terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O DIREITO A SAÚDE PRECISA SER REESTUDADO

Qual a definição de Direito quando o Estado não cumpre sua parte? Se a lei é para todos porque o lado mais forte não possui mecanismos para suportar suas necessidades? Esta pequena introdução é para alarmar com “todas as letras” as necessidades das pessoas que precisam recorrer à justiça para ter o direito à vida. Parece até incomum isso, mas em Santiago a Defensoria Pública tem ajuizado centenas de ações para garantir medicamento especial àquelas pessoas que não possuem recursos financeiros suficientes para cobrir o valor do mesmo. Com pouco dinheiro, além de ter que suportar o abalo psicológico do tratamento, muitos precisam bater à porta do judiciário para garantir o remédio. Num primeiro momento a situação estoura no governo do município que tenta fazer de tudo para reverter a situação; isso não sendo possível acaba entrando na esfera do Estado e é aí que está o fator preocupante, pois segundo a própria defensora pública de Santiago Samara Wilhelm o governo do Estado não está acostumado a cumprir determinações da justiça e age com descaso em relação ao assunto. Nesta semana ela chegou até questionar o direito à saúde, conforme preceitua a Constituição Federal. Bem, enquanto a burocracia impera, resta a esperança da cura. O “negócio” é rezar sempre para evitar o pior e não ser vítima deste sistema. Somos otimistas a ponto de acreditar que um dia, mas bem próximo isso possa mudar e a política da saúde curativa receba mais atenção sem precisar a interferência da justiça./ O que muitos chamam de utopia, classificamos de prioridade, sendo preciso rever urgentemente o conceito do Direito à Saúde. Entretanto para que isso ocorra é preciso a participação de todos.



16 DIAS DE ATIVISMO

Até o dia 10 de dezembro se desenvolverá a mobilização mundial criada para alertar a população para o combate à violência contra as mulheres, denominada de “ DEZESSEIS DIAS DE ATIVISMO – atitude moral e política centrada em ações.
Diariamente centenas de mulheres estão sendo estupradas pelos próprios maridos; sujeitando-se a caprichos machistas, sofrendo hematomas pelo corpo, ameaças de morte, enganadas, entre outros danos morais e físicos que as colocam como vítimas do sistema e da violência doméstica. Mas afinal de contas o que é violência doméstica? É a violência explicitada, praticada dentro de casa, usualmente entre parentes. Pode ser dividida em física, psicológica e sócio-econômica.
Dados mundiais revelam que a violência contra as mulheres é bem maior que a contra os homens e que em geral eles batem nas mulheres entre quatro paredes para não serem vistos por parentes, amigos ou colegas de trabalho. Quando as mulheres passaram a procurar seus direitos, a violência doméstica, caracterizada por vários gêneros, passou a merecer atenção, exemplo disso são as ações em todo mundo nos 16 dias de ativismo com divulgação maciça da Lei Maria da Penha que também só foi conhecida pelo sofrimento de uma mulher, Maria da Penha Maia, que foi agredida pelo marido durante seis anos. Discutir o processo psicológico de cada agressor em busca de uma resposta mais convincente para a causa é uma novela sem fim, ainda bem que existe este movimento que se levantou em favor das vítimas e para dar um basta aos atos de covardia praticados por maridos impulsivos, bêbados, estressados e ciumentos. Quando se fala que a mulher está aos poucos ocupando seu espaço, nos atravemos a afirmar que ela sempre teve seu espaço, apenas lhe faltava oportunidade para exercer sua inteligência e capacidade de superação. Pena que poucos homens percebem a mulher que tem.