Os efeitos do horário de verão podem ser maiores para as crianças e adolescentes, que costumam sentir maior necessidade de horas de sono que as pessoas mais velhas. O médico diz que os mais velhos, especialmente pessoas aposentadas, têm menos necessidade de sono e poderão se adaptar melhor, pois em geral costumam tirar cochilos durante o dia. As crianças que estudam pela manhã sentirão mais desconforto, segundo Raimundo Nonato, que falou sobre o assunto em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, na manhã deste sábado (17/10).
Os efeitos provocados pelo horário de verão vão depender do quadro de cada um. Muitas pessoas poderão sofrer problemas digestivos, respiratórios e até cardíacos porque vão ter que estar acordados em horário diferente, impondo ao organismo um ritmo diferente. O organismo não está preparado para obedecer sempre a mudanças e há pessoas que vão se adaptar mais rápido, depois de 24 a 48 horas, segundo Raimundo Nonato. As pessoas que têm horário rígido a cumprir para tomar remédios deverão continuar ingerindo seus medicamentos no mesmo espaço de tempo que vinham seguindo e devem ficar mais alertas se dirigirem automóveis, pois nos primeiros dias do horário de verão estarão submetidas a mais riscos.
Dormir é uma necessidade básica do ser humano, do ponto de vista médico, pois o sono é o período usado para repouso e restauração das energias do indivíduo. "O paciente que sente insônia sofre muito por não conseguir dormir e precisa de medidas terapêuticas cognitivas para atenuar seu problema, que é patológico", conforme o médico. Para eles, a mudança de horário "é um coadjuvante a agravar o drama que vivem".
De acordo com as características de cada pessoa, há aqueles que se habituaram a dormir pouco, até cinco horas, havendo outros que só se satisfazem com oito a oito horas e meia de sono diárias. Tudo está vinculado à dependência genética individual, conforme Nonato. "O pai da medicina, Hipócrates, dizia que o sono ou a vigília excessiva são sinais de doença e podemos constatar que isso é verdade até hoje", diz Raimundo Nonato.
Qualquer dificuldade da pessoa para administrar sua rotina de descanso envolve a necessidade de procurar especialistas. Se uma pessoa acorda mais cansada do que quando foi dormir, isso mostra que ela tem um quadro patológico que requer tratamento. Quando o indivíduo obedece aos sinais do organismo, terá vida mais prolongada, com mais qualidade, mantendo as funções do seu corpo íntegras por muito mais tempo, assinala o médico do HUB.','').