Enadir Obregon Vielmo
IDOSO
REJEITADO, GERAÇÕES DOENTIAS.
Estou
muito feliz com a realização deste sonho. O afeto que tenho pelos idosos e
idosas vem desde a infância, das vivências e experiências com meus avós, na
adolescência com a maturidade de professoras (es), bem como a convivência por
mais de trinta anos com uma idosa que agregou valores significativos à nossa
família, Elisa Zucheto Vielmo minha sogra, e como voluntária do Lions Clube de
Santiago Centro, sempre estive envolvida em Grupos de 3ª Idade ou Melhor Idade, ressalta a educadora Enador Vielmo referindo-se ao lançamento de seu primeiro livro.
Esta
caminhada de convivência e troca foi uma grande prática de vida. Foi nesta
Universidade da Vida que decidi fazer meu trabalho de pesquisa em Instituições
de Longa Permanência – Asilos, que apresento neste livro.
Por
outro lado, o envelhecimento é um fenômeno universal e exige estudos profundos
e medidas urgentes de todos os países, para preparar um mundo mais ético e
humano para os futuros idosos (nossos filhos e netos), e nesta reconstrução não
deve faltar a solidariedade.
O
estudo da rejeição que o idoso sofre e a sua resposta frente ao sentimento de
rejeição é imprescindível, apesar de dolorido é fundamental para transformar e
fortalecer o seu “vir a ser”. As pesquisas apontam a família como a grande vilã
responsável maior, pelos maus tratos ao idoso, tanto morais, quanto físicos,
testemunho vivo da rejeição que sofre, mas ele não fala, ele tem vergonha da
família que ama, que gerou, cuidou e educou. Evidencia-se uma cultura impregnada
pelo individualismo, incorporada pelos filhos e reproduzida nos netos,
consentida sem censura pela sociedade. Urge que a educação das novas gerações,
a sua formação, seu comprometimento emotivo, deverão estar voltados para a
criação de uma mentalidade nova, humanística que transforme o convívio entre
jovens e idosos numa verdadeira relação de amor, respeito e cumplicidade.
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