Boletim
Diário da CNBB -
REFLEXÃO
Os
mandamentos que Deus nos deu na verdade constituem-se na grande manifestação do
seu amor, pois os mandamentos de Deus nos possibilitam a descoberta dos valores
que podem fazer o homem verdadeiramente feliz. O cumprimento dos mandamentos tem
dois significados: o primeiro é a correspondência ao amor de Deus que nos amou
primeiro, e o segundo é trilhar os caminhos para a verdadeira felicidade, pois o
amor faz com que permaneçamos unidos a Deus, que é a única fonte da verdadeira
alegria, a alegria plena, que é a alegria da perfeita comunhão com aquele que
nos ama com amor eterno.
COMEMORAÇÕES
Nascimento
- Dom Luiz Soares Vieira, Arcebispo Emérito de Manaus - AM
- Dom Oneres Marchiori, Bispo Emérito de Lages - SC
Ordenação
Episcopal
- Dom José Carlos Castanho de Almeida, Bispo Emérito de Araçatuba - SP
- Dom Diamantino Prata de Carvalho, OFM, Bispo de Campanha - MG
- Dom Adriano Ciocca Vasino, Bispo de São Félix - MT
NOTÍCIAS
- Rede Global de Religiões pela Criança (GNRC) promove encontro na Índia
- Papa lembra os desempregados no twitter
- Papa Francisco acolhe Bento XVI, que volta a residir no Vaticano
- CNBB publica Nota de condolências pelo falecimento de dom Tito Buss
- Comissão para a Vida e Família realiza 5ª Peregrinação e o 3º Simpósio Nacional da Família
- Balanço do 3º Seminário de Catequese Indígena
- Dirigentes nacionais de diversas expressões laicais se reúnem em São Paulo
- Comunidade Shalom Promove o 5º Lual da Juventude
O médico Nelson Arns Neumann, coordenador da
Pastoral da Criança Internacional, participa nesta semana de encontro promovido
pela Rede Global de Religiões pela Infância (GNRC) em Coimbatore, no sul da
Índia. Os integrantes da GNRC reúnem-se nesta quarta e quinta-feira (1º e 2 de
maio) para definir e planejar as novas ações do Dia Mundial de Oração e Ação
pela Criança para o período de 2013-2015.
A Rede Global de Religiões (GNRC) é integrada por
representantes de todas as grandes religiões do mundo e muitas outras tradições
espirituais. Seus membros compartilham o compromisso de tornar o mundo um lugar
onde todas as crianças possam desfrutar não apenas do direito de sobreviver, mas
de viver com dignidade. Suas iniciativas e programas são concebidos para
integrar questões essenciais como a erradicação da pobreza, direitos da criança,
o ensino da ética, educação para a paz e a redução da violência urbana.
O Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança (20
de novembro) foi instituído durante o III Fórum da GNRC realizado em Hiroshima,
em maio de 2008. A proposta é direcionar, neste dia, orações e ações para a
proteção dos direitos e a promoção do bem-estar das crianças. A Pastoral da
Criança – entidade que participa da GNRC desde sua criação - incluiu o Dia de
Oração (20 de novembro) no conjunto de ações e campanhas que desenvolve em favor
da proteção e desenvolvimento integral das crianças.
Com o tema “Stop Violence against Children” (no
Brasil, adaptado para “Reduzir a violência e construir a paz”), foram realizados
em 2011 atividades em 72 países no Dia Mundial de Oração e Ação. No ano passado,
houve mobilização e atividades em 57 países. As novas metas propostas até 2015
incluem o fortalecimento das parcerias com organizações e redes
inter-religiosas; a expansão das atividades para outras regiões do mundo;
atingir e motivar mais jovens; utilizar mais os meios de comunicação e midias
sociais.
Depois de celebrar o dia 1º de maio, Festa do Trabalhador, o Papa Francisco
voltou ao tema esta quinta-feira através de dois tuítes. O primeiro é da
Secretaria de Estado, citando o Papa Francisco: “Peço a todos que, no limite de
suas possibilidades, se esforcem para criar postos de trabalho e dar esperança
aos trabalhadores”.
