A Celebração Eucarística desta segunda-feira, 15
de abril, da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) recordou os bispos falecidos desde a última Assembleia Geral, realizada
no ano passado.
Na celebração, que foi presidida pelo bispo de
Botucatu, Estado de São Paulo, dom Maurício Grotto de Camargo, foram acesas
velas em memória por cada um dos bispos falecido.
Na procissão de entrada estavam os bispos das
dioceses que perderam seus pastores desde a última assembleia.
Por ocasião de sua Assembleia Geral, a CNBB
alimenta em seus momentos orantes a vida e o ministério dos seus membros e faz a
oração de Ação de Graças pela nomeação de novos bispos, a oração de gratidão
pelo ministério dos bispos eméritos e a oração em sufrágio dos bispos
falecidos.
Em sua homilia, dom Maurício pediu aos fiéis que
a exemplo de Jesus Cristo estejam dispostos a dar a vida pelo bem comum.
“Precisamos estar dispostos a dar a vida pelo bem comum”, afirmou.
O bispo de Botucatu recordou, em especial, os
bispos já falecidos que dedicaram suas vidas a Igreja e ao povo de Deus.
Após a celebração, os bispos se dirigiram para o
Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida para retomar as atividades da
51ª Assembleia Geral.
Lista dos bispos que faleceram após a Assembleia
2012
Dom Frei Agostinho José Sartori - Bispo Emérito
de Palmas/Francisco Beltrão (PR).Dom Luiz Gonzaga Bergonzini – Bispo Emérito de
Guarulhos-SPDom Aloysio José Leal Penna – Arcebispo Emérito de Botucatu-SPDom
Joviano de Lima Júnior – Arcebispo de São José do Rio Preto – SPCardeal Eugênio
de Araújo Sales - Arcebispo Emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro – RJDom
José Foraloso – Bispo Emérito de Marabá-PADom Eduardo Koiak – Bispo Emérito de
Piracicaba-SPDom Hélio Gonçalves Heleno – Bispo Emérito de Caratinga-MGDom José
Rodrigues de Sousa - bispo emérito de Juazeiro (BA)Dom Luís D’Andrea - bispo
emérito de Caxias (MA)Dom Antônio Maria Mucciolo – Arcebispo Emérito de
Botucatu-SP.Dom Luiz Eugênio Perez – Bispo Emérito de Jaboticabal-SPDom José
Song Sui-Wan – Bispo Emérito de São Gabriel da Cachoeira-AMDom José Alves –
Bispo Emérito de Corumbá-MS
Os membros da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) refletem na manhã deste sexto dia da assembleia geral a respeito
de assuntos relacionados à Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé que destacam
dois aspectos importantes do seu trabalho: o Ano da Fé e suas ações concretas e
o Catecismo da Igreja Católica.
Instituído por Bento XVI, o Ano da Fé começou na
festa de aniversário de 50 anos do início dos trabalhos do Concílio Vaticano II,
dia 11 de outubro de 2012 e dura até a festa litúrgica do Cristo Rei, em
novembro deste ano de 2013. Segundo dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e
presidente da Comissão para a Doutrina da Fé da CNBB, em artigo sobre o assunto,
afirmou: “Neste Ano da Fé, procuremos renovar a vida batismal, crescendo na fé
em Cristo, na participação na Igreja e no testemunho cotidiano da fé. Valorizar
o Batismo implica também em ajudar outros irmãos ainda não-batizados a acolherem
a graça do Batismo, testemunhando-lhes a beleza e o vigor da fé batismal. De
modo especial, procuremos motivar os pais a batizarem seus filhos”. E sobre o
Catecismo, o arcebispo de Brasília disse: “Sabemos que o Catecismo tem um
esquema que pode servir de grande orientação para o próprio Ano da Fé. Ele se
organiza em A fé professada – que apresenta os conteúdos fundamentais da fé,
através da oração do Credo, pois há muita gente que não entende certos artigos
do Credo. Temos também A fé celebrada – precisamos crescer, a fé não pode ficar
apenas na cabeça, mas deve chegar ao coração. E a fé deve virar vida, e aí está
A fé vivida – o Catecismo tem muitas respostas sobre assuntos atuais, e isso é
geralmente desconhecido”.
