A mulher
de iniciais V.N.F. registrou no plantão da Polícia Civil que no dia 26, por
volta das 14 horas, seu tio Miro Antonio Nadalon, 62 anos de idade sofreu uma
queda no interior de sua residência e
passou a sentir fortes dores, sendo acionado o SAMU que o conduziu até o Pronto
Socorro Municipal, onde foi atendido pelo medico plantonista e liberado logo
após porque segundo o médico o paciente não apresentava nenhum problema grave de
saúde. A vítima, segundo a ocorrência, retornou para casa num veículo normal,
mas permaneceu sentido dores muito fortes, chegando a desmaiar. Como o paciente
continuava sentindo dores intensas, por volta das 19h30min, solicitou o resgate
do Corpo de Bombeiros que o conduziu novamente ao pronto socorro, sendo,
imediatamente, encaminhado por outro médico que estava de plantão, para a
realização de exame de raio x, através do qual foi constatada uma fratura no
fêmur esquerdo, ficando internado no
HCS. Miro foi submetido a uma cirurgia na terça-feira à tarde para colocar o
osso no lugar, mas seu quadro clinico piorou devido a outras complicações,
contidas na ocorrência policial como infecção no pulmão, rins e um quadro de
anemia. A comunicante acredita que o estado de saúde do seu tio se agravou
devido à suposta falha no primeiro atendimento médico.
A diretora Técnica do Hospital de Caridade de
Santiago, Sonia Nicola disse que a partir da complicação do quadro clinico de
Miro, o HCS tomou as providencias necessárias para transferência do paciente ao
CTI de Alegrete, onde acabou morrendo na tarde desta quinta-feira, provavelmente
por complicações pulmonares. A transferência foi necessária, através da central
de leitos, tendo em vista a falta de vagas no CTI de Santiago já que os dez
leitos existentes estavam com pacientes no respiradouro. A partir do registro
policial, a médica observou que HCS
iniciou levantamento para verificar o que realmente aconteceu, no atendimento
junto ao pronto socorro; se efetivamente onde houve falha e como isso ocorreu. Reiterou
que o hospital vai procurar dar uma resposta, principalmente para a família.
Sonia acrescentou que uma das preocupações em relação ao pronto socorro está
relacionada ao acúmulo de pacientes para serem vistos, principalmente no
domingo, onde não existe outro local de atendimento. Reitera que muitas vezes o
movimento é tão grande o que impede a prestação de um atendimento melhor como
deveria ser feito para os casos de urgência/emergência pelo médico plantonista
por causa do curto espaço de tempo entre um paciente e outro. Se houve negligência ou
não, isso só será esclarecido depois que o médico for ouvido e a partir de todos
os detalhes constantes no levantamento de praxe que é realizado pela direção do
Hospital em casos de denúncia de suposta negligência
médica.
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