A fé em Jesus Cristo é fundamental para a compreensão da eucaristia e para
que se possa desfrutar deste sacramento, fundamental para a nossa vida
espiritual, uma vez que ele é fonte de vida eterna. A vontade do Pai, ao enviar
Jesus, é que todas as pessoas acreditem que Jesus é o seu enviado, o seu Filho
amado, para que possam ser salvos por ele, e assim não se perca nenhum dentre os
seus filhos e filhas. E, para que ninguém se perca, o Pai concede a quem vê e
crê no seu Filho a vida eterna. É preciso que as pessoas vejam Jesus, creiam
nele, participem da eucaristia, o sacramento do penhor da vida eterna, para que
Jesus as ressuscite no último dia.
COMEMORAÇÕES
Nascimento
- Dom Jacyr Francisco Braido, CS, Bispo de Santos - SP
- Dom Edson de Castro Homem, Bispo Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ
Ordenação
Presbiteral
- Dom Antônio Celso de Queirós, Bispo Emérito de Catanduva - SP
Ordenação
Episcopal
- Dom Armando Bucciol, Bispo de Livramento de Nossa Senhora - BA
- Dom Oneres Marchiori, Bispo Emérito de Lages - SC
NOTÍCIAS
- Culto ecumênico reúne líderes cristãos na 51ª Assembleia Geral da CNBB
- Dom Francesco Biasin: “O ecumenismo tem como centro a pessoa, a mensagem, o testemunho e, sobretudo, o testemunho da paixão, morte e ressurreição do Senhor”
- Bispos lembram a luta e causa dos afrodescendentes
- Acompanhe a Coletiva de Imprensa ao vivo, às 15h
- Confira a galeria de fotos da Assembleia Geral
- Bispos dão panorama geral da JMJ e refletem situação dos povos quilombolas
- “A questão da moradia é universal e inviolável”, diz dom Pedro Cunha sobre os povos quilombolas
- Coletiva de Imprensa está disponível em arquivo de vídeo
- Bispos querem abrir discussão na Igreja sobre energia elétrica por Usinas Nucleares
- Congresso sobre Pentecostalismo no Mundo
- Nota de solidariedade aos moradores em situação de rua
A Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e
o Diálogo Inter-religioso da CNBB realizou nesta terça-feira, 16 de abril,
durante a 51ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP) a apresentação de seu
relatório de atividades. No final dos trabalhos de hoje, um culto ecumênico foi
realizado no plenário, reunindo outros líderes de igrejas cristãs.
Para dom Francesco Biasin, presidente da Comissão
para o Ecumenismo, explicou que a realizou do culto ecumênico “é um sinal do
desejo das igrejas de manter o diálogo, o intercâmbio, a oferta de dons, de
riquezas de uma comunidade para outra”.
O culto foi presidido por dom Maurício Andrade,
bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. Também estavam presentes:
a pastora Romi Benck, secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas
Cristãs; o casal Eleni Rangel e o Hermes Rangel, presbíteros da Igreja
Presbiteriana Independente do Brasil; Rev. Arthur Cavalcante e o Rev. José de
Jesus, da Comunhão Anglicana do Brasil; os pastores Nestor Paulo Friedlich e
Guilherme Lieven, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Pr.
Werston Brasil, da Igreja Presbiteriana Unida; e os pastores Rui Rodrigues e
Álvaro Pauluci, da Comunidade Carisma.
O bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ) e
Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso, dom
Francesco Biasin participou da coletiva de imprensa da 51ª Assembleia Geral dos
Bispos, da terça-feira, 16 de abril.
Dom Francesco explicou aos jornalistas que o
ecumenismo é o movimento de diálogo e intercâmbio entre as igrejas cristãs. Ele
lembrou que o ecumenismo nasceu no mundo protestante, em 1910, com o propósito
de proclamar Jesus Cristo e promover a união no testemunho de Jesus como o
Senhor.
“O ecumenismo tem como centro a pessoa, a
mensagem, o testemunho e, sobretudo, o testemunho da paixão, morte e
ressurreição do Senhor”, disse dom Francesco.