O segunda, da conta @pontifex, o Pontífice escreve: “Penso em todos os que estão desempregados, frequentemente por causa duma mentalidade egoísta que procura o lucro a todo o custo”.Na homilia da missa celebrada no dia 1º de maio, Francisco definiu como “injusta” uma sociedade que não oferece trabalho ou explora os trabalhadores.
O segunda, da conta @pontifex, o Pontífice escreve: “Penso em todos os que estão desempregados, frequentemente por causa duma mentalidade egoísta que procura o lucro a todo o custo”.Na homilia da missa celebrada no dia 1º de maio, Francisco definiu como “injusta” uma sociedade que não oferece trabalho ou explora os trabalhadores.
Bento XVI retornou ao Vaticano. Ele chegou ao
heliporto localizado nos jardins vaticanos pouco depois das 16h45min (hora
local), vindo de Castelgandolfo. Um grande número de fiéis estava presente na
Praça São Pedro desejosos de saudá-lo e de onde puderam testemunhar a chegada do
helicóptero.
O Bispo emérito de Roma foi recebido pelo
Secretário de Estado Tarcisio Bertone, pelo Presidente do Governatorado, Cardeal
Giuseppe Bertello e pelo decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Angelo
Sodano.
Também estavam presentes o Substituto da
Secretaria de Estado, Arcebispo Angelo Becciu, o Sub-secretário de Assuntos
Exteriores, Arcebispo Dominique Mamberti e o Secretário do Governatorado
Arcebispo Giuseppe Sciacca.
Do heliporto, Bento XVI seguiu em automóvel até o
Mosteiro Mater Ecclesia, onde foi recebido com grande e fraterna cordialidade
pelo Papa Francisco, que o aguardava. Juntos, foram à capela do Mosteiro para um
momento de oração.
Esta foi a segunda vez que se encontraram
pessoalmente, desde a eleição de Francisco. Em 23 de março passado Francisco foi
até Castel Gandolfo para encontrar Bento XVI (foto acima). Em numerosas ocasiões
falaram-se ao telefone.
Bento XVI retornou para o Vaticano após
concluídas as reformas realizadas no Mosteiro, onde vai residir acompanhado da
‘Família pontifícia”, formada pelo seu Secretário particular e atual Prefeito da
casa Pontifícia, Arcebispo Georg Ganswein, as 4 leigas consagradas do Instituto
“Memores Domini”, além de um diácono belga. Um quarto está reservado para seu
irmão Georg, também sacerdote, de 89 anos, que vive na Alemanha.
Em 11 de fevereiro, Ratzinger anunciou que
passaria a servir a Igreja através da oração.
Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB,
enviou, nesta quinta-feira, 2 de maio, uma mensagem de condolências lembrando o
falecimento de dom Tito Buss ocorrido na terça-feira, dia 30 de abril, dirigida
aos familiares, ao povo de Rio do Sul (SC) e ao bispo diocesano dom Augustinho
Petry.
Leia a Nota na íntegra:
Nota de condolências pelo
falecimento de dom Tito Buss
Brasília, 2 de maio de 2013
A conferência Nacional dos Bispos do Brasil
manifesta, nesta jornada que sucede o dia do seu sepultamento, o nosso pesar
pelo falecimento de dom Tito Buus, bispo emérito de Rio do Sul (SC) ocorrido na
terça-feira, dia 30 de abril, aos 87 anos de idade.
Dom Tito
era catarinense e foi o primeiro bispo da diocese de Rio do Sul. Seu pastoreio
durou 29 anos e, por essa razão, somos levados a meditar e agradecer a Deus pelo
tempo longo e forte vivido por esse nosso Irmão na profunda dedicação ao Reino
de Deus e ao povo. Reconhecemos, agradecidos, todo o bem realizado durante o
caminho percorrido por dom Tito junto ao rebando dessa diocese.