Ainda pela manhã, os bispos tratam de questões de
Vida e Família ao acompanhar a apresentação dos trabalhos e declarações feitas
pela Comissão Episcopal que se ocupa desses temas. Dom João Carlos Petrini,
bispo de Camaçari (BA) e presidente desta Comissão da CNBB, afirmou em Nota, por
ocasião da recente publicação do posicionamento do Conselho Federal de Medicina
em apoio à possibilidade de aborto até 12 semanas de gestação: “Para justificar
sua posição, o CFM evoca a autonomia da mulher e do médico, ignorando
completamente a criança em gestação. Esta não é um amontoado de células sem
maior significado, mas um ser humano com uma identidade biológica bem definida;
com um código genético próprio, diferente do DNA da mãe. Amparado no ventre
materno, o nascituro não constitui um pedaço do corpo de sua genitora, mas é um
ser humano vivo com sua individualidade. A esse respeito convergem declarações
de geneticistas e biomédicos”.
Um assunto que volta ao debate em plenário é a
Questão Agrária. Será apresentada a nova redação do texto que poderá ser
aprovado ao final da Assembleia Geral. Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri
(GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade,
Justiça e Paz, afirmou que o novo documento terá alguns eixos principais,
partindo da real situação do povo brasileiro em relação à questão agrária.
“Vamos colocar um nome comum, Via Campesina, porque temos diversos segmentos
diferenciados de acordo com as regiões brasileiras de pequenos agricultores que
trabalham, vivem da terra e produzem o alimento no Brasil.”
Nos trabalhos de hoje ainda estarão presentes na
pauta os seguintes temas: votação de textos litúrgicos; novos debates sobre o
Diretório da Comunicação; apresentação das Comissões Episcopais para a Amazônia
e a Missão continental; notícia sobre o projeto de comunhão e partilha entre as
dioceses.
Serviço - COLETIVA DE IMPRENSAHora: 15 hs Local:
Sala de Coletiva / Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho – Aparecida (SP).
Transmissão ao vivo através do link http://a12.com/cnbb/
Entrevistados: Dom Sergio da Rocha, arcebispo de
Brasília (DF), dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA) e dom Guilherme
Werlang, bispo de Ipameri (GO).
Mais informações - Assessoria de Imprensa da CNBB
Email: cnbb.imprensa@gmail.com Facebook/
fanpage: assembleia geral da CNBB
Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF),
presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da FéNascimento:
17/10/1959 Local: Dobrada (SP); Ordenação Presbiteral: 14/12/1984; Nomeação
Episcopal como bispo auxiliar de Fortaleza (CE): 13/06/2001; Nomeação Episcopal
como arcebispo coadjutor de Teresina (PI): 30/03/2007 e como arcebispo
metropolitano: 03/09/2008; Nomeação como arcebispo de Brasília (DF):
15/06/2011.Atividades: membro da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé - CNBB
(2002-2007), membro da Comissão Episcopal do Mutirão de Superação da Miséria e
da Fome da CNBB (2001-2004), secretário do Regional Nordeste I (2002-2007),
bispo de referência da Pastoral da Juventude e da Pastoral Vocacional no
Regional Nordeste I (2002-2007), bispo de referência para o Ensino Religioso e
para os Presbíteros, no Regional Nordeste IV (2007-2011), presidente da Comissão
Episcopal para o Seminário do Regional Nordeste IV (2007-2011), membro da
Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB
(2007-2011), presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM
(2007-2011), e presidente do Regional Nordeste IV (2007-2011). Atualmente, é
Arcebispo Metropolitano de Brasília, presidente da Comissão Episcopal para
Doutrina da Fé, da CNBB, membro do Conselho de Pastoral (CONSEP) e do Conselho
Permanente da CNBB.
Dom João Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA),
presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e FamíliaNascimento:
18/11/1945 Local: Fermo (Itália); Ordenação Presbiteral: 1975; Nomeação
Episcopal como bispo auxiliar de Salvador (BA): 2005; Nomeação como bispo de
Camaçari (BA): 2011.Formou-se em Ciências Políticas na Universidade de
Perúgia-Itália, em março de 1970, neste mesmo ano chegou a São Paulo. Ainda
leigo, estudou Teologia na Faculdade Nossa Senhora da Assunção (São Paulo) e foi
ordenado sacerdote em 1975. Cursou o Mestrado e o Doutorado em Ciências Sociais
na PUC SP, realizando pesquisas sobre comunidades de base e sobre as relações
entre religião e sociedade moderna. Em 1989 mudou-se para Salvador, onde foi
Reitor do Seminário Propedêutico (de 1990 a 1998) e diretor do Instituto de
Teologia da UCSAL (de 2005 a 2009). Desde 1998, é diretor da Seção Brasileira do
Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família. Em
2005 foi nomeado pelo Papa João Paulo II, Bispo Auxiliar de Salvador. Em maio de
2007 participou da Conferência de Aparecida. É um dos maiores divulgadores do
movimento Comunhão e Libertação. Em 19 de fevereiro de 2011 tomou posse da
Diocese de Camaçari. No dia 11 de maio de 2011 foi eleito Presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB.
Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO),
presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e
PazNascimento: 05/08/1950 Local: São Carlos (SC); Ordenação Presbiteral:
02/12/1979; Nomeação Episcopal como bispo Ipameri (GO): 19/05/1999.Em entrevista
sobre expectativas para esta assembleia, dom Guilherme compartilhou: “A Comissão
Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, que
atualmente presido, entre outros assuntos vai apresentar nesta Assembleia o novo
documento sobre a Igreja e a questão agrária no Brasil e vai pedir o
encaminhamento para aprovação como Documento Oficial. Ainda vai apresentar como
Documento de Estudos um texto sobre os Quilombolas; um estudo sobre o novo Marco
Regulatório da Mineração que está sendo elaborado pelo governo federal e está
totalmente desconhecido e sem participação da sociedade brasileira (...) Sempre
a nossa Comissão tem muitos assuntos que são levados para a Assembleia porque
são de nossa responsabilidade todas as questões de todas as Pastorais Sociais”.
"A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas."
Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da missa presidida na manhã desta
segunda-feira na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, da qual participaram,
entre outros, os funcionários do Serviço telefônico vaticano e do Setor internet
vaticano.
O Santo Padre convidou a rezar pelos muitos
mártires que hoje são falsamente acusados, perseguidos e assassinados por ódio à
fé.
Estevão, o primeiro mártir da Igreja, é uma
vítima da calúnia. E a calúnia é pior do que um pecado: a calúnia é uma
expressão direta de Satanás.
O Papa não usou meios termos para estigmatizar um
dos mais desprezíveis comportamentos humanos. A leitura dos Atos dos Apóstolos
apresenta Estevão, um dos diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que é levado ao
Sinédrio por causa de seu testemunho do Evangelho, acompanhado de sinais
extraordinários.
E diante do Sinédrio – lê-se no texto – aparecem
"falsas testemunhas" que acusaram Estevão.
Francisco foi incisivo sobre este ponto: porque –
observou – "não bastava o combate honesto, a contenda entre homens de bem", os
inimigos de Estevão embocaram "o caminho da luta suja, a calúnia":
"Todos nós somos pecadores: todos. Temos
pecados. Mas a calúnia é outra coisa. É claro que é um pecado, mas é outra
coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa
intrinsecamente ruim: nasce do ódio. E quem faz o ódio é Satanás. A calúnia
destrói a obra de Deus nas pessoas, nas almas. A calúnia utiliza a mentira para
seguir adiante. E não duvidemos: onde há calúnia está Satanás, ele
mesmo."
Em seguida, o Papa passou da atenção para o
comportamento dos acusadores para a atenção ao comportamento do acusado.
Estevão, observou, não retribuiu a mentira com a mentira, "não quis seguir por
aquele caminho para salvar-se. Ele olhou para o Senhor e obedeceu à lei",
permanecendo na paz e na verdade de Cristo. E é o que "acontece na história da
Igreja" – reiterou –, porque do primeiro mártir até hoje são numerosos os
exemplos de quem testemunhou o Evangelho com extrema coragem:
"Mas o tempo dos mártires não acabou: também
hoje podemos dizer, na verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo
dos primeiros séculos. A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados,
que são perseguidos, que são assassinados por ódio a Jesus, por ódio à fé: um é
assassinado porque ensina catecismo, outro porque carrega a cruz... Hoje, em
muitos países, os caluniam, os perseguem... são irmãos e irmãs nossos que hoje
sofrem, neste tempo de mártires."
O nosso tempo – repetiu o Papa Francisco – "é uma
época com mais mártires do que nos primeiros séculos". E uma época de "muitas
turbulências espirituais" trouxe à mente do Pontífice a imagem de um antigo
ícone russo: o ícone de Nossa Senhora que com o seu manto cobre o povo de
Deus:
"Peçamos à Virgem Maria que nos proteja, e nos
tempos de turbulência espiritual o lugar mais seguro é sob o manto de Nossa
Senhora. É a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires é ela, de certo
modo, a protagonista da proteção. É a mãe. (...) Digamos a ela com fé: 'A Igreja
está sob a tua proteção, ó mãe. Cuida da Igreja'."
