A gestão financeira deve ser uma
preocupação de todos. Cada qual com suas despesas, devem se atentar à criação de
um fundo de reserva para, à chegada de gastos inesperados, não caírem no
percentual de endividamento. Os financiamento são uns dos principais fatores que
levam ao endividamento. Por isso, é importante manter ao índice máximo de
comprometimento da renda mensal de 30% para as despesas fixas de
financiamento.
Na teoria, a relação parece bem
simples. No entanto, essa é a grande dificuldade administrativa que gera o
endividamento de famílias e a quebra de empresas, principalmente de pequeno
porte. “Temos mania de contar com os cartões de crédito, limites da conta e
crediários para ‘tampar os furos’ das despesas que deixamos de contabilizar no
orçamento. Os gastos de final do ano entram nesse contexto com podem se
transformar em uma bola de neve. Por isso, sempre digo que é preciso ter cautela
e ficar atento a juros e cobranças indevidas”, reforça o especialista em direito
bancário e presidente do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Bancário
(IBDConB), Dr. Luciano Duarte Peres.
Segundo o advogado, as instituições
bancárias estão cobrando juros altíssimos que, muita vezes, vêm acrescidos de
cobranças indevidas. É aí, que está o grande problema. “Como o valor da dívida
vai se elevando com a cobrança de juros sobre juros, o consumidor acaba não se
apegando aos débitos e não percebe a existência de cobranças indevidas”, conta
Peres.
Nesses casos, verificada qualquer
irregularidade, o consumidor deve notificar imediatamente o Banco Central pela
área de ouvidoria no site oficial (www.bc.gov.br). “É importante ficar atento
aos valores cobrados, pois a ocorrência de práticas abusivas é comum. O
consumidor deve, não só reclamar, como exigir a devolução do valor em dobro, com
juros e correções, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor (CDC)”,
reforça o advogado. Ao BC cabe a obrigatoriedade de averiguar as inconformidades
e, no caso de confirmação da cobrança indevida, aplicar advertência ou
multa.
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