Entoamos,
com o Apóstolo Paulo, o hino de ação de graças pela vida e obra de dom Tito:
“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Desde agora está
reservado para mim o prêmio da justiça que o Senhor, o juiz justo, me dará
naquele dia, não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor a
sua manifestação” (2Tm 4,7-8).
Enviamos
nosso abraço fraterno a todos os familiares de dom Tito, ao povo de Rio do Sul e
ao bispo diocesano, dom Augustinho Petry.
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a
Família da CNBB, realiza no mês de maio o 3º Simpósio Nacional da Família e a 5ª
Peregrinação Nacional da Família. O Simpósio será realizado no dia 25, na sede
da Canção Nova em Cachoeira Paulista- SP.
O evento tem como objetivo refletir o papel da
família na transmissão da fé e despertar nos pais a preciosa e insubstituível
missão na transmissão e educação da fé aos filhos.
O Simpósio será transmitido ao vivo pela TV
Canção Nova e contará com a presença do presidente da Comissão Episcopal para a
Vida e a Família e bispo de Camaçari (SP), dom João Carlos Petrini; membros da
Comissão; bispos responsáveis pela Pastoral Familiar nos 17 Regionais da CNBB;
padres assessores Nacionais da Comissão Episcopal para a Vida e a Família;
coordenadores nacional, regionais, diocesanos e paroquiais da Pastoral Familiar;
assessores do Instituto João Paulo II e de famílias vindas de todas as dioceses
do Brasil.
Ainda no dia 25 de maio haverá uma procissão
luminosa pedindo a Deus pelas famílias, que sairá do Santuário Nacional de Nossa
Senhora Aparecida, em Aparecida/SP, às 19h30, e seguirá até a “Igreja
Velha”.
No dia 26 de maio a Comissão Episcopal Pastoral
para a Vida e a Família da CNBB realizará a 5ª Peregrinação Nacional da Família
de Aparecida. São aguardadas para o evento cerca de 150 mil pessoas que em
peregrinação torna visível toda a ação evangelizadora em favor da família. O
tema escolhido para 5ª Peregrinação Nacional das Famílias está em sintonia com o
ano da fé e com a Jornada Mundial da Juventude.
Os membros da Comissão organizadora estão
preparando subsídios como: oração comunitária, reflexão teológica e pastoral
sobre o tema, sugestões para que as comunidades organizem simpósios, palestras e
momentos de fraternidade e de intercâmbio entre as famílias. Os subsídios
estarão disponíveis no site da Pastoral
Familiar, regionais e Dioceses.
Oração do Peregrino:
Deus nosso Pai, que nos criou a Vossa imagem e
semelhança e nos presenteou com o dom precioso da família, concedei, a nós,
peregrinos rumo ao céu, participar pela presença e oração do 3º. Simpósio e da
5ª. Peregrinação Nacionais da Família com o propósito de renovarmos nossa
unidade e visibilidade na missão da transmissão da fé.
Jesus Cristo, o Peregrino do Pai, que tendo
nascido e crescido numa família humana, a santificou, olhai com bondade para
nossas famílias peregrinas, para que continuem com coragem cristã o anúncio e
testemunho da beleza de sermos e termos família, como o lugar privilegiado e
próprio para que os pais ensinem aos filhos as lições do Evangelho.
Espírito Santificador, companheiro de nossas
caminhadas, guia nas incertezas e perigos da vida, alento no cansaço, luz na
escuridão, fortalecei nossos pais autênticos e insubstituíveis guardiães da
educação dos filhos segundo a medida do amor divino e conduzi os peregrinos são
e salvos a Casa da Mãe Aparecida e no retorno aos seus lares.
Sagrada Família, abençoai nosso 3º. Simpósio e
5ª. Peregrinação Nacionais da Família.