O bispo ressaltou que o diálogo inter-religioso é
o diálogo entre religiões diferentes. E explicou que a origem do diálogo
inter-religioso é bíblica. “São apresentados fatos no Antigo Testamento que
Israel se encontra com expoentes de outra religião. Desde Abraão que se
encontrou com o sacerdote Melquisedeque, era o sacerdote do Deus vivo, mas não
pertencia a raça de Israel e ele acolheu Abraão, o abençoou e, Abraão ofereceu a
sua oferenda e lá houve um encontro entre expressões religiosas diferentes”,
lembrou.
Questionado sobre como promover o ecumenismo, dom
Francesco respondeu que “o caminho será bonito na medida em que cada Igreja e
cada tradição religiosa cristã apresentar o melhor de si para que haja uma
unidade pluriforme e reconciliada. Onde várias expressões da vida de fé
colocadas em comum e, doadas a todas às Igrejas, possam expressar a riqueza e a
variedade dos dons que Deus fez surgir através das divisões do passado”.
No final do 7º dia da Assembleia foi realizado o
tradicional Culto Ecumênico da CNBB que contou com as presenças da Igreja
Evangélica de Confissão Luterana, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Episcopal
Luterana do Brasil e da Comunidade Pentecostal Carisma. O culto foi presidido
pelo Primaz do Brasil da Igreja Anglicana, dom Maurício Andrade que fez uma
reflexão a partir das leituras bíblicas. “Isso é o sinal de que as Igrejas que
possuem sensibilidade ecumênica querem manter o espírito ecumênico, o diálogo, o
intercâmbio, a oferta de dons, além da troca de riquezas”, apontou dom
Fracesco.
O compromisso com a promoção e a dignidade dos
afrodescendentes foram colocados sob o Altar na Santa Missa desta quarta-feira,
17 de abril, durante a 51ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional.
A Celebração Eucarística foi presidida pelo bispo
de São Mateus (ES), dom Zanoni Demettino de Castro.
No início da missa, o bispo da Diocese de
Guarapuava (PR), dom Antônio Wagner da Silva leu uma mensagem fazendo memória
aos 125 anos da Leia Áurea, do fim de uma luta e inicio de outra em busca dos
direitos da negritude.
De acordo com dom Antônio Wagner, atualmente
existe mais de 30 bispos afrodescendentes entre o episcopado brasileiro.
Em sua homilia, dom Zanoni Demettino destacou as
batalhas do povo negro na história, o sofrimento durante o período da escravidão
e as suas lutas atuais.
“No primeiro momento do dia, nos reunidos no
Santuário da mãe negra, Nossa Senhora Aparecida, oferecendo no altar do Pai as
alegrias e dores do povo negro. Somos descendentes daquele povo que foi
arrancado de suas terras, um povo que constitui as nossas raízes e ao Senhor
confiamos o seu cuidado”, afirmou.
Dom Zanoni ainda ressaltou que embora vivamos em
um tempo novo ainda precisamos lutar pela causa dos afrodescendentes e pela
Pastoral Afro-Brasileira.
O bispo de São Mateus destacou as palavras de
Jesus no Evangelho de hoje em que diz ‘Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não
terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Eu, porém, vos disse que
vós me vistes, mas não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão a mim, e
quando vierem, não os afastarei’.
“Jesus é o pão da vida, aquele que desceu do céu
para fazer a vontade do Pai. Que não se percam nenhum daqueles que lhe foram
confiados”.
Dom Zanoni afirmou também que em sua diocese, São
Mateus no Espírito Santo, existem 32 comunidades quilombolas.
O bispo lembrou entre tantas lutas, a Batalha do
Cricaré, um dos mais sangrentos massacres promovido pelos portugueses contra
índios Tapuias. Aconteceu no Rio São Mateus, também conhecido como Cricaré,
atualmente município de São Mateus, onde é bispo diocesano.
“Esse infeliz episódio é narrado pelo beato José
de Anchieta, que fundou a cidade de São Mateus”, destacou.
“Agradeço a Deus, colocando no seu Altar a vida
tantos irmãos e irmãs afrodescendentes que testemunharam em sua vida a fé que
receberam. As consequências dos 300 anos de escravidão ainda não foram
reparados. Ainda nos nosso dias convivemos com a discriminação no trabalho, na
escola, nas relações cotidianas”, acrescentou.
