quarta-feira, 27 de março de 2013


Senado aprova cirurgia única para reconstrução de mama
 
As equipes médicas do Sistema Único de Saúde (SUS) quando forem realizar a cirurgia para a retirada da mama em casos de câncer, deverão também fazer a operação plástica para a sua reconstrução, se as condições técnicas assim permitirem. É o que determina o PLC 3/2012, aprovado pelo Senado e que agora só depende da sanção da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o texto aprovado, se a colocação da prótese não for possível no mesmo momento da mastectomia (retirada da mama), a cirurgia reparadora deverá ser feita assim que a paciente alcançar as condições clínicas necessárias. O projeto original é da deputada Rebecca Garcia (PP-AM) e no Senado foi relatado pela senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS)
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) comemorou a aprovação do Projeto e afirma que é mais um passo para garantir a saúde da mulher e, principalmente, sua alto-estima. Perondi lembra de outra vitória alcançada recentemente no Parlamento, que foi a aprovação em junho de 2012 na Câmara, e em outubro do mesmo ano no Senado, do PLS 32/1997, que estabeleceu prazo máximo de 60 dias para início do tratamento contra o câncer no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Perondi, que é presidente da Frente Parlamentar da Saúde e foi o relator desse Projeto na Câmara, antes da Lei uma paciente com câncer levava até seis meses para começar a ser tratada. "Nesse período, o que era um nódulo já havia avançado para uma fase mais grave e a chance de cura despencava para menos de 10%. Se a mulher tiver o diagnóstico precoce, as chances de cura chegam a 95%”, afirma.
Darcísio Perondi prometeu se empenhar para que as duas Leis saiam efetivamente do papel e sejam realmente cumpridas. Segundo o parlamentar, com os recursos federais existentes hoje será muito difícil ampliar os serviços de oncologia. “Este será mais um desafio para o Governo Federal. E nós, lideranças parlamentares, teremos que lutar para que o Congresso Nacional aprove um Projeto obrigando a União a investir o equivalente a 10% de suas receitas correntes brutas na saúde”. Perondi lembra que uma Comissão Especial para debater o financiamento da Saúde já foi criada e deve ser instalada nas próximas semanas.

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