quarta-feira, 22 de maio de 2013


Foi aberto na manhã desta terça-feira (21) o VII Seminário Povos Indígenas e a Participação Social na Construção de Rede de Saúde. O evento ocorre no auditório do Memorial do Estado do Rio Grande do Sul, numa iniciativa do Governo do Estado, por meio de uma parceria entre as Secretarias da Saúde e Cultura (Museu Antropológico do RS). O objetivo é construir, a partir do protagonismo indígena, propostas de qualificação da rede e de melhoria do acesso desta população à atenção integral à saúde, considerando a diversidade social, cultural, geográfi ca, histórica e política.

O Seminário se encerra na quinta-feira (23), com a publicação de um documento preparatório às Conferências Distritais, Regionais e Nacional de Saúde Indígena, que ocorrem de junho a novembro deste ano.

Durante a solenidade de abertura, o secretário da Saúde, Ciro Simoni, ressaltou que a história da cultura indígena deve ser preservada, cuidada e mostrada. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul tem uma população de mais de 21 mil indígenas que precisam ser atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "É a partir do trabalho dos municípios que esta população tem que ser atendida, na Atenção Básica, na Estratégia de Saúde da Família, que é a porta de entrada ao sistema e que organiza toda a rede", sustentou.

O diretor do Museu Antropológico, Valmir Pereira, ressaltou a possibilidade de diálogo, respeito e reconhecimento a esses povos "o que pode trazer mais protagonismo às lideranças indígenas". Transversalidade, interculturalidade e o reconhecimento dos indígenas como sujeitos de direito também foram citados por Valmir como fatores importantes, junto com a produção textual e a sistematização do conteúdo, a serem levados à conferência nacional.

O representante do conselho Distrital de saúde Indígena, José Levino Daniel, disse que pretende "levar um ânimo para o povo que está na aldeia". Falou sobre a Portaria 41/2013, do Governo do Estado, que amplia recursos para a saúde indígena e que o RS tem um projeto voltado para estas etnias.

O líder kaigang, enfermeiro Pedro Sales, o líder Guarani, Joel Quaraí e a representante do Conselho Nacional das Mulheres Indígenas, Suzana Tei, abordaram a problemática de saúde ainda existente nas bases, aldeias e acampamentos, como a falta de acesso a consultas e exames especializados, a falta de atendimento humanizado, e a perda da tradição e do atendimento diferenciado, previstos na política nacional da saúde Indígena.

Também participaram da mesa de abertura, o diretor do Memorial do RS, Marcio Tavares e a representante do escritório regional da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Inajara Rodrigues.

Foto: Taiane Fagundes 

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