Entre os dias 25 e 28 de abril aconteceu na
cidade de Manaus (AM) o 3º Seminário de Catequese Indígena com o tema
“Catequese, Protagonismo Indígena e Inculturação”. O evento reuniu cerca de 90
pessoas e foi realizado pelas Comissões Episcopais: De Animação
Bíblico-Catequética, da Amazônia e Missionária, pelo Conselho Indigenista
Missionário (CIMI) e pela Pastoral Indigenista da Arquidiocese de Manaus. Leia o
balanço do 3º Seminário escrita pelo padre indígena Justino Rezende.
Manaus, 25-28/04/2013
Meu amigo e minha amiga!
A cidade de Manaus, capital do estado do
Amazonas, acolheu de coração aberto as 90 pessoas, participantes do III
Seminário de Catequese Indígena, de 25 a 28 de abril de 2013. “Catequese,
Protagonismo Indígena e Inculturação” foi o tema muito bonito que nos
desafiou.
Este inesquecível Seminário foi organizado pelas
Comissões Episcopais: De Animação Bíblico-Catequética, da Amazônia e
Missionária, pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e pela Pastoral
Indigenista da Arquidiocese de Manaus.
Fato admirável, a presença de indígenas
procedentes de vinte e um (21) povos: Boé Bororo, Maku Hyump, Wapixana, Baré,
Piratapuia, Baniwa, Kokama, Mura, Bará, Munduruku, Zapoteca, Arapaso, Macuxi,
Tukano, Tuyuka, Sateré-Maué, Kambeba, Guajajara, Tariano, Desana, Mayuruna.
Presentes também bispos, padres e religiosos(as). Destacamos a presença de
padres e religiosas indígenas.
A convivência fraterna construída no dia a dia do
Seminário mostrou-nos de que nós estamos vivendo um Kairós, manifestação
carinhosa de Deus para com os povos indígenas e os missionários que se dedicam
em estar com estes povos.
No âmbito mais global temos na animação da Igreja
Católica um novo Papa, Francisco. É um latino-americano como nós e nos inspira
nova mentalidade. O papa, a partir do espírito de São Francisco, pode dar um
rumo novo para a Igreja. Ele fala que a nossa Igreja deve ser “uma Igreja pobre
e dos pobres” e nos convida para “ir às periferias geográficas e existenciais”.
Por isso nesse Seminário sentimos que Deus nos chama para a missão de promover e
servir a vida.
O III Seminário deu continuidade aos dois já
realizados nessa linda Amazônia: O I aconteceu em Manaus, no período de 25 a 28
de outubro de 2007. O II aconteceu em Ananindeua/PA, no período de 8 a 10 de
abril de 2011.
Nosso Seminário contou com muitas e valiosas
assessorias: -Pe. Raimundo Possidônio: “Cenários catequéticos da história da
missão”.-Pe. Paulo Suess: “Catequese no contexto histórico-social dos povos
indígenas hoje o foco catequético na pastoral indigenista”.-Pe. Luis Alves de
Lima : “Iniciação à Vida Cristã”. -Pe. Eleazar Lopez Hernández: “Diálogo
inter-religioso e intercultural- Teologia Índia”. -Pe. Eleazar e Pe. Paulo:
“Inculturação: perspectivas e desafios”.-Ir. Téa Frigério: “A Bíblia na
Catequese indígena”.-Pe. Bartolomeu Giaccaria: “Ritos e Mitos Indígenas na
Catequese”. -Pe. Justino Rezende: “Inculturação na Catequese Indígena”. -Irmã
Rebeca: “Espiritualidade e Catequese Indígena”. -Pe. Nello Ruffaldi: “Catequese
e Protagonismo Indígena”.-Pe. Roberto,OMI: “Evangelização e Cat. Entre os
Indígenas da
Cidade”.
-Nós indígenas “partilhamos nossos trabalhos,
nossas práticas de catequese e os nossos sonhos”
O III Seminário de Catequese está dentro da
caminhada da Igreja, estamos conectados com os fatos importantes da vida da
nossa Igreja. Por isso celebramos com gratidão os 30 anos do Documento Catequese
Renovada, como inspiração para a nossa ação atual. E da mesma forma fizemos
memória dos 40 anos de história de compromisso com os povos indígenas do
Conselho Indigenista Missionário (CIMI).