Em
agradecimento aos cinco cardeais do Brasil que participaram do último Conclave
que elegeu o Papa Francisco, a TV Canção Nova organizou uma cerimônia de
homenagens, no domingo, 14 de abril. Na solenidade realizada na sede da
comunidade, em Cachoeira Paulista (SP), os cardeais dom Cláudio Hummes, OFM, dom
Geraldo Majella Agnelo, dom Odilo Pedro Scherer receberam uma pequena estatueta
com a imagem de São Pedro, primeiro Papa da Igreja Católica, como forma de
expressar a importante contribuição destes membros do Colégio Cardinalício na
escolha do Sumo Pontífice e na missão da Igreja no Brasil. O cardeal João Braz
de Aviz, que está em atividades em Roma, também foi lembrado entre os
homenageados.
Anualmente,
durante a Assembleia Geral da CNBB, os bispos são convidados para uma recepção
na Canção Nova que oferece, gentilmente, um jantar ao episcopado, padres e
colaboradores da Conferência. Na ocasião, o fundador da comunidade, Monsenhor
Jonas Abib manifestou profundo agradecimento aos bispos pela visita e disse que
a Canção Nova “está a serviço da Igreja do Brasil e a todos os seus pastores na
obediência”. A cerimônia contou com a presença do Núncio Apostólico no Brasil,
dom Giovanni D´Aniello e do bispo de Lorena, dom Benedito Beni dos Santos, entre
outras autoridades. O presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis deixou
uma palavra de gratidão aos membros da comunidade Canção Nova pelo empenho no
trabalho de evangelização através dos meios de comunicação.
Confira
as fotos da cerimônia na página do facebook: assembleiageraldacnbb
Durante a entrevista coletiva desta 51ª
Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), o presidente da Comissão Episcopal
Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, dom Guilherme Werlang,
recordou o tema da questão Agrária no início do século XXI, que está em
discussão no evento. “Em 2010 foi lançado o assunto foi apresentado à Igreja num
documento de estudos”, disse o bispo, que recordou a atuação da Igreja neste
segmento.
O episcopado brasileiro já publicou diversos
documentos relacionados à questão agrária, o último destes foi há 30 anos.
“Inicialmente, com o documento de 1980, e depois por meio de notas, declarações
e até campanhas da Fraternidade, a Igreja abordou este tema. Mas sentimos que é
hora de atualizar esta reflexão”, afirmou dom Guilherme.
O novo texto apreciado pelos bispos nesta
Assembleia Geral foi, em sua maior parte, bem recebido e recebeu novas
contribuições. “Por isso, a comissão que cuida da elaboração do texto propôs,
que o texto seja melhor trabalhado”, relatou dom Guilherme.
O bispo enfatizou que “o texto é urgente e
necessário, e os bispos precisam dar uma palavra contundente sobre a questão
agrária. Nós percebemos, porém, que não teríamos condições de finalizar o
trabalho nesta Assembleia”. Por isso, foi decidido que o texto seja melhorado ao
longo do ano de 2013, e aprovado finalmente na Assembleia de 2014.
Dom Guilherme recordou outros temas que também
serão abordados pelo documento. “Nós vamos trabalhar a questão da água também,
que não está desvinculada da questão da terra e da mineração. Nós sentimos que
há uma necessidade da sociedade como um todo repensar também esta questão e não
mercantilizar a água”.
No 6º dia da Assembleia Geral da CNBB, dia 15, os
bispos reunidos em Aparecida (SP) trataram de Vida e Família, o Catecismo, Ano
da Fé e suas ações concretas. A questão agrária também voltou à discussão nesta
segunda-feira.
Participaram da coletiva de imprensa o bispo de
Itameri (GO), dom Guilherme Werlang, o arcebispo de Brasília (DF), dom Sérgio da
Rocha e o bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini.
O arcebispo de Brasília e presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, dom Sérgio da Rocha destacou aos
jornalistas como vivência para o Ano da Fé o texto ‘As razões da Fé na Ação
evangelizadora’.
“É necessário que cada pessoa seja capaz de
vivenciar e testemunhar a fé. É necessária a compreensão que o Ano da Fé vai
muito além desta comissão. O Ato da fé tem a ver com o conjuntos da vida”,
afirmou dom Sérgio.
