – "não bastava o combate honesto, a contenda entre homens de bem", os inimigos de Estevão embocaram "o caminho da luta suja, a calúnia":
"Todos nós somos pecadores: todos. Temos pecados. Mas a calúnia é outra coisa. É claro que é um pecado, mas é outra coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa intrinsecamente ruim: nasce do ódio. E quem faz o ódio é Satanás. A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, nas almas. A calúnia utiliza a mentira para seguir adiante. E não duvidemos: onde há calúnia está Satanás, ele mesmo."
Em seguida, o Papa passou da atenção para o comportamento dos acusadores para a atenção ao comportamento do acusado. Estevão, observou, não retribuiu a mentira com a mentira, "não quis seguir por aquele caminho para salvar-se. Ele olhou para o Senhor e obedeceu à lei", permanecendo na paz e na verdade de Cristo. E é o que "acontece na história da Igreja" – reiterou –, porque do primeiro mártir até hoje são numerosos os exemplos de quem testemunhou o Evangelho com extrema coragem:
"Mas o tempo dos mártires não acabou: também hoje podemos dizer, na verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo dos primeiros séculos. A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados, que são perseguidos, que são assassinados por ódio a Jesus, por ódio à fé: um é assassinado porque ensina catecismo, outro porque carrega a cruz... Hoje, em muitos países, os caluniam, os perseguem... são irmãos e irmãs nossos que hoje sofrem, neste tempo de mártires."
O nosso tempo – repetiu o Papa Francisco – "é uma época com mais mártires do que nos primeiros séculos". E uma época de "muitas turbulências espirituais" trouxe à mente do Pontífice a imagem de um antigo ícone russo: o ícone de Nossa Senhora que com o seu manto cobre o povo de Deus:
"Peçamos à Virgem Maria que nos proteja, e nos tempos de turbulência espiritual o lugar mais seguro é sob o manto de Nossa Senhora. É a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires é ela, de certo modo, a protagonista da proteção. É a mãe. (...) Digamos a ela com fé: 'A Igreja está sob a tua proteção, ó mãe. Cuida da Igreja'."

Em agradecimento aos cinco cardeais do Brasil que participaram do último Conclave que elegeu o Papa Francisco, a TV Canção Nova organizou uma cerimônia de homenagens, no domingo, 14 de abril. Na solenidade realizada na sede da comunidade, em Cachoeira Paulista (SP), os cardeais dom Cláudio Hummes, OFM, dom Geraldo Majella Agnelo, dom Odilo Pedro Scherer receberam uma pequena estatueta com a imagem de São Pedro, primeiro Papa da Igreja Católica, como forma de expressar a importante contribuição destes membros do Colégio Cardinalício na escolha do Sumo Pontífice e na missão da Igreja no Brasil. O cardeal João Braz de Aviz, que está em atividades em Roma, também foi lembrado entre os homenageados.
Anualmente, durante a Assembleia Geral da CNBB, os bispos são convidados para uma recepção na Canção Nova que oferece, gentilmente, um jantar ao episcopado, padres e colaboradores da Conferência. Na ocasião, o fundador da comunidade, Monsenhor Jonas Abib manifestou profundo agradecimento aos bispos pela visita e disse que a Canção Nova “está a serviço da Igreja do Brasil e a todos os seus pastores na obediência”. A cerimônia contou com a presença do Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni D´Aniello e do bispo de Lorena, dom Benedito Beni dos Santos, entre outras autoridades. O presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis deixou uma palavra de gratidão aos membros da comunidade Canção Nova pelo empenho no trabalho de evangelização através dos meios de comunicação.
Confira as fotos da cerimônia na página do facebook: assembleiageraldacnbb

Durante a entrevista coletiva desta 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, dom Guilherme Werlang, recordou o tema da questão Agrária no início do século XXI, que está em discussão no evento. “Em 2010 foi lançado o assunto foi apresentado à Igreja num documento de estudos”, disse o bispo, que recordou a atuação da Igreja neste segmento.
O episcopado brasileiro já publicou diversos documentos relacionados à questão agrária, o último destes foi há 30 anos. “Inicialmente, com o documento de 1980, e depois por meio de notas, declarações e até campanhas da Fraternidade, a Igreja abordou este tema. Mas sentimos que é hora de atualizar esta reflexão”, afirmou dom Guilherme.
O novo texto apreciado pelos bispos nesta Assembleia Geral foi, em sua maior parte, bem recebido e recebeu novas contribuições. “Por isso, a comissão que cuida da elaboração do texto propôs, que o texto seja melhor trabalhado”, relatou dom Guilherme.
O bispo enfatizou que “o texto é urgente e necessário, e os bispos precisam dar uma palavra contundente sobre a questão agrária. Nós percebemos, porém, que não teríamos condições de finalizar o trabalho nesta Assembleia”. Por isso, foi decidido que o texto seja melhorado ao longo do ano de 2013, e aprovado finalmente na Assembleia de 2014.
Dom Guilherme recordou outros temas que também serão abordados pelo documento. “Nós vamos trabalhar a questão da água também, que não está desvinculada da questão da terra e da mineração. Nós sentimos que há uma necessidade da sociedade como um todo repensar também esta questão e não mercantilizar a água”.

