O Bolsa Família resulta em índices positivos de segurança alimentar e
nutricional dos beneficiários. A renda adicional permite o consumo maior de
alimentos, tanto em quantidade, quanto em qualidade. A conclusão faz parte de
monografia que avaliou os efeitos da utilização dos recursos financeiros na
segurança alimentar e nutricional. A autora do trabalho “Avaliação de Programas
Sociais: uma análise do impacto do Bolsa Família sobre o consumo de alimentos e
status nutricional das famílias”, Juliana Baptistella, mestre em Economia
Aplicada pela Universidade Federal de São Carlos, venceu a 5ª edição do Prêmio
da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento (SOF/MP) sobre
qualidade do gasto público.
A pesquisadora usou como base de dados a Pesquisa de Orçamentos
Familiares de 2008 a 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Para a amostra, foram analisadas 49.514 famílias, sendo que 8.544 são
beneficiárias do programa, o que equivale a 17,3% do universo pesquisado.
Conforme Juliana, o valor médio das despesas anuais com
alimentação para as famílias beneficiárias do Bolsa Família é R$ 146,74 maior do
que a média dos gastos das que não são beneficiárias. Segundo a pesquisa, a
maior parcela do gasto entre quem recebe o programa de transferência de renda é
destinada ao consumo de carne (19,6%), seguida por grãos (13,2%), panificados
(10,5%), aves (10,0%), leite (8,8%), massas (6,9%) e bebidas não alcoólicas
(5,6%).
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