quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


Histórico das investigações do Incêndio na boate Kiss em Santa Maria após trinta dias.

A tragédia na Boate Kiss em Santa Maria que vitimou fatalmente 239 pessoas e fez centenas de feridos, completou 30 dias nessa quarta-feira (27/02). A Polícia Civil de Santa Maria continua com o trabalho que teve início logo após o incêndio.

A investigação do fato, coordenada pelo delegado titular da Delegacia de Polícia Regional de Santa Maria, Marcelo Mendes Arigony, apresenta três etapas principais, que nortearam as ações para esclarecer o ocorrido.

Além do Delegado Regional, quatro delegados se somam na coordenação da equipe de policiais que trabalha no caso. São eles: Del. Sandro Meinerz, Del. Luiza Sousa, Del. Gabriel Zanella e Del. Marcos Vianna.

Ao tomar conhecimento do incêndio, agentes policiais e delegados de polícia se deslocaram até o local do fato para dar início aos trabalhos. Juntamente com agentes de outras instituições e peritos, começaram imediatamente no gerenciamento de crise e no trabalho que definiu a primeira etapa das ações da Polícia civil que reuniu cerca de 100 policiais civis de toda a região na identificação das vítimas e liberação dos corpos. Em torno de 24 horas as vítimas foram identificadas e os corpos liberados.

No mesmo instante teve início também a tomada de depoimentos de pessoas que tiveram ligação direta com o fato.

 A análise de documentos referentes ao histórico do local da boate e de imagens de celulares das testemunhas e sobreviventes são os pontos principais da segunda etapa da investigação, aliados as solicitações de perícias ao Instituto Geral de Perícias.

A tomada de depoimentos dos agentes responsáveis pela fiscalização e funcionamento da Boate Kiss é  ponto principal da terceira e última etapa da investigação antes da conclusão do inquérito.
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A Polícia Civil solicitou ao Corpo de Bombeiros, Prefeitura Municipal de Santa Maria e Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura todos os documentos referentes ao histórico do prédio da boate Kiss, os quais passaram por uma análise criteriosa.

As autoridades policiais realizaram o pedido de quatro prisões temporárias de pessoas envolvidas diretamente com o fato, que foram decretadas pelo Poder Judiciário. Três foram presos por policiais e um dos investigados se apresentou à polícia.

Foi realizada uma reconstituição preliminar, com cinco pessoas entre sobreviventes, funcionários e ex-funcionários da boate.

A Polícia Civil desenvolveu um programa para auxiliar a identificação de pessoas que estiveram na boate Kiss e sobreviveram ao incêndio. O programa também ajudará a dimensionar a quantidade de pessoas que estava na festa quando o incêndio ocorreu.

Peritos do Distrito Federal vieram a Santa Maria munidos de equipamento especial que realiza uma varredura tridimensional no ambiente e possibilita criar uma maquete virtual do local do incêndio.

A partir do dia 18, a Polícia Civil começou a ouvir os agentes públicos tais como: bombeiros, fiscais da prefeitura, secretários e ex-secretários responsáveis pelas diversas fiscalizações da boate, desde o início de seu funcionamento até a atual gestão.

Até essa quarta=feira (27/02) data em que a tragédia completou 30 dias, mais de 500 pessoas já foram ouvidas e o inquérito possui cerca de 3.250 páginas compiladas em 13 volumes

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