No 6º dia da Assembleia Geral da CNBB, dia 15, os bispos reunidos em Aparecida (SP) trataram de Vida e Família, o Catecismo, Ano da Fé e suas ações concretas. A questão agrária também voltou à discussão nesta segunda-feira.
Participaram da coletiva de imprensa o bispo de Itameri (GO), dom Guilherme Werlang, o arcebispo de Brasília (DF), dom Sérgio da Rocha e o bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini.
O arcebispo de Brasília e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, dom Sérgio da Rocha destacou aos jornalistas como vivência para o Ano da Fé o texto ‘As razões da Fé na Ação evangelizadora’.
“É necessário que cada pessoa seja capaz de vivenciar e testemunhar a fé. É necessária a compreensão que o Ano da Fé vai muito além desta comissão. O Ato da fé tem a ver com o conjuntos da vida”, afirmou dom Sérgio.
O arcebispo lembrou ainda que o catecismo da Igreja Católica e a nova evangelização devem ser instrumentos para viver a nossa fé.
Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família apresentou durante a coletiva de imprensa algumas ações da comissão como a edição da ‘Hora da Família’, subsidio utilizado em todo o Brasil para encontros e reflexões dos assuntos relacionados à família.
Dom Petrini destacou ainda o Manual de bioética para jovens que tem 2 milhões de edições e faz parte do material que os peregrinos vão receber durante a Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho no Rio de Janeiro.
Além desses títulos, o bispo de Camaçari (BA) ressaltou também a publicação ‘Cristo nos ensina a amar’ com 30 perguntas e respostas relacionadas aos jovens. Dom Petrini destacou ainda as Associações de Famílias como grande recurso na construção da paz.
Peregrinação Nacional da Família – Também como ação concreta da comissão, Dom Petrini falou sobre o grande encontro de famílias no Santuário Nacional de Aparecida, que deve acontecer em maio.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Serviço, Justiça e Paz, dom Guilherme Welang falou sobre a Igreja e as questões agrárias.
O bispo afirmou que o novo documento da CNBB sobre questões relacionadas a este tema será colocado em votação novamente na Assembleia Geral de 2014.
Respondendo a perguntas de jornalistas, Dom Petrini afirmou que a nota emitida pelo Conselho Federal de Medicina sobre o posicionamento em apoio à possibilidade de aborto até 12 semanas de gestação ignora a criança em gestação.
“Entendemos que é necessário levar em consideração todos os fatores que envolvem essa situação. O direito à vida é inviolável”, ressaltou dom Petrini.
Igreja e as questões agrárias - Dom Guilherme explicou que o texto foi apresentado aos bispos na assembleia e que houve uma grande participação dos grupos de trabalho e muitas sugestões de emendas.
“É urgente um documento e uma manifestação sobre este tema, mas percebemos que não teríamos condições de acrescentar todas as sugestões de emendas feitas pelo nosso episcopado. Diante disso votamos para que o documento seja enviado ao bispos do Brasil posteriormente”, completou.
Dom Guilherme falou ainda sobre a complexidade das questões que envolvem a água, seca, e grandes obras hídricas. “A Comissão Pastoral da Terra avaliação com seriedade as questões ligadas a água, onde nos deparamos com sérios problemas como a contaminação das águas, a privatização e as grandes hidrelétricas, problemas que atingem a pesca, a agricultura e o meio ambiente”, completou.

