terça-feira, 4 de setembro de 2012


Poesias da Fátima - patronesse da Feira do Livro - 14ª edição.

Rumo
Rumo


            Olhar cego diante do espelho
            de mim
            reflete meu outro eu
            o imaginário
            aquele que faz a morte suicidar-se
            e translúcido
            voa para o reflexo
            do olhar

                        Código Abstrato


            Amor
            sem cartas


            mensagens
            veladas


            Pintura de boca vermelha
            não batom


            Invólucro secreto
            do portal do silêncio:


            -- Não mais agora
            apenas
            amei...


Fátima Friedriczewski
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                        Busca


            Onde andará a alma
            da árvore
            multipartida
            em móvel?

            Onde andará a alma
            da pedra
            cimentada
            em alicerce?
           
            Onde andará a alma
            do rio
            que carrega em seu regaço
            somente ácido?

            Procuro o espírito
            da natureza morta,
            antes que se desintegre o meu,
            átomo por átomo,
            no deserto do homo faber.

Fátima Friedriczewski

A força que me preside é a vida,
meu grande segredo é o amor,
minha cadeia sutil:
eu sou.

Sou diferente em minhas estranhas formas,
procuro o laço que une todos em um,
minha ciência das correspondências:
eu sou.

Estrela fixa ou astro errante,
pássaro migratório ou inseto efêmero,
a despeito da mutante forma:
eu sou.
Fátima Friedriczewski
Fátima Friedriczewski
É uma pessoa muito simples e sem muitas ambições.  Em seu coração, do ponto de vista da fé que professa, do que pratico, é que deve ser útil ao Plano Divino através das coisas mais simples que fizer, como cuidar das orquídeas, dos animais que recolho da rua, na seriedade com seu trabalho, com a sua  minha família e seu lar.

Desta maneira, está  sempre  preocupada em bem cumprir suas  atribuições.
Para Fátima Santiago é uma cidade acolhedora e hospitaleira, e todas as pessoas que vem para cá acabam permanecendo e adotando esta cidade como sua.

Quando fez parte do departamento de literatura do Centro Cultural tive a oportunidade de estudar Aureliano, Zeca Blau, Auri Sudati, Antonio Manoel Gomes Palmeiro, Oracy.

Conheceu também os editores do Letras Santiaguenses que tem um mérito incontestável na literatura santiaguense, pelo esforço, arrojo e alcance do jornal.

Participou  da Confraria Literária no final da década de 1980 e início de 1990, que chegou a lançar os Cadernos 1 e 2 de Poesia e Prosa na Feira do Livro de Porto Alegre em 1990.
O poema “descaminhos” foi uma brincadeira o qual lhe deu a ideia para o livro intitulado com este nome e lançado na 13ª Feira do livro.

Todas as pessoas querem caminhos, repetir atitudes, as mesmas coisas de sempre. E para Fatima  ela que  algo diferente .

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