Boletim
Diário da CNBB - 20/05/2013
REFLEXÃO
Todos
nós queremos dar soluções rápidas para todos os problemas e, por isso, podemos
ser surpreendidos porque não conseguimos revolvê-los de forma satisfatória ou
eles voltam a acontecer. Isso acontece principalmente porque não paramos para
refletir sobre o problema e não buscamos todos os meios necessários para a sua
superação. Jesus, antes de realizar o exorcismo, conversou com o pai da criança
e exigiu dele uma postura de fé. Depois, chamou a atenção dos discípulos sobre a
necessidade da oração. Devemos conhecer profundamente os desafios que nos são
colocados no trabalho evangelizador e nos preparar em todos os sentidos para a
sua superação.
COMEMORAÇÕES
Nascimento
- Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo Emérito de Guarulhos - SP
Ordenação
Presbiteral
- Dom Luiz Antônio Guedes, Bispo de Campo Limpo - SP
Ordenação
Episcopal
- Dom Luciano Bergamin, CRL, Bispo de Nova Iguaçu - RJ
NOTÍCIAS
- Nota pública: Cimi denuncia abuso de autoridade da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul
- 4º Seminário Social propõe discussão sobre “o Estado que temos para o Estado que queremos”
- 170 anos da Infância e Adolescência Missionária: mensagem de dom Sérgio Braschi
- Equipe executiva do Comina reflete sobre a renovação da Paróquia
- CELAM promove encontro de comunicação
- O tema da paz no encontro entre o Papa Francisco e Angela Merkel
- Diocese de Marabá realiza encontro de formação administrativa e contábil.
Nesta segunda-feira, 20 de maio, o Conselho
Indigenista Missionário (Cimi) divulgou uma nota pública denunciando a forma
ilegal e autoritária em que seus missionários e funcionários foram tratados pela
Polícia Federal, no Estado do Mato Grosso do Sul. Veja a nota na íntegra.
NOTA
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) vem a
público denunciar a forma absolutamente ilegal e autoritária como foram tratados
seus missionários e funcionários pela Polícia Federal no município de
Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul, no contexto da reintegração de posse da
fazenda Buriti, ocupada por indígenas desde a última quarta-feira, 15.
Há um histórico de ilegalidades nos despejos das
comunidades Terena. Particularmente na Terra Indígena Buriti, em 19 de novembro
de 2009, mesmo havendo decisão judicial favorável a posse da comunidade, os
indígenas foram violentamente despejados por cerca de 30 fazendeiros e 60
policiais militares. Por temerem que a história se repetisse, os indígenas
solicitaram a presença de uma delegação de observadores externos, no sentido de
coibir possíveis violações por parte dos aparelhos de repressão do estado.
Dessa forma, o Cimi, em conjunto com a Comissão
Pastoral da Terra (CPT), Comissão Permanente de Assuntos Indígenas da Ordem dos
Advogados do Brasil (COPAI/OAB-MS), o Centro de Defesa de Direitos Humanos –
Marçal de Souza Tupã’i (CDDH), a ONG Azul, a Conferência dos Religiosos do
Brasil (CRB-MS), o Comitê Nacional de Defesa dos Povos Indígenas de Mato Grosso
do Sul (CONDEPI) e o Coletivo Terra Vermelha foram em comitiva, no último
sábado, 18, acompanhar o cumprimento da ordem de reintegração de posse da
fazenda Buriti - parte dos 17 mil hectares declarados em 2010 pelo Ministério da
Justiça como território tradicionalmente ocupado pelo povo Terena da Terra
Indígena Buriti.
Na ocasião, o jornalista do Cimi, Ruy Sposati,
teve seus equipamentos arbitrariamente confiscados pelo delegado da Polícia
Federal, Alcídio de Souza Araújo, que, não deu qualquer justificativa que
identificasse alguma legalidade na apreensão. Além da ausência de ordem judicial
de busca e apreensão, a atitude do delegado constitui flagrante ilegalidade de
acordo com a Lei Nº 4.898 cujo artigo 3º, item J, reza que constitui abuso de
autoridade “qualquer atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao
exercício profissional”.
