terça-feira, 4 de junho de 2013

O governo do Estado do Rio Grande do Sul vai dar início, nesta quarta-feira (05), às atividades para a implantação de um polo espacial. O governador Tarso Genro recebe para almoço, às 12h30, no Palácio Piratini, o vice-presidente de Operações da AEL Sistemas, Vitor Neves, o presidente da Telebrás, Caio Bonilha e o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho. Durante o encontro, deverá ser instalada a Comissão Especial para execução do programa de criação do polo, conforme Protocolo de Intenções assinado em Israel no in ício de maio. Participam também do almoço o secretário da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, e o secretário em exercício da Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Enéas Costa de Souza. Os presidentes da Telebrás e da Agência Espacial foram convidados a dar sugestões e recomendações para a implantação do polo no RS.

O protocolo de intenções assinado durante a missão a Israel visa "promover a pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica no setor espacial no Rio Grande do Sul, através de incentivos financeiros, fiscais e de infraestrutura para a criação do Polo Espacial". A proposta vem sendo desenvolvida pelo governo em função do alto potencial que o Estado possui. "Existe um conjunto de empresas e uma série de pesquisas nas universidades na área espacial, assim como os laboratórios da Cientec, que nos credenciam para sediar o segundo polo espacial do Brasil", diz o secretário Cleber Prodanov.
R$ 9 bilhõesO país já possui um polo, em São José dos Campos (SP), e uma política estratégica na área, através do programa espacial brasileiro, com atividades desde a década de 60. Em 1994, foi criada a Agência Espacial Brasileira, que coordena todas as atividades do setor no Brasil. Com o recente edital do governo federal que prevê a compra de 16 satélites (investimento que chegará a R$ 9 bilhões), o Rio Grande do Sul se lança como um potencial fornecedor de insumos e técnicos para a construção desses satélites - que precisam ter, obrigatoriamente, uma parte oriunda de empresas nacionais.

De acordo com o protocolo de intenções, a implantação do Polo Espacial no Rio Grande do Sul vai trazer "um claro benefício econômico e desenvolvimentista para o Estado, com a possibilidade de investimentos, parcerias e de apoio tecnológico de empresas internacionais". O potencial de empresas gaúchas é representado pela Get Net, Digicom e TSM, que podem, entre outras empresas, fornecer insumos necessários para as atividades do polo espacial no Estado.

A Comissão Especial para a execução do Programa de Criação do Polo Espacial será formada por membros do Estado e empresários indicados pela AEL. Também foram convidados a participar da reunião nesta quarta-feira os reitores das universidades Ufrgs, PUC e Unisinos, que estiveram na missão em Israel, e da Universidade Federal de Santa Maria.

Texto: Cláudia Corrêa 

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