A campanha nacional de vacinação contra a gripe, encerrada nesta sexta-feira
(10), imunizou 2,5 milhões de pessoas no Estado. A cobertura dos grupos
prioritários é, até o momento de 87,8%, sendo que 397 municípios do RS
conseguiram ultrapassar a meta de atingir, ao menos, 80% dos públicos-alvo.
A aplicação das doses segue disponível nos postos de saúde até o final
dos estoques para os mesmos grupos prioritários. Além disso, aos municípios que
ultrapassaram os 80%, a SES recomenda a inclusão do grupo de crianças de dois
anos e, dependendo da quantidade restante de doses, também do grupo de crianças
de três anos. Cabe a cada município a avaliação de sua situação e definição
sobre esta ampliação, o que depende do excedente que ainda possui, uma vez que
não haverá novos repasses de doses.
Doses aplicadas até esta
sexta-feira (10)*: -Crianças (maiores de 6 meses e menores de 2
anos): 180.626 (87,4%)
-Trabalhadores da saúde: 246.932 (102,2%)
-Gestantes: 77.560 (75%)
-Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto):
19.575 (115,3%)
-Indígenas: 19.603 (93,65%)
-Idosos: 1.262.372 (86%)
-Pessoas privadas de liberdade: 17.187
-Pessoas com doenças crônicas:
714.153
-TOTAL: 2.538.003 (87,81%)
* Dados do
Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, às 15 horas de
10/05/2013
Na prática, o final da campanha significa apenas o término da
fase de mobilização. A vacinação propriamente dita prossegue até que estejam
terminados os estoques. Isso significa que os municípios podem, a partir de
agora, readequar sua estrutura como, por exemplo, centralizar as vacinas
restantes em suas principais unidades básicas de saúde.
O Estado recebeu
do Ministério da Saúde cerca de 3,1 milhões de doses para a campanha, quantidade
suficiente para atender a demanda estimada em 2,9 milhões de pessoas, incluído
um excedente por segurança. Dessa forma, ainda restam na rede pública
aproximadamente 500 mil doses da vacina, cujo destino continua sendo os mesmos
grupos prioritários.
A vacina protege pelo período de até 12 meses e com
maior eficácia três semanas após a aplicação. Ela promove a imunização contra
três tipos de vírus influenza: influenza A H1N1, influenza A H3N2 e influenza B.
A escolha das cepas considera os vírus com maior circulação nos últimos meses.
Estudos do Ministério da Saúde demonstram que a vacinação contra a
influenza (gripe) reduz em, aproximadamente, 50% as hospitalizações e mortes
pela doença e suas complicações, mesmo nos idosos e em grupos que apresentam
comorbidades, particularmente em períodos de maior circulação do vírus. No grupo
das pessoas com 60 anos ou mais, a vacina também está associada a reduções
substanciais no risco de hospitalização por doença cardíaca, doença
cerebrovascular e pneumonia, reduzindo consequentemente a morte por essas
causas.
A vacina só é contra-indicada para pessoas com alergia ao ovo,
material a partir do qual ela é produzida. Em doenças febris agudas, moderadas
ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o
intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.
Gestantes
De todos os grupos prioritários, o único
onde o Estado não atingiu a cobertura pretendida foi em relação às gestantes.
Das cerca de 103 mil grávidas estimadas, 76 mil procuraram a vacina, o que
representa75% do total.
A vacina é indicada para qualquer período de
gestação, imunizando tanto a mãe quanto a criança, contando inclusive com o
apoio das entidades de classe da categoria. E, assim como os demais grupos
prioritários, as gestantes que ainda não fizeram a imunização podem procurar os
postos para fazer a vacina.
Crianças
Menores de 9
anos que estão fazendo a vacina pela primeira vez devem receber duas doses, com
30 dias de intervalo entre elas. A imunização só é considerada completa com a
aplicação das duas doses.
Caso a criança já tenha recebido a vacina em
outros anos, seja uma ou duas doses, recebem agora apenas uma vez. No ano
passado, das cerca de 115,9 mil crianças que tomaram a primeira dose apenas 91
mil voltaram aos postos para fazerem a segunda, o que corresponde que 21% delas
não completaram a imunização.
Prevenção A chamada
etiqueta da gripe é uma medida simples porém importante para evitar a
disseminação na doença. Entre os cuidados que se destacam está a proteção da
boca e nariz ao tossir e espirrar, cobrindo-a preferencialmente com a dobra do
cotovelo, evitando o uso das mãos. O vírus ao ser expelido pode depositar-se em
alguma superfície onde ainda sobrevive por um período de tempo.
Caso uma
pessoa venha a ter contato com essa área e depois toque olhos ou a boca pode vir
a contaminar-se. Também ressalta-se a importância em lavar as mãos com
frequência, com água e sabão ou utilizando álcool em gel, assim como evitar
locais com aglomeração de pessoas (escola, transporte público, centros
comerciais, entre outros) se estiver com os sintomas.
Tratamento
A gripe tem cura. A afirmação busca
quebrar o paradigma de que a doença é tratada apenas com descanso em casa. O
tratamento tornou-se popular durante a pandemia de 2009, quando passou a ser
ofertado o antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu.
Devido ao
fato de que o medicamento possui sua maior eficácia durante as primeiras 48
horas de sintomas, recomenda-se que a pessoa procure atendimento médico de
imediato quando estiver com sintomas de febre, dor de garganta e dores nas
articulações, musculares ou de cabeça. Juntamente a esse chamamento à população,
é feito um reforço para que a comunidade médica esteja atenta a esses sintomas
para a prescrição do antiviral.
O medicamento é distribuído
gratuitamente nas farmácias municipais, hospitais, pronto socorros e outros
locais. O Estado possui no momento cerca de 190 mil tratamentos (cada um
composto de dez comprimidos), quantidade superior a distribuída em todo o ano
passado. Caso necessário, pode ser solicitado complemento do estoque ao Governo
Federal alcançando até 500 mil tratamentos.
Texto:
Assessoria de Imprensa
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