“Peçamos a Deus, com a intercessão da soberana
Mãe de Deus, a Senhora Aparecida, pelo compromisso com o povo negro”,
concluiu.
A CNBB em parceria com o Portal A12, desde o
primeiro dia da 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP),
está transmitindo ao vivo a Coletiva de Imprensa que acontece todos os dias às
15h.
Na coletiva desta quarta-feira, 17 de abril,
estarão presentes o arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) e
presidente do Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013,
dom Orani João Tempesta; o bispo auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro
(RJ), dom Pedro Cunha Cruz; e o bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e presidente
da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, dom Eduardo Pinheiro.
Para acompanhar a coletiva ao vivo acesse o link.
A equipe da Assessoria de Imprensa da CNBB criou
uma fanpage no facebook da 51ª Assembleia Geral dos Bispos, com galeria de
fotos, vídeos das coletivas de imprensa, boletim de áudio e outros conteúdos.
Para acessar a página, clique no endereço abaixo ou pelo link no site da
CNBB.
Diariamente são postadas muitas fotos da
Assembleia. Confira:
A Jornada Mundial da Juventude e os povos
quilombolas foram pauta para os jornalistas que participaram da coletiva de
imprensa desta quarta-feira, 17 de abril, durante a 51ª Assembleia Geral da
CNBB.
Atenderam a imprensa Dom Orani Tempesta,
arcebispo do Rio de Janeiro (RJ); dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Capo
Grande (MS) e dom Pedro Cunha Cruz, bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ).
O Porta voz da Assembleia, Dom Dimas Lara Barbosa
destacou que entre as atividades de hoje na Assembleia foram discutidos assuntos
relacionados aos povos indígenas, Sínodo dos Bispos, Jornada Mundial da
Juventude (JMJ) e a possibilidade de uma coleta especial para ajudar nos custos
da JMJ.
Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro
(RJ) apresentou aos jornalistas as últimas informações de organização da Jornada
Mundial da Juventude.
“O Rio de Janeiro já tem vocação em sediar
grandes eventos e a JMJ é um serviço prestado a sociedade e a juventude do
mundo”, afirmou.
O Arcebispo ressaltou também que está será a
primeira visita internacional do Papa Francisco para falar com os jovens, 26
anos após a primeira JMJ da América Latina, que aconteceu na Argentina.
“O Rio de Janeiro tem características próprias e
estamos trabalhando em conjuntos com o Estado no que se diz respeito a
transporte e segurança. Ressalto também que as inscrições ainda estão abertas e
continuamos a animar as pessoas para acolher a juventude em suas casas”.
Dom Orani citou ainda que a JMJ terá eventos
culturais como exposições, apresentações, cinema entre outros.
“A JMJ é feita para os jovens e pelos jovens e
desta forma a Igreja está olhando e investindo em pessoas para o futuro da
humanidade, este é o grande diferencial da jornada”.
Ainda sobre a JMJ, dom Eduardo Pinheiro, bispo
auxiliar de Capo Grande (MS) e referencial a juventude, falou sobre a dedicação
da Igreja a juventude.
“A Igreja no Brasil tem um carinho muito grande
com a juventude e neste ano, em especial, foi ainda mais valorizada com a
Campanha da Fraternidade”, afirmou.
Para dom Eduardo a Campanha da Fraternidade visa
atingir as estruturas da Igreja e o mundo adulto, que precisa valorizar os
jovens.
O bispo citou ainda a peregrinação dos ícones da
JMJ que percorrem todo o Brasil, sendo um momento muito importante e particular
de reunir os jovens nas dioceses.
Situação dos povos quilombolas
Dom Pedro Cunha Cruz, bispo auxiliar do Rio de
Janeiro (RJ) abordou as questões referentes ao povo quilombola e o Documento
Verde.
“Nosso objetivo é tornar publico as violações dos
direitos humanos sofridas por estes grupos ao longo dos anos”, afirmou.
