Senado aprova cirurgia única para reconstrução de mama
As equipes médicas
do Sistema Único de Saúde (SUS) quando forem realizar a cirurgia para a retirada
da mama em casos de câncer, deverão também fazer a operação plástica para a sua
reconstrução, se as condições técnicas assim permitirem. É o que determina o PLC
3/2012, aprovado pelo Senado e que agora só depende da sanção da presidente
Dilma Rousseff. De acordo com o texto aprovado, se a colocação da prótese não
for possível no mesmo momento da mastectomia (retirada da mama), a cirurgia
reparadora deverá ser feita assim que a paciente alcançar as condições clínicas
necessárias. O projeto original é da deputada Rebecca Garcia
(PP-AM) e no Senado foi relatado pela senadora Ana Amélia Lemos
(PP-RS)
O deputado
Darcísio Perondi (PMDB-RS) comemorou a aprovação do Projeto e afirma que é mais
um passo para garantir a saúde da mulher e, principalmente, sua alto-estima.
Perondi lembra de outra vitória alcançada recentemente no Parlamento, que foi a
aprovação em junho de 2012 na Câmara, e em outubro do mesmo ano no Senado, do
PLS 32/1997, que estabeleceu prazo máximo de 60 dias para início do tratamento
contra o câncer no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Perondi,
que é presidente da Frente Parlamentar da Saúde e foi o relator desse Projeto na
Câmara, antes da Lei uma paciente com câncer levava até seis meses para começar
a ser tratada. "Nesse período, o que era um nódulo já havia avançado para uma
fase mais grave e a chance de cura despencava para menos de 10%. Se a
mulher tiver o diagnóstico precoce, as chances de cura chegam a 95%”, afirma.
Darcísio Perondi
prometeu se empenhar para que as duas Leis saiam efetivamente do papel e sejam
realmente cumpridas. Segundo o parlamentar, com os recursos federais existentes
hoje será muito difícil ampliar os serviços de oncologia. “Este será mais um
desafio para o Governo Federal. E nós, lideranças parlamentares, teremos que
lutar para que o Congresso Nacional aprove um Projeto obrigando a União a
investir o equivalente a 10% de suas receitas correntes brutas na saúde”.
Perondi lembra que uma Comissão Especial para debater o financiamento da Saúde
já foi criada e deve ser instalada nas próximas semanas.
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