O contexto histórico analisado nos desafia, a
“desembarcar das naves dos invasores para embarcarmos nas canoas dos índios”. É
preciso entender as culturas dos pequenos. Os povos indígenas são pequenos, mas
possuem sabedorias, são portadores do Amor de Deus para as pessoas. Pe. Eleazar,
vindo do México, nos contou que as flores de Guadalupe que Juan Diego ofereceu à
Igreja simbolizam as culturas indígenas. Como Juan Diogo, com simplicidade,
podemos contribuir também com a Igreja hoje.
Na experiência do encontro nos damos conta das
coisas boas que estão acontecendo: As práticas da Iniciação à Vida Cristã estão
sendo redescobertas por nossas comunidades. O diálogo, exigência da
inculturação, também está avançando. É fundamental dialogar com os diferentes.
Nós povos indígenas temos muito para dar, partilhar e oferecer para a Igreja.
Por outra parte, queremos aprender também com os outros povos. Pois as histórias
são construções humanas. Nós podemos construir novas histórias, mas precisamos
aprender a fazer escolhas. Através de nossos mitos e ritos mostramos que a vida
deve ser vivida com generosidade, com alegria e profundidade. Nós sabemos
valorizar a natureza, as pessoas, os seres viventes, as forças imateriais
presentes no mundo.
Neste Seminário entendemos que nós possuímos as
nossas teologias, a Teologia Índia, que vem mostrar para indígenas e não
indígenas que temos um Deus que é único, mas que é compreendido com vários
nomes. Jesus Cristo nos foi apresentado pelos colonizadores, conquistadores. Mas
Jesus não é um colonizador/conquistador. Ele é nosso amigo, companheiro,
Salvador. Jesus é fonte inesgotável de vida, nós nunca chegaremos a
compreendê-lo plenamente, mas buscaremos, dia a após dia, ser seus discípulos,
construtores do seu Projeto, o Reino de Deus. Sentimos que já percorremos longos
caminhos e muitos conhecimentos foram construídos em torno de Jesus. Mas as
práticas de evangelização e catequese são adequadas para cada tempo e cada
espaço histórico. Por isso, precisamos continuamente repensar e resignificar
nossas práticas evangelizadoras.
Nós estudamos, partilhamos e sonhamos, dando-nos
conta que no centro de nossos trabalhos está a PESSOA, que deve receber nossa
atenção principal. Somente assim podemos dizer que a essência da catequese
indígena é o valor da vida. A VIDA dos povos indígenas precisa ser amada,
valorizada e respeitada. Em muitos contextos essa vida, a cultura, os costumes,
tradições, as línguas estão enfraquecidas. A Catequese pode tornar-se um
instrumento para fortalecer a vida dos nossos povos a partir do evangelho. Pois
a catequese assume os problemas sociais e culturais para ajudar na transformação
da realidade. Por isso apostamos no processo de evangelização e catequese para
que nossas vidas sejam amadas como Deus nos ama.
Nas reflexões ficou claro para nós que a
Inculturação deve ser feita através do protagonismo indígena. Por isso nos
alegramos com a presença de vários padres e religiosas indígenas neste
Seminário. Mas também contamos com a valiosa colaboração dos missionários(as),
dos teólogos(as) e catequetas não indígenas. Juntos temos uma bonita e grande
missão: Servir a Vida.
Neste Seminário damos alguns passos para frente.
Estamos caminhando. Não temos soluções mágicas. Mas continuamos buscando
caminhos para superar as dificuldades, criar outras práticas e acertar juntos.
As diversas questões referentes aos temas da catequese indígena, inculturação e
protagonismo continuam em aberto para os nossos estudos, reflexões e
experiências.
