O governo do Estado do Rio Grande do Sul vai dar início, nesta quarta-feira
(05), às atividades para a implantação de um polo espacial. O governador Tarso
Genro recebe para almoço, às 12h30, no Palácio Piratini, o vice-presidente de
Operações da AEL Sistemas, Vitor Neves, o presidente da Telebrás, Caio Bonilha e
o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho. Durante
o encontro, deverá ser instalada a Comissão Especial para execução do programa
de criação do polo, conforme Protocolo de Intenções assinado em Israel no in
ício de maio. Participam também do almoço o secretário da Ciência, Inovação e
Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, e o secretário em exercício da
Secretaria do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Enéas Costa de Souza.
Os presidentes da Telebrás e da Agência Espacial foram convidados a dar
sugestões e recomendações para a implantação do polo no RS.
O protocolo
de intenções assinado durante a missão a Israel visa "promover a pesquisa,
desenvolvimento e inovação tecnológica no setor espacial no Rio Grande do Sul,
através de incentivos financeiros, fiscais e de infraestrutura para a criação do
Polo Espacial". A proposta vem sendo desenvolvida pelo governo em função do alto
potencial que o Estado possui. "Existe um conjunto de empresas e uma série de
pesquisas nas universidades na área espacial, assim como os laboratórios da
Cientec, que nos credenciam para sediar o segundo polo espacial do Brasil", diz
o secretário Cleber Prodanov.
R$ 9 bilhõesO país já possui um polo, em São José dos
Campos (SP), e uma política estratégica na área, através do programa espacial
brasileiro, com atividades desde a década de 60. Em 1994, foi criada a Agência
Espacial Brasileira, que coordena todas as atividades do setor no Brasil. Com o
recente edital do governo federal que prevê a compra de 16 satélites
(investimento que chegará a R$ 9 bilhões), o Rio Grande do Sul se lança como um
potencial fornecedor de insumos e técnicos para a construção desses satélites -
que precisam ter, obrigatoriamente, uma parte oriunda de empresas nacionais.
De acordo com o protocolo de intenções, a implantação do Polo Espacial
no Rio Grande do Sul vai trazer "um claro benefício econômico e
desenvolvimentista para o Estado, com a possibilidade de investimentos,
parcerias e de apoio tecnológico de empresas internacionais". O potencial de
empresas gaúchas é representado pela Get Net, Digicom e TSM, que podem, entre
outras empresas, fornecer insumos necessários para as atividades do polo
espacial no Estado.
A Comissão Especial para a execução do Programa de
Criação do Polo Espacial será formada por membros do Estado e empresários
indicados pela AEL. Também foram convidados a participar da reunião nesta
quarta-feira os reitores das universidades Ufrgs, PUC e Unisinos, que estiveram
na missão em Israel, e da Universidade Federal de Santa Maria.
Texto: Cláudia Corrêa
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