Este não é um caso isolado. Durante a ocupação
indígena do plenário da Câmara dos Deputados, em abril deste ano, o jornalista
Renato Santana, editor do jornal Porantim, jornal impresso mensal do Cimi, foi
espancado pela polícia legislativa enquanto realizava cobertura da ação. Na
ocupação indígena da usina hidrelétrica Belo Monte, em maio, jornalistas que
cobriam o caso foram expulsos pela Polícia Militar e pela Força Nacional,
através de uma decisão judicial, e o jornalista de nossa entidade foi multado em
mil reais por ter realizado a cobertura dos acontecimentos. Em relação a todos
estes casos, entraremos com medidas judiciais e denúncias cabíveis com mandado
de segurança na Justiça, representações no Ministério Público Federal e na
Corregedoria da Polícia Federal.
No Brasil, cada vez mais a polícia tem cumprido o
papel de interlocutora política nos conflitos de terra e de violações de
direitos aos povos indígenas. O que tem ocorrido é a militarização dos contextos
de conflito social relativos à luta por direitos dos indígenas. A
institucionalização dessa prática é um atentado brutal ao exercício profissional
de um jornalista, à liberdade das organizações sociais e, mais ainda, às
relações democráticas e de direito estabelecidas em nossa sociedade.
Denunciamos este ato de censura injustificado,
arbitrário e ilegal. Está se tornando prática institucional dos órgãos de
repressão governamentais atacarem indígenas que lutam por seus direitos, e
também a imprensa e as organizações que buscam dar visibilidade a estas
ações.
Ao mesmo tempo, jogamos luz ao fato de que toda a
perseguição que jornalistas e organizações indigenistas sofrem tem como
perspectiva política a viabilização das demandas de ruralistas, latifundiários
do agronegócio - e do próprio governo brasileiro, que tem capitulado cada vez
mais com os interesses destes e do capital, e se justifica a partir de uma
leitura e prática absolutamente racistas. Nessa perspectiva, os indígenas são
considerados e tratados por estes setores da sociedade como seres inferiores,
incapazes de tomarem decisões próprias - e que, por isso, seriam controlados por
não-indígenas.
Reafirmamos nossa solidariedade aos povos
indígenas do Brasil e às suas lutas autônomas e destemidas na reconquista de
seus territórios tradicionais, efetiva garantia de paz, justiça e vida destes
povos.
Brasília, DF, 20 de maio de 2013
Conselho Indigenista Missionário – Cimi
De 20 a 22 de maio é realizado no Centro Cultural
de Brasília (CCB), o 4ª Seminário de preparação para a 5ª Semana Social
Brasileira que acontecerá em todo o país, no período de 2 a 5 de setembro de
2013 e, traz como tema “Estado para quê e Estado para quem?”. O seminário é uma
promoção da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e
da Paz da CNBB e reúne representantes dos Regionais, movimentos sociais,
entidades ecumênicas e grupos tradicionais como os indígenas e quilombolas.
O 4º Seminário está organizado em diferentes
eixos de trabalho, além de momentos de espiritualidade, estudos e partilha.
Contará com dois painéis, um tratando do “Estado Brasileiro: avanços, limites e
desafios”, com a assessoria do sociólogo, Pedro Ribeiro de Oliveira e, outro
sobre “A construção do Estado do bem viver”, com o teólogo, Paulo Suess. O
evento conta ainda com a participação dos assessores da Comissão para o Serviço
da Caridade da CNBB, Pe. Ari Antônio dos Reis e Pe. Nelito Nonato Dornelas.
Dom Guilherme Antônio Werlang, presidente da
Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da
CNBB, explica que o seminário tem sua importância por reunir a participação “de
outras igrejas, dos movimentos sociais, dos sindicatos e das forças vivas da
sociedade que querem de fato discutir o Estado Brasileiro”. Setores da
Juventude, como PJ, JUFRA, JOC, PJE e PJMP, participam do encontro onde terão um
espaço para relatar as atividades do movimento dentro do contexto social. Vale
destacar que em setembro, a 5ª Semana Social Brasileira pretende reunir mais de
250 pessoas que estão engajadas neste trabalho, que virão de diferentes partes
do país, como católicos, evangélicos, membros de organismos sociais não
vinculados a nenhuma igreja, do sindicalismo brasileiro, entre outros
interessados.
“Estado que queremos”Sobre o tema da 5ª Semana
Social que é uma iniciativa CNBB com toda a sociedade Brasileira, dom Guilherme
recorda que essa é uma preocupação, bem anterior da Igreja, em fomentar a
reflexão de um Estado para todos, principalmente para os menos favorecidos
socialmente. “O Estado está a serviço muito de interesses particulares e ainda
não é um Estado para todos os brasileiros”. De acordo com o bispo, a temática
vem sendo discutida a mais de um ano e meio, tratando especificamente da
realidade do Estado Brasileiro. Em 2010, a Comissão Episcopal propôs aos bispos
na Assembleia Geral, o tema “Estado para quê e Estado para quem”, e houve um
acolhimento.
