sexta-feira, 10 de maio de 2013

A campanha nacional de vacinação contra a gripe, encerrada nesta sexta-feira (10), imunizou 2,5 milhões de pessoas no Estado. A cobertura dos grupos prioritários é, até o momento de 87,8%, sendo que 397 municípios do RS conseguiram ultrapassar a meta de atingir, ao menos, 80% dos públicos-alvo.

A aplicação das doses segue disponível nos postos de saúde até o final dos estoques para os mesmos grupos prioritários. Além disso, aos municípios que ultrapassaram os 80%, a SES recomenda a inclusão do grupo de crianças de dois anos e, dependendo da quantidade restante de doses, também do grupo de crianças de três anos. Cabe a cada município a avaliação de sua situação e definição sobre esta ampliação, o que depende do excedente que ainda possui, uma vez que não haverá novos repasses de doses.

Doses aplicadas até esta sexta-feira (10)*: -Crianças (maiores de 6 meses e menores de 2 anos): 180.626 (87,4%)
-Trabalhadores da saúde: 246.932 (102,2%)
-Gestantes: 77.560 (75%)
-Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto): 19.575 (115,3%)
-Indígenas: 19.603 (93,65%)
-Idosos: 1.262.372 (86%)
-Pessoas privadas de liberdade: 17.187
-Pessoas com doenças crônicas: 714.153
-TOTAL: 2.538.003 (87,81%)
* Dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, às 15 horas de 10/05/2013

Na prática, o final da campanha significa apenas o término da fase de mobilização. A vacinação propriamente dita prossegue até que estejam terminados os estoques. Isso significa que os municípios podem, a partir de agora, readequar sua estrutura como, por exemplo, centralizar as vacinas restantes em suas principais unidades básicas de saúde.

O Estado recebeu do Ministério da Saúde cerca de 3,1 milhões de doses para a campanha, quantidade suficiente para atender a demanda estimada em 2,9 milhões de pessoas, incluído um excedente por segurança. Dessa forma, ainda restam na rede pública aproximadamente 500 mil doses da vacina, cujo destino continua sendo os mesmos grupos prioritários.

A vacina protege pelo período de até 12 meses e com maior eficácia três semanas após a aplicação. Ela promove a imunização contra três tipos de vírus influenza: influenza A H1N1, influenza A H3N2 e influenza B. A escolha das cepas considera os vírus com maior circulação nos últimos meses.

Estudos do Ministério da Saúde demonstram que a vacinação contra a influenza (gripe) reduz em, aproximadamente, 50% as hospitalizações e mortes pela doença e suas complicações, mesmo nos idosos e em grupos que apresentam comorbidades, particularmente em períodos de maior circulação do vírus. No grupo das pessoas com 60 anos ou mais, a vacina também está associada a reduções substanciais no risco de hospitalização por doença cardíaca, doença cerebrovascular e pneumonia, reduzindo consequentemente a morte por essas causas.

A vacina só é contra-indicada para pessoas com alergia ao ovo, material a partir do qual ela é produzida. Em doenças febris agudas, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.

Gestantes
De todos os grupos prioritários, o único onde o Estado não atingiu a cobertura pretendida foi em relação às gestantes. Das cerca de 103 mil grávidas estimadas, 76 mil procuraram a vacina, o que representa75% do total.

A vacina é indicada para qualquer período de gestação, imunizando tanto a mãe quanto a criança, contando inclusive com o apoio das entidades de classe da categoria. E, assim como os demais grupos prioritários, as gestantes que ainda não fizeram a imunização podem procurar os postos para fazer a vacina.

Crianças
Menores de 9 anos que estão fazendo a vacina pela primeira vez devem receber duas doses, com 30 dias de intervalo entre elas. A imunização só é considerada completa com a aplicação das duas doses.

Caso a criança já tenha recebido a vacina em outros anos, seja uma ou duas doses, recebem agora apenas uma vez. No ano passado, das cerca de 115,9 mil crianças que tomaram a primeira dose apenas 91 mil voltaram aos postos para fazerem a segunda, o que corresponde que 21% delas não completaram a imunização.

Prevenção A chamada etiqueta da gripe é uma medida simples porém importante para evitar a disseminação na doença. Entre os cuidados que se destacam está a proteção da boca e nariz ao tossir e espirrar, cobrindo-a preferencialmente com a dobra do cotovelo, evitando o uso das mãos. O vírus ao ser expelido pode depositar-se em alguma superfície onde ainda sobrevive por um período de tempo.

Caso uma pessoa venha a ter contato com essa área e depois toque olhos ou a boca pode vir a contaminar-se. Também ressalta-se a importância em lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou utilizando álcool em gel, assim como evitar locais com aglomeração de pessoas (escola, transporte público, centros comerciais, entre outros) se estiver com os sintomas.

Tratamento
A gripe tem cura. A afirmação busca quebrar o paradigma de que a doença é tratada apenas com descanso em casa. O tratamento tornou-se popular durante a pandemia de 2009, quando passou a ser ofertado o antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu.

Devido ao fato de que o medicamento possui sua maior eficácia durante as primeiras 48 horas de sintomas, recomenda-se que a pessoa procure atendimento médico de imediato quando estiver com sintomas de febre, dor de garganta e dores nas articulações, musculares ou de cabeça. Juntamente a esse chamamento à população, é feito um reforço para que a comunidade médica esteja atenta a esses sintomas para a prescrição do antiviral.

O medicamento é distribuído gratuitamente nas farmácias municipais, hospitais, pronto socorros e outros locais. O Estado possui no momento cerca de 190 mil tratamentos (cada um composto de dez comprimidos), quantidade superior a distribuída em todo o ano passado. Caso necessário, pode ser solicitado complemento do estoque ao Governo Federal alcançando até 500 mil tratamentos.

Texto: Assessoria de Imprensa

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