quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


                         Produtor de uva tem vantagens com o novo modelo de preço mínimo


O produtor de uva que valorizar qualidade terá mais vantagens na safra atual e na de 2014, de acordo com a nova modalidade de cálculo definida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O novo cálculo oferece melhor remuneração em troca de melhor qualidade, objetivo maior da mudança.

O preço mínimo foi aprovado recentemente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e aguarda portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para entrar em vigor. É o mesmo da safra anterior, de R$ 0,57 o quilo do produto.

A ideia é incentivar o manejo dos parreirais, de modo que seja produzido menos  com mais qualidade. Até 2012, para cada grau babo (que determina o teor de açúcar na fruta) acima dos 15 graus, havia um acréscimo de 5% em relação ao valor do preço mínimo. A partir desta safra, o produtor receberá um ágio de 7,5% para cada grau acima dos 14 graus das uvas brancas, 15 graus para variedades americanas e a partir de 16 graus para as viníferas. Da mesma forma, serão aplicados deságios em igual proporção. Já para o próximo ano, o ágio passa para 10%.

A área técnica da Conab fez uma comparação econômica, aplicando a nova tabela à safra do ano passado, tendo em vista o grau glucométrico (de açúcar) médio da uva colhida em 2012. De forma geral, naquelas condições de safra que são semelhantes às deste ano, houve ganho econômico em favor dos produtores que colheram uvas de maior qualidade.

Tomando-se por base as quantidades de uvas e as respectivas graduações médias, em 2012 os produtores receberiam, com base nos preços mínimos com ágio/deságio de 5%, o valor de R$ 422,2 milhões, e se fosse com o percentual de 7,5%, o valor subiria para R$ 431,8 milhões, portanto, com uma diferença de R$ 9,6 milhões a favor dos produtores.

 “Um ganho significativo, em especial a demonstração de que os produtores só terão a ganhar com as novas medidas. Ainda, para alcançar esse patamar de qualidade (grau glucométrico maior que 14, 15 ou 16), os produtores terão que fazer a poda verde, o que será extremamente positivo para reduzir possíveis excessos de produção”, enfatiza o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.  (Raimundo Estevam/Conab)


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Comunicação Social - Conab

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