Finalmente, convidamos a todas as pessoas de boa
vontade para que se interessem pelas vidas dos nossos povos. Fazemos apelo aos
bispos para que estejam atentos às realidades indígenas de suas dioceses. Os
povos indígenas não podem ser invisíveis aos vossos olhos. Pois estão presentes
em muitas dioceses e paróquias. Somado a esse compromisso fazemos apelo para que
as dioceses e as paróquias saibam disponibilizar recursos materiais para tornar
viável nossa participação.
Para todos os participantes do III Seminário esse
momento é de Kairós. Momento da Criação e Recriação da Vida. Deus nos criou para
com Ele criar um mundo novo! Ele aposta nos povos indígenas!
Realizamos bonito trabalho. Elaboramos, através
de processo bem participativo, propostas para o futuro de nossa caminhada. Estas
estão em anexo para que todos participem desse processo histórico (confira
abaixo).
Obs: Esta mensagem é fruto de reflexão de uma
equipe, mas redigida pelo indígena Pe. Justino Rezende.
CONCLUSÕES DO III SEMINÁRIO DE CATEQUESE
INDÍGENAReconhecendo que os catequistas indígenas são a base para o surgimento
de uma igreja autóctone, chegamos às seguintes conclusões:1. Sentimos a
Necessidade de uma formação permanente, específica de catequistas indígenas em
vista de uma Igreja indígena, ministerial, missionária, incorporando a lógica, o
conteúdo, a metodologia e as instancias próprias dos povos e culturas indígenas.
Essa proposta de formação poderá ser realizada em centro de formação permanente,
ou nas aldeias, ou numa combinação criativa. Os elementos de formação
inculturada devem ser incorporados também aos programas de formação do clero,
religiosos e religiosas indígenas.
2. Para os não indígenas que atuam junto aos
povos indígenas é necessária uma preparação específica, em vista de uma
catequese inculturada com protagonismo indígena.
3. Queremos continuar o processo de reflexão
com intercambio de experiências, conteúdos, metodologias, subsídios. Ao longo de
quatro anos serão realizados encontros regionais e diocesanos, por temas
específicos (indígenas na cidade), para partilha de experiências e
aprofundamento. Esse processo culmina com a realização do IV seminário nacional
de catequese indígena em 2017.
A convite do Setor Leigos da Comissão Episcopal
para o Laicato, juntamente com o Conselho Nacional dos Leigos e Leigas do Brasil
(CNLB), nos dias 20 e 21 de abril, estiveram reunidos no Centro Mariapolis
Ginetta, em Vargem Grande Paulista - SP, os dirigentes nacionais de diversas
expressões laicais (Apostolado da Oração, Associação Instituição Teresiana,
Caminho Neocatecumenal, Comunidade Nossa Senhora da Esperança, Confederação
Nacional das Congregações Marianas, Conselho Nacional das Irmandades de São
Benedito, Encontro de Casais com Cristo, Legião de Maria, Movimento Apostólico
de Schoenstatt, Movimento Comunhão e Libertação, Movimento das Equipes Docentes,
Movimento dos Focolares, Movimento Fé e Luz, Movimento dos Trabalhadores
Cristãos, Obra Kolping do Brasil, Ordem Franciscana Secular e Renovação
Carismática Católica) e membros da Comissão (Dom Giovane, Dom Celso e o Assessor
Geraldo Aguiar).
A reunião teve como objetivo fortalecer a rede
que se tem construído; refletir e dialogar, a partir das Diretrizes Gerais da
Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, sobre as relações entre Movimentos,
Associações e Serviços Eclesiais e as Igrejas Particulares/Paróquias; avaliar e
retomar os encaminhamentos do IV ENMEAL (Encontro nacional acontecido no recife
em novembro de 2012); informar sobre o possível “Ano do Laicato” e partilhar a
caminhada das várias expressões laicais que se fizeram presentes.
