Produtor de uva tem vantagens com o novo
modelo de preço mínimo
O produtor de uva que
valorizar qualidade terá mais vantagens na safra atual e na de 2014, de acordo
com a nova modalidade de cálculo definida pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab). O novo cálculo oferece melhor remuneração em troca de
melhor qualidade, objetivo maior da mudança.
O preço mínimo foi
aprovado recentemente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e aguarda portaria
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para entrar em
vigor. É o mesmo da safra anterior, de R$ 0,57 o quilo do
produto.
A ideia é incentivar
o manejo dos parreirais, de modo que seja produzido menos com mais
qualidade. Até 2012, para cada grau babo (que determina o teor de açúcar na
fruta) acima dos 15 graus, havia um acréscimo de 5% em relação ao valor do preço
mínimo. A partir desta safra, o produtor receberá um ágio de 7,5% para cada grau
acima dos 14 graus das uvas brancas, 15 graus para variedades americanas e a
partir de 16 graus para as viníferas. Da mesma forma, serão aplicados deságios
em igual proporção. Já para o próximo ano, o ágio passa para
10%.
A área técnica da Conab fez uma comparação econômica,
aplicando a nova tabela à safra do ano passado, tendo em vista o grau
glucométrico (de açúcar) médio da uva colhida em 2012. De forma geral, naquelas
condições de safra que são semelhantes às deste ano, houve ganho econômico em
favor dos produtores que colheram uvas de maior qualidade.
Tomando-se por base as quantidades de uvas e as respectivas
graduações médias, em 2012 os produtores receberiam, com base nos preços mínimos
com ágio/deságio de 5%, o valor de R$ 422,2 milhões, e se fosse com o percentual
de 7,5%, o valor subiria para R$ 431,8 milhões, portanto, com uma diferença de
R$ 9,6 milhões a favor dos produtores.
“Um ganho significativo, em especial a
demonstração de que os produtores só terão a ganhar com as novas medidas. Ainda,
para alcançar esse patamar de qualidade (grau glucométrico maior que 14, 15 ou
16), os produtores terão que fazer a poda verde, o que será extremamente
positivo para reduzir possíveis excessos de produção”, enfatiza o diretor de
Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.
(Raimundo Estevam/Conab)
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