Os grupos envolvidos pretendem lançar a discussão
para a sociedade “do Estado que temos para o Estado que queremos”, a partir das
construções coletivas dos movimentos sociais e outras articulações, bem como
gestos concretos que poderão ser assumidos nacionalmente. “Não podemos estar
presos ao dinheiro. Hoje a humanidade está sendo vitime do sistema econômico
mundial e, aqui no Brasil, o Estado muito vezes serve a interesses de organismos
e organizações particulares, como as multinacionais, em detrimento a atenção às
necessidades do povo brasileiro”, destacou dom Guilherme.
Neste domingo, dia 19 de maio, Solenidade de
Pentecostes, a Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) completou 170
anos de fundação. Para celebrar essa data, no Brasil, a Obra realizará no dia 26
de maio, último domingo do mês, uma Jornada Nacional em todas as dioceses. A
Jornada abre o Ano da IAM no Brasil que se estenderá até maio de 2014, quando
será realizado o 1º Congresso Continental da Obra, em Aparecida (SP).
Confira a seguir a mensagem enviada pelo
presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação
Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Braschi, por ocasião do aniversário da
IAM:
A bela intuição do bispo Francês, dom Carlos
Forbín-Janson, encontra hoje realização em centenas de milhares de grupos de
Infância e Adolescência Missionária (IAM) em toda a Igreja, e no nosso
Brasil.
Venho, como Presidente da Comissão Missionária da
CNBB, apresentar meus efusivos parabéns e bênção ao Secretariado desta
Pontifícia Obra Missionária, como também a todas as crianças e adolescentes,
coordenadores mirins e assessores dos grupos.
Que Jesus Missionário e Maria, Rainha das
Missões, derramem sobre toda a nossa IAM as mais abundantes graças.
Possa a celebração do Ano Jubilar, motivar e
animar a Infância e Adolescência Missionária para que leve a Igreja no Brasil a
se tornar mais aberta à missão além-fronteiras, mais discípula missionária.
Viva dom Carlos Forbín-Janson!Viva São Francisco
Xavier!Viva Santa Teresinha do Menino Jesus!Viva a Infância e Adolescência
Missionária!
Com as bênçãos de,
Dom Sérgio BraschiBispo de Ponta Grossa
(PR)Presidente da Comissão Episcopal Pastoralpara a Ação Missionária e
Cooperação Intereclesial da CNBB
A equipe executiva do Conselho Missionário
Nacional (Comina), organismo instituído pela CNBB, para articular as forças
missionárias da Igreja no Brasil, se reuniu nos dias 16 e 17 de maio, em
Brasília (DF), para refletir sobre temas relacionados à Missão, em especial, a
renovação da Paróquia.
Na ocasião, a Equipe se debruçou sobre o tema:
“Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia”, discutido na 51ª Assembleia
geral da CNBB realizada em Aparecida (SP) no mês de abril, agora documento de
estudo (Edições CNBB, 104). Irmã Maria Eugenia Lloris Aguado, membro da equipe
de assessores do tema central da Assembleia da CNBB, apresentou o documento
debatido pelos bispos e explicou que a finalidade é “suscitar reflexões, debates
e revisões da prática pastoral” no intuito de iniciar um processo de construção
da nova paróquia. “Mais do que elaborar um texto é preciso fazer uma verdadeira
conversão pastoral o que implica sermos discípulos missionários, não para manter
estruturas, mas para viver o Evangelho”, defendeu a assessora. “Trata-se de
acreditar na proposta para que ela nos convença”, reforçou.
Para a Equipe Executiva do Comina, é importante
trabalhar a dimensão missionária como um elemento constitutivo da comunidade.
Padre Paulo Suess, assessor do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), defende
que o texto não precisaria repetir as análises, mas mergulhar na realidade e
ouvir as bases. Para o teólogo, o desafio é deixar as comunidades falarem sobre
as estruturas “caducas” e sonhar com a nova paróquia. “A novidade da paróquia
será a sua missionariedade como paróquia samaritana e advogada da justiça dos
pobres. Essa missionariedade perpassa todos os planos pastorais, o livro caixa e
a formação dos agentes”, destaca.