Esse grupo já se reúne, anualmente, há cinco anos
e tem conseguido criar caminhos de conhecimento mútuo, partilha de informações,
programas de formação e troca de experiências. Discutem em plenário e em grupos
sobre os avanços e retrocessos dessa caminhada, propõem trabalhos em comum e,
especialmente, experimentam a grande diversidade de dons e carismas que compõe o
cenário da Igreja atual.
No início dos trabalhos foi apresentado um painel
com o tema “Reflexão e diálogo sobre as relações entre os Movimentos,
Associações e Serviços Eclesiais, seus membros e as Igrejas
Particulares(Dioceses)/Paróquias”. Foram painelistas: Profa. Maria Elenise
Mesquita, Pe. Alexandre Awi Mello e Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de
Tocantinópolis e referencial do Setor Leigos.
A palavra chave dos expositores foi
“conhecimento”. Eles argumentaram que conhecer rompe os preconceitos, traz luz
aos relacionamentos e ameniza as tensões. E explicaram que os movimentos e
associações laicais são muito importantes para a vida da Igreja do Brasil,
muitos são frutos do Concílio Vaticano II e têm origem internacional. Respondem
aos desafios dos tempos modernos, são meios ágeis de reunião, alimentam laços
afetivos entre os membros e dos membros com a comunidade local, formam os seus
membros de maneira organizada, integral e constante e mobilizam jovens. Os
expositores concluíram dizendo não haver dúvidas que os dons e carismas dos
jovens são um grande tesouro da Igreja.
Os desafios que apareceram nos diálogos foram:
Como integrar o membro do movimento/serviço/associação às atividades da
paróquia, quando algumas vezes o movimento tem um dinamismo que ultrapassa o
território paroquial? Como aproveitar o material, a formação dada pelos
movimentos e colocá-los a serviço da Igreja particular? Como entender e dirimir
as limitações que estão presentes tanto nos membros, como nos dirigentes dos
diversos grupos existentes e também por parte de alguns párocos?
Foi lembrado que no IV ENMEAL houve várias
reivindicações sobre a necessidade de melhorar a comunicação entre as expressões
laicais e delas com a paróquia nas quais estão inseridas, também de aprimorarem
o uso das diversas mídias disponíveis e de socializarem as informações de
maneiras mais rápida e eficiente.
Geraldo Aguiar e Dom Giovane trouxeram ainda
informações sobre os trabalhos desenvolvidos na 51ª. Assembleia Geral, realizada
de 10 a 19 de abril em Aparecida. Houve muito interesse entre os participantes
da reunião de dirigentes sobre o tema que lá foi estudado: “Comunidade de
Comunidades, Uma Nova Paróquia”, visto que o mesmo tem relação direta com a
vivência dos movimentos e suas práticas.
Com momentos de oração, discussão, estudo e
partilha a reunião trouxe aos participantes a oportunidade da convivência
fraterna e a esperança de que a caminhada poderá ser muito mais sólida se
realizada em comunhão.
A Comunidade Católica Shalom promove no dia 04 de
maio, a quinta edição do Lual da Juventude que será realizado em um espaço de
eventos na cidade de Pacajus (CE).
O Lual da Juventude 2013 conta com as presenças
da Banda Missionário Shalom, Cosme, Shalom God, Naldo José que fará a gravação
do seu primeiro DVD e DJ´s.
A expectativa da organização é receber 3 mil
visitantes. Além das atrações haverá o Espaço da Misericórdia, local para oração
e aconselhamento do público presente, espaço para confissão e Adoração ao
Santíssimo Sacramento.
Em 2012 o evento reuniu 2 mil pessoas. A
programação também integra os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude,
encontro que acontecerá em julho com o Papa Francisco, na cidade do Rio de
Janeiro (RJ). “Queremos levar pelo menos 1750 peregrinos daqui de Pacajus e
junto com o Projeto Juventude Fortaleza 10 mil peregrinos. Durante o Evento
teremos um momento especial sobre a JMJ”, garante Flavia Driele, responsável
pelo Projeto Juventude da Missão da Comunidade de Pacajus (CE).
Assessoria
de Imprensa da CNBB
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