O bispo manifestou preocupação com Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) nº 215 foi aprovada em março do ano passado pela
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e significou um
retrocesso às garantias e direitos constitucionais dos povos indígenas.
“A Igreja se coloca solidaria no que se diz
respeito a dignidade cultural destes povos e a especulação feita pelos grandes
grupos financeiros”, finalizou.
Foi aprovado pelo plenário da 51ª Assembleia
Geral da CNBB o texto de estudos sobre os povos quilombolas. Esse material, que
será publicado na série verde de estudos da CNBB afirma a compreensão de que
evangelizar significa também apoiar as reivindicações por políticas de
enfrentamento ao racismo e à discriminação. De acordo com dom Pedro Cunha Cruz,
bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), este tema trata da própria historicidade
da Igreja no Brasil e das comunidades quilombolas.
“O objetivo do documento é tornar pública as
violações dos direitos sofridas por essas comunidades, que ainda hoje lutam pela
titulação de suas terras”, explica dom Pedro. De acordo com ele, o desejo dos
bispos é dar força à voz da comunidades quilombolas, especialmente no
reconhecimento de sua identidade cultural e étnica, na demarcação de suas terras
e preservação de sua cultura. “A luta e a resistência não é pequena diante das
constantes violações e invasões que elas sofrem em suas terras. Muitas vezes, o
Incra e outras instancias estaduais não cumprem o seu papel”, afirmou.
Sintetizando o propósito do texto de estudos, o
desejo dos bispos é “sensibilizar as autoridades e a sociedade sobre essa
questão, e de poder também lutar juntamente com eles pela titulação e
homologação da terra”. Dom Pedro lembrou também que muitas dessas comunidades
quilombolas vivem apenas de roça de subsistência.
O bispo também destacou a importância da presença
da Igreja junto a estas comunidades. “O Papa emérito Bento XVI, ao se despedir
de maneira pública de seu ministério, disse que a Igreja é um organismo vivo.
Portanto, sua palavra e ação ecoam por todos os cantos. A Igreja coloca a mão
onde ninguém quer tocar. Ela vai às periferias. Nós consideramos que a questão
da terra e da moradia são direitos universais e invioláveis. Não podemos fazer
com que essas comunidades sejam também destinatários de nossa missão
evangelizadora? Portanto, consideramos os valores desta e de qualquer cultura.
Não são grupos folclóricos. São pessoas que tem seus valores, e que devem ser
preservados. E nós evangelizamos a partir desses valores positivos”.
A sexta coletiva da 51ª Assembleia Geral dos
Bispos, realizada na tarde desta quarta-feira, 17 de abril, já está disponível
no youtube. Durante todos os dias da Assembleia Geral o Portal A12 está fazendo
a transmissão ao vivo. Assista o vídeo.
Os participantes da 51ª assembleia geral da CNBB
que está sendo realizada em Aparecida (SP) até a próxima sexta, 19 de abril,
trataram da Questão Nuclear. Numa das sessões da terça-feira, 16 de abril, os
bispos, após ouvirem e discutirem uma comunicação sobre a Questão Nuclear no
Brasil e no Mundo, decidiram, pelo voto, abrir e aprofundar dentro da Igreja a
discussão sobre o tema da defesa da vida, e estimular a ampliação desse debate
em toda a sociedade, numa perspectiva de transparência e informação dos
cidadãos.
Nos dias 9 a 11 de abril, realizou-se, em Roma, o
congresso internacional sobre “Movimentos evangélicos”, “Igrejas pentecostais”,
“Movimentos carismáticos”, contando com a participação de cerca de 80 pessoas de
vários países. Do Brasil participaram 7 pesquisadores das Igrejas e religiões,
dentre os quais o assessor da CNBB para o ecumenismo, padre Elias Wolff e a Ir.
Marian Ambrosio, Presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil.
O congresso constatou que cerca de 400 milhões de
pessoas em todo o mundo identificam-se com as tendências pentecostais na
manifestação da é cristã. Esse fato apresenta desafios para as igrejas
históricas, como a necessidade de flexibilizar suas estruturas para que sejam
mais ágeis no processo de evangelização, a capacidade de atingir diretamente as
pessoas pelo anúncio do Evangelho, o fervor e o testemunho público da fé cristã.