Encerra-se com a celebração da Eucaristia no Santuário Nacional de Aparecida (SP), na manhã deste domingo, 14 de abril, o retiro espiritual dos bispos participantes da 51a assembleia geral da CNBB. O pregador do retiro foi o bispo de Porto Velho (RO), dom Esmeraldo Barreto de Farias.
O tema para a reflexão durante o retiro foi “O Bispo, mestre e testemunha da fé”. Três meditações foram dirigidas por dom Esmeraldo ao grupo de mais de 360 bispos presentes no centro de eventos da Basílica.
Na primeira meditação de dom Esmeraldo, na tarde do sábado, 13 de abril, ele afirmou que “Um bispo encontra a sua identidade e o seu lugar no seio da comunidade dos discípulos do Senhor, onde recebeu o dom da vida divina e a primeira instrução na fé. Sobretudo quando da sua cátedra episcopal exerce na presença da assembleia dos fiéis a sua função de mestre na Igreja, cada Bispo deve poder repetir como santo Agostinho: ‘Se se considerar o lugar que ocupamos, somos vossos mestres; mas, pensando no único Mestre, somos condiscípulos vossos na mesma escola”. Na Igreja, escola do Deus vivo, Bispos e fiéis são todos condiscípulos e todos têm necessidade de ser instruídos pelo Espírito”.
Na última meditação feita por dom Esmeraldo na manhã deste domingo, o bispo de Porto Velho lembrou que “Somente unido a Jesus Cristo, aos seus sofrimentos, no caminho da Páscoa, o bispo pode viver a missão. A união com Jesus Cristo ressuscitado significa necessariamente comunhão com o Servo, com aquele que assumiu a nossa natureza humana e que também diz para nós hoje: ‘sem mim, nada podeis fazer’(Jo 15,5). O cominho da fé abre o horizonte da esperança e esta “não decepciona porque o amor foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5)”.
Com essa experiência de oração, os bispos encerram a primeira fase dos trabalhos desse encontro anual.
Durante a semana que contou, praticamente, com três turnos diários de atividades, os bispos deram início aos debates em torno do tema central da assembleia: “comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. Os outros dois temas que estão sendo aprofundados, “Questão Agrária” e “Diretório da Comunicação” também foram amplamente discutidos e voltam ao plenário nesta última semana. A assembleia dos bispos termina no próximo dia 19, sexta-feira.

Na tarde de sábado e na manhã deste domingo, 14 de abril, os bispos que participam da 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP) participaram de um retiro, orientado por dom Esmeraldo Barreto de Farias, arcebispo de Porto Velho (RO). No final da manhã, todos se reuniram para a celebração eucarística, no Santuário Nacional.
Concelebraram a missa os bispos da região Amazônica: dom José Valmor Teixeira e dom Elói Roggia, que fez a recordação da vida no início da celebração. Em sua homilia, dom Esmeraldo recordou que a fé cristã não pode ser um ato privado. “A comunidade é o lugar da vivência da fé”.
Ao retomar as palavras de Jesus no diálogo com Pedro no evangelho deste domingo (Jo 21,1-19), destacou o testemunho dos papas. “Apesar de nossas fragilidades, Jesus nos chama ‘segue-me!’. Que belo testemunho estão nos dando esses dois irmãos: o bispo emérito de Roma, Bento XVI, e o Papa Francisco. Eles estão mostrando que se obedece a Deus”.
Ao final da celebração, dom Esmeraldo entregou simbolicamente ao bispo auxiliar de Aparecida (SP), dom Darci José Nicioli, e para uma família de romeiros, um rosário feito com sementes de açaí, e pediu orações pela Igreja na Amazônia.

Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga S.D.B., Arcebispo de Tegucigalpa (Honduras), tem a função de Coordenador no grupo de cardeais composto para aconselhar o governo da Igreja para estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor Bonus, do Papa João Paulo II, sobre a Cúria Romana, refere um comunicado da Secretaria de Estado.O Papa Francisco, formou o grupo atendendo a uma sugestão advinda no decorrer das Congregações Gerais antes do Conclave.
O grupo é formado pelos cardeais:
- Giuseppe Bertello, Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano- Francisco Javier Errazuriz Ossa, Arcebispo emérito de Santiago do Chile- Oswald Gracias, Arcebispo de Mumbai (Índia)- Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e Fresinga (Alemanha);- Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo)- Sean Patrick O’Malley. O.F.M. Cap., Arcebispo de Boston (EUA);- George Pell, Arcebispo de Sidney (Austrália)- Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga S.D.B., Arcebispo de Tegucigalpa (Honduras), com a função de Coordenador
Faz parte também do grupo o Bispo de Albano (Itália), Dom Marcello Semeraro, com a função de secretário.
A primeira reunião coletiva do grupo foi fixada para os dias 1º, 2 e 3 de outubro de 2013. Todavia, desde já, Sua Santidade está em contato com os integrantes do mencionado grupo.
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, disse na coletiva realizada neste sábado que o Papa mostrou ter recebido as sugestões que o Colégio Cardinalício manifestou durante as Congregações Gerais em preparação do Conclave.
"Este é um grupo convocado para aconselhar. Quem realmente ajuda o Papa a governar a Igreja todos os dias com suas diferentes competências é a Cúria Romana, ou seja, os colaboradores estáveis e permanentes no governo da Igreja que acompanham o Papa. Parece-me importante ressaltar isso a fim de evitar discursos não pertinentes de colocar em segundo plano o serviço da Cúria ou a diminuição de suas responsabilidades. A Cúria permanece com todas as suas competências e com todas as suas responsabilidades", destacou Pe. Lombardi.
"Fala-se da primeira reunião em outubro, então não é um grupo que deve se reunir de maneira acelerada, com a sensação de emergência. Faltam ainda muitos meses para a primeira reunião. Provavelmente passarão meses entre uma reunião e outra. No entanto, isso deve ser decidido pelo Papa no primeiro encontro", frisou ainda o jesuíta.
Pe. Lombardi disse que o Papa, neste momento, está fazendo seu trabalho de conhecimento da Cúria Romama, de seus colaboradores. Estão previstas audiências com os prefeitos das Congregações e vários organismos vaticanos.

