quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Alunos do ensino médio receberão incentivos para seguir carreira de docência



O programa “Quero ser Cientista, Quero ser Professor” vai conceder 30 mil bolsas de R$ 150 mensais  para incentivar a formação dos alunos da rede pública nas áreas de matemática, física, química e biologia

Trinta mil bolsas serão oferecidas pelo Ministério da Educação (MEC) para estudantes da rede pública que desejem participar no novo programa “Quero ser Cientista, Quero ser Professor”, lançado na nesta quarta-feria (18). O programa estimula a formação de professores nas disciplinas de matemática, química, física e biologia e deverá ajudar a reduzir o déficit de cerca de 170 mil docentes na rede pública nessas áreas, de acordo com dados do MEC.
Divulgação/Agência Brasil Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lança programa “Quero ser Cientista, Quero ser Professor” Ampliar
  • Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, lança programa “Quero ser Cientista, Quero ser Professor”
A seleção dos bolsistas será feita pelas secretarias estaduais de Educação e por universidades e a bolsas começam a ser distribuídas já em fevereiro de 2014. O valor repassado aos estudantes de ensino médio será R$ 150. Alunos dos últimos anos do ensino fundamental que forem medalhistas nas olimpíadas científicas também poderão concorrer à bolsa.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, presente no lançamento, as disciplinas escolhidas são fundamentais para o crescimento do País e atualmente são as mais defasadas quanto a procura nas universidades. Enquanto 11,9% dos universitários se matriculam no curso de administração e 22% no curso de direito, apenas 6,6% ingressa em biologia e 1% em ciências. Em física, por exemplo, são 25 mil matrículas em todo o Brasil e 35 mil em química. Enquanto 19 pessoas se formam em administração, apenas uma se forma em química.
Dentro do programa, o aluno será orientado por professores de sua área específica, participará de pesquisas científicas e tecnológicas e visitará universidades e laboratórios. Ele também poderá ser monitor da sua turma na escola.
Mercadante reiterou que o programa não obriga o aluno a seguir carreira docente, e sim, despertar no aluno o interesse pela profissão. “Esperamos fomentar a vocação para área da ciência e docência e despertar nos nossos alunos a paixão de ensinar”, concluiu o ministro.


100 mil bolsas
Atualmente, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (Capes), juntamente com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) paga bolsas de iniciação júnior a 10 mil estudantes. Com as 30 mil do Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor, serão 40 mil nessa modalidade em 2014, com  investimento em torno de R$ 66 milhões. A expectativa é ampliar gradualmente a concessão e ajustar o que for necessário no programa até atingir 100 mil bolsas.

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