quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Vaticano na internet: “novo papa terá de ser pop nas redes sociais”, afirma estrategista em marketing digital

Segundo Gabriel Rossi, entrada de papa nas redes sociais é acertada, mas com conteúdo errado

         Na próxima quinta-feira, 28 de fevereiro, Bento XVI deixará de ser papa. A data marca o início do processo para escolha de um novo líder da igreja católica no mundo. Há dois meses o atual papa se lançou nas redes sociais da internet, criando uma conta no Twitter. Para o estrategista de marketing digital Gabriel Rossi, a medida precisa ser mantida, mas a forma de comunicação deve ser alterada. O novo papa terá de ser pop nas redes sociais”, afirma.
         A versão em português do Twitter de Bento XVI é “Pontifex_pt” – o papa tem versões em diversos idiomas. Conta com cerca de 90 mil seguidores. As mensagens postadas são, até agora, sempre polidas e discretas. “Um dos principais desafios da Igreja Católica é se aproximar das pessoas. É claro que isso combina com internet. Mas ainda há muito a ser feito para concretizar essa aproximação. Se a ideia é transmitir mensagens a um grande número de pessoas, a linguagem precisa ser alterada, precisa gerar interesse. Ter menos de 100 mil seguidores em português, para um papa, mostra que há algo errado com o perfil”, diz Rossi.
A adesão do Papa ao Twitter é o ponto alto de um esforço da Igreja Católica para conquistar fiéis na era da internet. Desde 2005 o Vaticano tem uma conta no YouTube. Em 2009 criou o site Pope2You, junto com um aplicativo no Facebook. Ano passado, a Santa Sé lançou seu próprio site de notícias, o News.va. E, para 2013, o tema do 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, marcado para 12 de maio, é "Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização".
A Igreja Católica tem um histórico de adesão rápida a novas tecnologias de comunicação. Se hoje o foco está na internet, em 1896 o papa Leão XIII teve sua imagem foi registrada em filme. Depois, em 1931, foi fundada a Rádio Vaticano, na época de Pio XI. Seu sucessor, Pio XII, foi o primeiro pontífice a aparecer na televisão, em 1949. 
Para Rossi, este é um caminho sem volta. “Até o Vaticano, com sua postura sempre austera, percebeu que as redes sociais não são ‘moda’. E o próximo papa tem tudo para incrementar esse relacionamento virtual com fieis. Mas será essencial falar de problemas do cotidiano das pessoas. Hoje, parece que estão gritando para surdos, numa cidade fantasma. Não adianta usar as tecnologias sociais sem humanizar a imagem da igreja”, avalia o estrategista.
        


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