Arrozeiros querem
prorrogação de 90 dias para renegociar as dívidas
Os representantes dos
arrozeiros gaúchos propuseram nesta terça-feira, 14, a prorrogação em 90 dias no
prazo de adesão na renegociação das dívidas junto aos bancos privados. A
proposta foi apresentada durante audiência pública proposta pelo deputado
federal Alceu Moreira (PMDB/RS), que reuniu membros dos ministérios da
Agricultura e Fazenda, Febraban, Federarroz, Fetag e Farsul. O prazo anterior
venceu no último dia 30 de abril.
De acordo com os
arrozeiros, os bancos privados não estão cumprindo a resolução do Conselho
Monetário Nacional (CMN), de dezembro do ano passado, que autoriza a
renegociação das dívidas contraídas para o custeio da produção e investimentos
em compra de insumos e equipamentos. O valor financiado desde 2011 ultrapassa a
marca de R$ 3 bilhões.
"Quando o produtor é
colocado na lista negra dos bancos todos perdem. O produtor fica sem crédito, o
banco perde um cliente e o governo não recebe o tributo", apontou o deputado
Alceu Moreira, que se colocou à disposição como interlocutor na busca de um
acordo entre Febraban, Federraroz e Ministério da Fazenda, no intuito de ampliar
o período da resolução.
Os produtores justificam
a necessidade da renegociação pelo aumento do custo de produção, pelas
dificuldades para a venda e pela falta de acesso ao crédito para a próxima
safra. "O preço pago ao produtor caiu, mas não para o consumidor", arrematou o
presidente da Federarroz, Renato Rocha.
O Rio Grande do Sul é o
maior produtor de arroz no país, com uma colheita aproximada em oito milhões de
toneladas por ano.
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