Marchezan requer presença
de autoridades na comissão e critica posicionamento de
delegado
Mediante à conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre o incêndio na boate Kiss, o deputado federal Nelson Marchezan Júnior protocolou hoje requerimento na Comissão Externa de Santa Maria, no qual é sub-relator, solicitando o comparecimento na comissão de autoridades e técnicos envolvidos com o fato.
Mediante à conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre o incêndio na boate Kiss, o deputado federal Nelson Marchezan Júnior protocolou hoje requerimento na Comissão Externa de Santa Maria, no qual é sub-relator, solicitando o comparecimento na comissão de autoridades e técnicos envolvidos com o fato.
Os requerimentos solicitam a
presença do comandante dos Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido
Pedroso, o secretário de Segurança, Airton Michels, o promotor que assinou o
termo de Ajuste de Conduta firmado com a boate, Ricardo Lozzi, o prefeito de
Santa Maria, Cezar Schirmer, além do engenheiro Samir Frazzon e o responsável
técnico Miguel Angelo Pedroso, que assinaram o projeto de isolamento acústico
da casa.
Reconhecendo o trabalho hercúleo
e operacional dos servidores da Polícia Civil, Marchezan registrou que tanto as
conclusões como a apresentação das mesmas não teve o mesmo rigor técnico que os
procedimentos operacionais. "Foi muito mais pirotécnico do que técnico", avalia
o deputado. Para Marchezan, o delegado não saiu do lugar comum de relatar o
fato de que houve o incêndio e, para isso, abusou de instrumentos apelativos e
desnecessários, como apresentação de fotos e filmes do ocorrido que, afora o
sentimentalismo, não contribuíram tecnicamente em nada na justificativa das
conclusões.
Além disso, observa Marchezan, o
delegado pessoalizou relações institucionais com mensagens e respostas
postadas em redes sociais. "Abusou do sentimentalismo e usou de instrumentos
midiáticos para promoção pessoal. Nada contra a eventuais intenções
político-eleitorais do delegado mas, sim,de ter usado dessa triste
circunstância para tal", comentou.
O deputado acrescenta ainda que o
mesmo critério usado pela Polícia Civil na conclusão do inquérito para apontar o
prefeito Cezar Schirmer por homicídio culposo não foi usado em relação ao
Ministério Público (em função do Termo de Ajuste de Conduta firmado com a boate)
ou mesmo ao engenheiro que assinou o projeto de isolamento da boate.
Marchezan lembra que a comissão
Externa Santa Maria foi criada em 29 de janeiro, dois dias após à tragédia, e,
até a última sexta-feira, não havia recebido nenhum documento referente às
investigações do caso nem da Polícia Civil, dos Bombeiros ou do Ministério
Público.
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