As micro e pequenas empresas brasileiras foram as grandes responsáveis pelo
saldo positivo na geração de empregos no mês de novembro de 2012, segundo estudo
do Sebrae
elaborado com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ao contrário das médias e
grandes empresas que cortaram 44.855 vagas, os pequenos negócios geraram 90.950
novos postos de trabalho. No acumulado dos últimos 12 meses, os pequenos
negócios permitiram um saldo líquido de 1,36 mil contratações no país, o que
representa uma expansão de 3,57% do contingente de trabalhadores devidamente
registrados.
O
crescimento do poder de consumo da classe média é um dos fatores que tem gerado
uma maior demanda junto às micro e pequenas empresas. É uma realidade, por
exemplo, a maior presença de homens e mulheres em salões de beleza que se
instalam em seus bairros, nos shoppings e outros centros comerciais. O
presidente do Sebrae, Luiz Barretto, ressalta no entanto que “é importante
considerar ainda a mudança do perfil do empreendedor brasileiro: antes ele abria
um negócio próprio por necessidade, por não encontrar um emprego. Hoje, a cada
três pessoas que iniciam um empreendimento, duas o fazem por uma oportunidade de
negócio. Isso muda completamente a característica do empreendedorismo no país e
reflete diretamente na qualidade da gestão empresarial, permitindo a entrada
desses empreendedores nos mais diversos setores econômicos”.
Dentre
os pequenos negócios, o setor que mais criou empregos foi o de comércio,
crescimento que pode ser atribuído à proximidade das festas de final de ano, que
sempre aquecem a economia. Em segundo lugar ficou o setor de serviços, vagas
oriundas da elevação do emprego em todos os seus ramos. Na indústria de
transformação os ramos que registraram saldo positivo foram o da indústria de
material de transportes e o da indústria mecânica.
No
recorte geográfico, houve aumento do emprego em três das cinco grandes regiões
brasileiras, destacando-se as regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Na análise da
geração de empregos por unidades da Federação, destaque para as contratações
registradas nos estados de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina,
São Paulo e Paraná.
Com
os resultados de novembro, os micro e pequenos empreendimentos caminham para
fechar o ano com um impacto na geração de empregos bem superior às médias e
grandes empresas. Foram 11 meses de resultados positivos, alcançando uma média
mensal que ultrapassa a casa de cem mil novos postos de trabalho. Desde o início
de 2012, as empresas com até 99 funcionários criaram mais de 1,13 milhões de
empregos, enquanto que as médias e grandes empresas foram responsáveis pela
geração de pouco mais de 286 mil postos de trabalho.
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