Em sua participação na coletiva de imprensa da sexta-feira, 12 de abril, o bispo de Balsas (MA) e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom Enemesio Angelo Lazzaris falou sobre a apresentação do Documento “A Igreja e a questão agrária no Século XXI”.
Dom Enemesio explicou que o Documento é uma continuidade das reflexões que a CNBB tem feito ao longo dos anos. E citou o ano de 1954, quando se realizou a 2ª Assembleia Geral dos Bispos e cujo tema central foi a “Reforma Agrária”, o bispo também lembrou o ano de 1980 quando na 18ª AG o tema foi “Igreja e problemas da terra” e mais recentemente, em 2006, quando foi lançado o Documento “Os pobres possuirão a terra”.
Dom Enemesio ressaltou que o Documento apresentado na 51ª AG composto por um breve histórico, quatro capítulos e conclusão “quer fazer entender de maneira crítica as velhas e novas razões do sofrimento e da violência que marcam e ensanguentam a nossa terra hoje talvez mais que ontem”. E reforçou dizendo que “de maneira clara o documento faz entender que a sempre prometida Reforma Agrária não foi prioridade de nenhum dos governos democráticos, menos ainda do governo atual”.
O bispo fez uma alerta para a situação opressora que se encontram os povos indígenas, quilombolas, sem terras e escravizados do campo, que estão em condições degradantes. “Precisamos atuar, precisamos anunciar as coisas boas, mas precisamos denunciar as tantas formas de opressão, os gritos, as injustas que este povo sofre”.
No final da coletiva o presidente da CPT disse que o episcopado apela para que os poderes executivo, legislativo e judiciário permita que os camponeses tenham vez e voz. “Declaramos apoio aos pequenos que buscam oportunidade de vida na terra, na floresta e nas águas. Apoiamos as organizações camponesas e suas lutas pela terra e por políticas públicas que lhes garantam acesso ao serviço saúde. Estamos juntos na resistência contra toda forma de violência que atinge a vida dos trabalhadores e suas famílias. Nos colocaremos contra a grilagem e esforçaremos sempre mais para combater o trabalho escravo”.
O arcebispo de Mariana (MG) e ex-presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, estava presente na coletiva e pediu a palavra para falar sobre o assunto. Com a palavra dom Geraldo questionou se a questão agrária está sendo discutida em nosso país e se há algum partido político levantando este assunto. “Não é que a questão não exista, é que se faz vista grossa, se silencia”.
Dom Geraldo aproveitou para ressaltar que Documento “quer dizer um grito dos que estão pedindo socorro e a Igreja quer ser porta-voz de todos aqueles que são vítimas desta situação gravíssima em nosso país”.
E esclareceu: “Sabemos que esse Documento vai provocar reações porque é um documento que toma posição clara e definida. É lógico que esperamos que ele tenha repercussão no Congresso Nacional, que ele possa trazer uma contribuição para um debate mais amplo na sociedade”.

Na manhã deste sábado, 13 de abril, os participantes da 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), iniciaram a apresentação das contribuições das reflexões sobre os temas prioritários do evento: o diretório de Comunicação e a Questão Agrária.
Os bispos realizaram o estudo dos textos preparados pelas comissões para cada tema. Os grupos se reuniram durante dois dias, e agora apresentam o primeiro repasse com contribuições e críticas na redação dos textos.
Na tarde de hoje e na manhã de domingo, os bispos participam de um retiro, orientado por Dom Esmeraldo Barreto de Farias, arcebispo de Porto Velho (RO).

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