terça-feira, 14 de maio de 2013


Arrozeiros querem prorrogação de 90 dias para renegociar as dívidas

Os representantes dos arrozeiros gaúchos propuseram nesta terça-feira, 14, a prorrogação em 90 dias no prazo de adesão na renegociação das dívidas junto aos bancos privados.  A proposta foi apresentada durante audiência pública proposta pelo deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS), que reuniu membros dos ministérios da Agricultura e Fazenda, Febraban, Federarroz, Fetag e Farsul. O prazo anterior venceu no último dia 30 de abril.

De acordo com os arrozeiros, os bancos privados não estão cumprindo a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), de dezembro do ano passado, que autoriza a renegociação das dívidas contraídas para o custeio da produção e investimentos em compra de insumos e equipamentos. O valor financiado desde 2011 ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões.

"Quando o produtor é colocado na lista negra dos bancos todos perdem. O produtor fica sem crédito, o banco perde um cliente e o governo não recebe o tributo", apontou o deputado Alceu Moreira, que se colocou à disposição como interlocutor na busca de um acordo entre Febraban, Federraroz e Ministério da Fazenda, no intuito de ampliar o período da resolução.

Os produtores justificam a necessidade da renegociação pelo aumento do custo de produção, pelas dificuldades para a venda e pela falta de acesso ao crédito para a próxima safra. "O preço pago ao produtor caiu, mas não para o consumidor", arrematou o presidente da Federarroz, Renato Rocha.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz no país, com uma colheita aproximada em oito milhões de toneladas por ano.

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