quinta-feira, 2 de maio de 2013


Campanha reforça a importância da prevenção contra a Aids



Agências dos Correios distribuirão material informativo sobre a doença e, em parceria com outras instituições, a Empresa irá qualificar funcionários sobre o tema
A campanha “Correios contra Aids” foi lançada nesta terça-feira (30), em Brasília (DF), com o objetivo de envolver a sociedade e os trabalhadores da Empresa em um esforço internacional para prevenção da doença.  A iniciativa consiste na distribuição de material informativo e educativo e utilizará as mais de 660 mil agências dos Correios como pontos estratégicos para a distribuição de material.
Na edição deste ano, a Campanha irá oferecer uma capacitação na modalidade a distância para mais de 117 mil funcionários da Empresa sobre HIV/Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Ainda nesta primeira etapa da Campanha, os material produzidos serão distribuídos em 150 agências dos estados do Rio Grande do Sul, Bahia e Amazonas, definidos como estados prioritários. “Esta é uma ótima oportunidade de falar sobre prevenção a tantos funcionários, que podem, inclusive, replicar esse conhecimento nos locais que atuam”, garante o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.
A campanha faz parte de um esforço mundial para a prevenção da doença, que envolve sete países - Brasil, Burkina Faso, Camarões, China, Estônia, Mali e Nigéria.  No País, a Campanha teve início em 2010 com foco na prevenção durante o Carnaval e, na época, 120 agências Correios participaram da iniciativa, que incluiu a oferta de cartões postais com abordagens bem-humoradas de questões relacionadas ao HIV/Aids e a distribuição de 15 mil folders e mil cartazes.
A campanha contou também com o envio de cerca de 800 mil mensagens por mala direta postal domiciliária, além de um selo e um carimbo, lançados na mesma data. Uma cartilha educativa também foi publicada nesse período com ilustrações do artista Ziraldo. Ministério da Saúde, UNAIDS (núcleo das Nações Unidas que atua na luta contra a doença) e Organização Internacional do Trabalho (OIT) são parceiros na campanha.
Conheça o material da Campanha

Aids no Brasil
Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2012, O Brasil possui mais de 650 mil casos registrados de Aids, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos.
Campanha de 2010
A faixa etária em que a Aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 25 a 49 anos de idade. Chama atenção a análise da razão de sexos em jovens de 13 a 19 anos. Essa é a única faixa etária em que o número de casos de Aids é maior entre as mulheres. A inversão apresenta-se desde 1998. Em relação aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção à doença e outras doenças sexualmente transmissíveis, há uma tendência de crescimento do HIV.
Quanto à forma de transmissão entre os maiores de 13 anos de idade, prevalece a sexual. Nas mulheres, 86,8% dos casos registrados em 2012 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 43,5% dos casos se deram por relações heterossexuais, 24,5% por relações homossexuais e 7,7% por bissexuais. O restante ocorreu por transmissão sanguínea.
Dia Mundial de Combate a Aids
Quando todas as medidas preventivas são adotadas, a chance de transmissão vertical cai para menos de 1%. Às gestantes, o Ministério da Saúde recomenda o uso de medicamentos antirretrovirais durante o período de gravidez e no trabalho de parto, além da realização de cesárea para as mulheres que têm carga viral elevada ou desconhecida. Para o recém-nascido, a determinação é de substituição do aleitamento materno por fórmula infantil (leite em pó) e uso de antirretrovirais.
Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido e fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um hábito na vida dos jovens. A distribuição de preservativos no País, por exemplo, cresceu mais de 45% entre 2010 para 2011 (de 333 milhões para 493 milhões de unidades). Os jovens são os que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%) e os que se previnem mais.
Em relação à taxa de mortalidade, o Boletim também sinaliza queda. Em 2002, era 6,3 por 100 mil habitantes, passando para 5,6 em 2011 – queda de aproximadamente 12%. Na comparação regional, verifica-se que o Sudeste apresenta comportamento similar, enquanto que as regiões Norte, Nordeste e Sul apresentam tendência de aumento. O coeficiente da região Centro-Oeste encontra-se estável.

Fontes:
Correios
Ministério da Saúde 

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