A Secretaria Estadual da Saúde (SES) informa que a campanha de vacinação contra
a gripe foi prorrogada até o dia 10 de maio. Nesta sexta-feira (26), data em que
se encerraria a imunização no RS, 236 municípios gaúchos atingiram a meta de
vacinar 80% da população dos grupos prioritários. Aos demais, a recomendação da
SES, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), é reforçar suas
ações para o alcance da meta.
O Rio Grande do Sul é o Estado com maior
adesão no país, com cobertura de 74,1%. Ao todo, já foram imunizadas contra os
três tipos mais comuns de gripe (dois tipos de Influenza A, H1N1 e H3N2, e a
Influenza B) mais de dois milhões de pessoas no RS. Os municípios que alcançaram
a cobertura de 80% seguirão aplicando as doses até o final dos estoques. Não
haverá mudança nos critérios de seleção dos grupos de risco que devem tomar a
vacina.
As pessoas com enfermidades com indicação para receber a vacina
são os portadores de doenças crônicas respiratória, renal e cardíaca, obesidade
mórbida e diabete mellitus. Estas pessoas devem levar uma prescrição médica ao
posto de vacinação para comprovar a sua indicação à imunização.
A vacina
protege contra três tipos de vírus influenza: influenza A H1N1, influenza A H3N2
e influenza B, pelo período de um ano. A escolha das cepas considera os vírus
com maior circulação nos últimos meses.
Doses aplicadas por
grupos*:
Crianças maiores de 6 meses e menores de 2 anos - 144.165
(69,74%)
Trabalhadores da saúde - 196.535 (81,35%)
Gestantes - 62.635
(60,61%)
Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto) - 16.513 (97,30%)
Indígenas - 16.873 (80,60%)
Idosos - 1.087.920 (74,11%)
Pessoas
privadas de liberdade - 13.535
Pessoas com doenças crônicas - 501.548
Total de Doses Aplicadas: 2.033.122
* Quantitativos
registrados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações
(SI-PNI) às 15h30
Prevenção
A chamada etiqueta da
gripe é uma medida simples, porém importante para evitar a disseminação na
doença. Entre os cuidados que se destacam está a proteção da boca e nariz ao
tossir e espirrar, cobrindo-a preferencialmente com a dobra do cotovelo,
evitando o uso das mãos. O vírus ao ser expelido pode depositar-se em alguma
superfície onde ainda sobrevive por um período de tempo.
Caso uma pessoa
venha a ter contato com essa área e depois toque olhos ou a boca pode vir a
contaminar-se. Também ressalta-se a importância em lavar as mãos com frequência,
com água e sabão ou utilizando álcool em gel, assim como evitar locais com
aglomeração de pessoas (escola, transporte público, centros comerciais, entre
outros) se estiver com os sintomas.
Tratamento
A
gripe tem cura. A afirmação busca quebrar o paradigma de que a doença é tratada
apenas com descanso em casa. O tratamento tornou-se popular durante a pandemia
de 2009, quando passou a ser ofertado o antiviral Oseltamivir, de nome comercial
Tamiflu.
Devido ao fato de o medicamento possuir maior eficácia durante
as primeiras 48 horas de sintomas, recomenda-se que a pessoa procure atendimento
médico de imediato quando estiver com sintomas de febre, dor de garganta e dores
nas articulações, musculares ou de cabeça. Juntamente a esse chamamento à
população, é feito um reforço para que a comunidade médica esteja atenta a esses
sintomas para a prescrição do antiviral.
O medicamento é distribuído
gratuitamente nas farmácias municipais, hospitais, pronto socorros e outros
locais. O Estado possui, no momento, cerca de 190 mil tratamentos (cada um
composto de dez comprimidos), quantidade superior a distribuída em todo o ano
passado. Caso necessário, pode ser solicitado complemento do estoque ao Governo
Federal.
Campanha publicitária e cartilha educativa
Para mobilizar a população a procurar os postos, a SES lançou uma campanha
publicitária protagonizada pelo escritor Luis Fernando Verissimo. "No ano
passado, uma gripe quase me levou à morte. Foi aí que me dei conta de que a
gripe é coisa séria e pode matar", afirma o escritor nas peças de áudio e vídeo
que foram veiculadas nas emissoras de rádio de TV de todo o Estado.
A
SES desenvolveu também uma revista para ser trabalhada na rede pública de
ensino, que aborda os três eixos do combate à gripe: a vacinação, a prevenção e
o tratamento. Voltada para crianças entre 11 e 13 anos, a revista utiliza o
recurso da história em quadrinhos para contar a história da "Família Cevs", que
se vê diretamente envolvida com os efeitos da gripe.
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