A formulação de um Diretório para a animação
missionária da Igreja no Brasil foi outro tema discutido na reunião. O Comina
decidiu elaborar um documento de trabalho a ser encaminhado aos regionais. O
objetivo é reunir contribuições quanto à teologia da missão, o papel dos
animadores, sua organização e articulação.
Na avaliação de dom Sergio Braschi, presidente da
Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e do Comina,
“as reuniões do da Equipe Executiva são instrumentos de comunhão e reflexão.
Iniciamos a nossa contribuição ao tema solicitado pela CNBB e partilhamos sobre
vários acontecimentos missionários e compromissos futuros. Cada reunião do
Comina nos enriquece mais para crescermos na comunhão entre os organismos que
trabalham com a missão no Brasil”.
Teve nesta segunda-feira, 20 de maio, o encontro
promovido pelo CELAM para os bispos e assessores da comunicação das conferências
Latino Americanas e se estende até dia 22, em Bogotá, na Colômbia. Participam os
assessores da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, padre
Clóvis Andrade de Melo e Ir. Elide Fogolari.
O evento tem por objetivo articular e animar a
comunicação nos países latino americanos mediante reflexão, partilha das
experiências da comunicação baseada sobre a comunhão entre as várias regiões do
continente, além de projetar ações concretas para os próximos dois anos. Estão
presentes bispos e assessores do Paraguai, Colômbia, Peru, Uruguai, Honduras,
Nicarágua, Panamá, Guatemala, México, Argentina, Venezuela, Republica
Dominicana, Chile e Brasil. Durante a apresentação dos trabalhos, percebeu-se um
grande esforço, dedicação e compreensão para que a comunicação permeie toda a
ação pastoral da Igreja.
O bispo referencial para a comunicação da
Conferencia Episcopal da Argentina, dom Eduardo Garcia, falando sobre a vida do
Papa Francisco disse que não se inventam atitudes na vida, elas precisam ser
habituais e vivenciais. Exemplificou dizendo que o gesto do Papa logo após sua
eleição e primeiro discurso na Praça São Pedro – ao pedir ao povo que o
abençoasse - era habitual quando era Cardeal na Argentina, após os encontros que
realizava com povo. Quanto à pobreza era um homem despojado, não guardava para
si o que ganhava, doava tudo. Era um homem austero, simples e muito atencioso,
sobretudo, para com os mais necessitados e pobres.
Na manhã
deste sábado, 18 de maio, o Papa Francisco recebeu em audiência, no Vaticano, a
Chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Durante os colóquios, recordou-se a longa
história das relações entre a Santa Sé e a Alemanha, detendo-se sobre temas de
interesse comum, como a situação sociopolítica, econômica e religiosa na Europa
e no mundo.
O
encontro também tratou da proteção dos Direitos Humanos, das perseguições contra
os cristãos, da liberdade religiosa e da colaboração internacional para a
promoção da paz. Por fim, não faltou um intercâmbio de opiniões sobre a Europa
enquanto comunidade de valores e sobre sua responsabilidade no mundo, fazendo
votos de que todos os componentes civis e religiosos trabalhem a favor de um
desenvolvimento fundado na dignidade da pessoa e inspirado nos princípios da
subsidiariedade e da solidariedade.
Após a
audiência com o Papa, Merkel foi recebida pelo Secretário das Relações com os
Estados, Dom Dominique Mamberti.
De 13 a 16 de maio, a Diocese de Marabá (PA)
realizou um encontro de formação no Centro Diocesano de Pastoral com a presença
de padres, secretárias e secretários das 28 paróquias que compõem a Igreja
Particular. O encontro teve como objetivo geral compreender a realidade atual
que exige a unidade na diocese no sistema pastoral.
De acordo com o bispo de Marabá, dom Vital
Corbellini, “as paróquias, bem como a Mitra, devem cumprir as normas
regulamentadoras dos atos e fatos administrativos, financeiros e contábeis. E o
bispo diocesano, como diz o Cânon 473, deve cuidar que todas as questões
pertencentes à administração sejam coordenadas e organizadas para promover mais
adequadamente o bem da porção do Povo de Deus que lhe foi confiada”.
O desejo do bispo é que o novo sistema pastoral
possa levar a um melhor funcionamento administrativo da estrutura eclesial, com
prestação de contas mais clara. “Não só para seguir a legislação vigente no
pais, mas para valorizar o fruto do trabalho, o sacrifício dos fiéis e da
evangelização pastoral através da administração e da contabilidade”, explicou
dom Vital.
Assessoria
de Imprensa da CNBB
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