sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A CRISE FINANCEIRA E HISTORICA DE SANTIAGO


Depois de um período turbulento em função da Gripe A H1N1, que ceifou a vida de algumas pessoas, cujo fantasma desta pandemia ainda paira sobre todos nós, o município de Santiago, especialmente a Administração Pública, encara uma das piores crises financeiras já enfrentada nos últimos anos, merecedora de dois Decretos, um de contenção drástica de despesas e outro de instituição do turno único na Prefeitura. Até aí, tudo bem. Mas o ponto alto da crise foi discutido nesta semana, quando todo o primeiro escalão da Prefeitura teve seus salários reduzidos em 20%, dispensas de estagiários e redução nos cargos de confiança, como forma de alimentar as medidas de contenção de despesas já priorizadas pelo Prefeito Julio Ruivo, ligadas especialmente à infra-estrutura, como redução de energia, combustível, material de expediente, entre outras.
Os próprios secretários foram unânimes em concordar com a redução de seus salários para evitar maiores problemas. O acordo chama atenção na superação desta crise financeira que tende a perdurar até o final do ano. O próprio prefeito Julio Ruivo, apesar dos controles internos, foi, de certa forma surpreendido com aquilo que já era esperado. Quando pensava que o pior já havia passado, o pior estava ainda para acontecer.
Este momento representa um dos vários desafios que o Chefe do Executivo enfrenta com determinação, independente se elas agradam ou não as pessoas atingidas. De um lado, o prefeito Ruivo lamenta a drasticidade, por outro, não vê outra saída a não ser cortar ao máximo todos os gastos da administração municipal para tentar captar cerca de R$ 1 milhão até o final do ano.
Os transtornos decorrem dos altos e baixos provocados na economia mundial que aos poucos acabam respingando nos municípios e causando sérias preocupações para seus administradores.
O próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva também foi obrigado a tomar medidas drásticas, ao reduzir o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, dos carros e eletrodomésticos, para evitar demissão em massa de milhares de trabalhadores da indústria brasileira, em consequência, reduzindo o FPM – Fundo de Participação dos Municípios, ICM e FUNDEBE; em algum lugar a “ bomba tinha que estourar”, geralmente nos gestores municipais.
Muitos Prefeitos defendem a inversão da destinação dos recursos, ficando a maior parte para os municípios, pois é neles onde as coisas acontecem. Para que isso ocorra é preciso promover mudanças radicais e corajosas na política brasileira, para evitar que os Prefeitos ainda mendiguem durante suas viagens à Brasília em busca dos recursos que lhes são de direito.
Se toda a crise passa, podemos tirar dela um aprendizado, já que seus reflexos atingem direta, ou indiretamente a todos.

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