sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


O Bolsa Família resulta em índices positivos de segurança alimentar e nutricional dos beneficiários. A renda adicional permite o consumo maior de alimentos, tanto em quantidade, quanto em qualidade. A conclusão faz parte de monografia que avaliou os efeitos da utilização dos recursos financeiros na segurança alimentar e nutricional. A autora do trabalho “Avaliação de Programas Sociais: uma análise do impacto do Bolsa Família sobre o consumo de alimentos e status nutricional das famílias”, Juliana Baptistella, mestre em Economia Aplicada pela Universidade Federal de São Carlos, venceu a 5ª edição do Prêmio da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento (SOF/MP) sobre qualidade do gasto público.
A pesquisadora usou como base de dados a Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008 a 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a amostra, foram analisadas 49.514 famílias, sendo que 8.544 são beneficiárias do programa, o que equivale a 17,3% do universo pesquisado.
Conforme Juliana, o valor médio das despesas anuais com alimentação para as famílias beneficiárias do Bolsa Família é R$ 146,74 maior do que a média dos gastos das que não são beneficiárias. Segundo a pesquisa, a maior parcela do gasto entre quem recebe o programa de transferência de renda é destinada ao consumo de carne (19,6%), seguida por grãos (13,2%), panificados (10,5%), aves (10,0%), leite (8,8%), massas (6,9%) e bebidas não alcoólicas (5,6%).

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