terça-feira, 26 de março de 2013


Marchezan requer presença de autoridades na comissão e critica posicionamento de delegado

Mediante à conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre o incêndio na boate Kiss, o deputado federal Nelson Marchezan Júnior protocolou hoje requerimento na Comissão Externa de Santa Maria, no qual é sub-relator, solicitando o comparecimento na comissão de autoridades e técnicos envolvidos com o fato.
Os requerimentos solicitam a presença do comandante dos Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso, o secretário de Segurança, Airton Michels, o promotor que assinou o termo de Ajuste de Conduta firmado com a boate, Ricardo Lozzi, o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, além do engenheiro Samir Frazzon e o responsável técnico Miguel Angelo  Pedroso, que assinaram o projeto de isolamento acústico da casa.
Reconhecendo o trabalho hercúleo e operacional dos servidores da Polícia Civil, Marchezan registrou que tanto as conclusões como a apresentação das mesmas não teve o mesmo rigor técnico que os procedimentos operacionais. "Foi muito mais pirotécnico do que técnico", avalia o deputado. Para Marchezan, o delegado não saiu do lugar comum  de relatar o fato de que houve o incêndio  e, para isso, abusou de instrumentos apelativos e desnecessários, como apresentação de fotos e filmes do ocorrido que, afora o sentimentalismo, não contribuíram tecnicamente em nada na justificativa das conclusões.
Além disso, observa Marchezan, o delegado pessoalizou  relações institucionais  com mensagens  e respostas postadas em redes sociais.  "Abusou do sentimentalismo e usou de instrumentos midiáticos para promoção pessoal. Nada contra a eventuais intenções político-eleitorais do delegado mas, sim,de  ter usado dessa triste circunstância para tal", comentou.
O deputado acrescenta ainda que o mesmo critério usado pela Polícia Civil na conclusão do inquérito para apontar o prefeito Cezar Schirmer por homicídio culposo  não foi usado em relação ao Ministério Público (em função do Termo de Ajuste de Conduta firmado com a boate) ou mesmo ao engenheiro que assinou o projeto de isolamento da boate.
Marchezan lembra que a comissão Externa Santa Maria  foi criada em  29 de janeiro, dois dias após à tragédia, e, até a última sexta-feira,  não havia  recebido nenhum documento referente às investigações do caso nem da Polícia Civil, dos Bombeiros ou do Ministério Público.

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