O congresso possibilitou uma visão ampla do pentecostalismo em todos os
continentes, tendo alguns países como exemplo: Costa Rica para a América Latina;
Filipinas para a Ásia, República do Sul da África, para a África, e Hungria para
o leste europeu.
Destaque especial coube ao Cardeal Kurt Koch,
Presidente do Pontifício Conselho pela Unidade dos Cristãos, e patrocinador do
evento. O Cardeal Koch apresentou os esforços de diálogo da Igreja católica com
comunidades pentecostais evangélicas e enfatizou a necessidade de ampliar os
esforços desse diálogo em todos os países. “A comissão de ecumenismo da CNBB
sente-se fortalecida pelos resultados do congresso que ajuda a bem compreender o
mundo pentecostal, e pelo incentivo do cardeal Koch em sua iniciativa de
realizar encontros de cristãos católicos e evangélicos de espiritualidade
pentecostal”, salientou o Assessor da Comissão de Ecumenismo,
Por conta da sequencia de assassinatos de
moradores de rua em Goiânia (GO), os bispos da Comissão Episcopal Pastoral para
o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB, divulgaram nota de solidariedade
ao povo de rua. Também assinam o documento, publicado na manhã desta
quarta-feira, 17 de abril, os bispos do Regional Centro-Oeste e da Arquidiocese
de Goiânia.
A seguir, a íntegra da nota.
Nota de solidariedade aos moradores em situação de
rua
A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da
Caridade, Justiça e Paz; o Regional Centro Oeste da CNBB e a Arquidiocese de
Goiânia, reunidos na 51ª Assembleia geral da CNBB, em Aparecida – SP, manifestam
seu repúdio ao extermínio da população em situação de rua que vem ocorrendo em
Goiânia-GO e na Grande Goiânia. De agosto de 2012 a abril deste ano, foram
brutalmente assassinados 30 moradores em situação de rua, dos quais a grande
maioria é de jovens, inclusive uma criança de 11 anos.
Diante desta condenável situação,
solicitamos:
1. Que os poderes públicos municipal, estadual e
federal tomem medidas urgentes que eliminem esta situação de violência e
restabeleçam a paz e segurança aos moradores de rua;
2. Que as mortes dos moradores em situação de rua
sejam investigadas e federalizadas imediatamente;
3. Que sejam tornados públicos os resultados das
investigações com sua ampla divulgação na mídia;
4. Que os responsáveis sejam processados,
julgados e condenados com rigor e rapidez;
5. Que o Estado de Goiás e a Prefeitura de
Goiânia se responsabilizem efetivamente pelas mortes dos moradores em situação
de rua e se comprometam em auxiliar os familiares das vítimas;
6. Que sejam criados, em caráter emergencial,
espaços físicos que ofereçam alimentação, dormitório e, sobretudo, segurança aos
moradores em situação de rua;
7. Que se criem políticas públicas de inclusão
social dos moradores em situação de rua, devolvendo-lhes a dignidade humana
roubada e ferida e os tire dessa situação degradante.
Lamentamos que casos como o de Goiânia se repitam
em outras partes do país. Conclamamos aos gestores públicos que promovam a
justiça e o fim do extermínio de tantas pessoas humanas que, como todo povo
brasileiro, merecem viver e conviver com dignidade.
Na esperança de que nosso pedido seja atendido e
de que a paz volte a reinar neste chão, invocamos a bênção de Deus sobre todos
os seus filhos e filhas.
Aparecida – SP, 17 de abril de 2013
D. Guilherme Antonio Werlang MSF - Presidente da
Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da
CNBBBispos membros da Comissão: Dom Enemésio Angelo Lazzaris FDP; Dom José Luiz
Ferreira Sales CSSR; Dom José Moreira Bastos Neto; Dom Pedro Luiz Stringhini;
Dom Roque Paloschi; Dom José Luiz Majella Delgado CSSR - Presidente do Regional
Centro-Oeste da CNBBDom Washington Cruz CP – Arcebispo Metropolitano de Goiânia
- GO
Assessoria
de Imprensa da CNBB
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