O arcebispo lembrou ainda que o catecismo da
Igreja Católica e a nova evangelização devem ser instrumentos para viver a nossa
fé.
Dom João Carlos Petrini, presidente da Comissão
Episcopal Pastoral para a Vida e Família apresentou durante a coletiva de
imprensa algumas ações da comissão como a edição da ‘Hora da Família’, subsidio
utilizado em todo o Brasil para encontros e reflexões dos assuntos relacionados
à família.
Dom Petrini destacou ainda o Manual de bioética
para jovens que tem 2 milhões de edições e faz parte do material que os
peregrinos vão receber durante a Jornada Mundial da Juventude, que acontece em
julho no Rio de Janeiro.
Além desses títulos, o bispo de Camaçari (BA)
ressaltou também a publicação ‘Cristo nos ensina a amar’ com 30 perguntas e
respostas relacionadas aos jovens. Dom Petrini destacou ainda as Associações de
Famílias como grande recurso na construção da paz.
Peregrinação Nacional da Família – Também como
ação concreta da comissão, Dom Petrini falou sobre o grande encontro de famílias
no Santuário Nacional de Aparecida, que deve acontecer em maio.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para
Serviço, Justiça e Paz, dom Guilherme Welang falou sobre a Igreja e as questões
agrárias.
O bispo afirmou que o novo documento da CNBB
sobre questões relacionadas a este tema será colocado em votação novamente na
Assembleia Geral de 2014.
Respondendo a perguntas de jornalistas, Dom
Petrini afirmou que a nota emitida pelo Conselho Federal de Medicina sobre o
posicionamento em apoio à possibilidade de aborto até 12 semanas de gestação
ignora a criança em gestação.
“Entendemos que é necessário levar em
consideração todos os fatores que envolvem essa situação. O direito à vida é
inviolável”, ressaltou dom Petrini.
Igreja e as questões agrárias - Dom Guilherme
explicou que o texto foi apresentado aos bispos na assembleia e que houve uma
grande participação dos grupos de trabalho e muitas sugestões de emendas.
“É urgente um documento e uma manifestação sobre
este tema, mas percebemos que não teríamos condições de acrescentar todas as
sugestões de emendas feitas pelo nosso episcopado. Diante disso votamos para que
o documento seja enviado ao bispos do Brasil posteriormente”, completou.
Dom Guilherme falou ainda sobre a complexidade
das questões que envolvem a água, seca, e grandes obras hídricas. “A Comissão
Pastoral da Terra avaliação com seriedade as questões ligadas a água, onde nos
deparamos com sérios problemas como a contaminação das águas, a privatização e
as grandes hidrelétricas, problemas que atingem a pesca, a agricultura e o meio
ambiente”, completou.
Encerra-se com a celebração da Eucaristia no
Santuário Nacional de Aparecida (SP), na manhã deste domingo, 14 de abril, o
retiro espiritual dos bispos participantes da 51a assembleia geral da CNBB. O
pregador do retiro foi o bispo de Porto Velho (RO), dom Esmeraldo Barreto de
Farias.
O tema para a reflexão durante o retiro foi “O
Bispo, mestre e testemunha da fé”. Três meditações foram dirigidas por dom
Esmeraldo ao grupo de mais de 360 bispos presentes no centro de eventos da
Basílica.
Na primeira meditação de dom Esmeraldo, na tarde
do sábado, 13 de abril, ele afirmou que “Um bispo encontra a sua identidade e o
seu lugar no seio da comunidade dos discípulos do Senhor, onde recebeu o dom da
vida divina e a primeira instrução na fé. Sobretudo quando da sua cátedra
episcopal exerce na presença da assembleia dos fiéis a sua função de mestre na
Igreja, cada Bispo deve poder repetir como santo Agostinho: ‘Se se considerar o
lugar que ocupamos, somos vossos mestres; mas, pensando no único Mestre, somos
condiscípulos vossos na mesma escola”. Na Igreja, escola do Deus vivo, Bispos e
fiéis são todos condiscípulos e todos têm necessidade de ser instruídos pelo
Espírito”.
Na última meditação feita por dom Esmeraldo na
manhã deste domingo, o bispo de Porto Velho lembrou que “Somente unido a Jesus
Cristo, aos seus sofrimentos, no caminho da Páscoa, o bispo pode viver a missão.
A união com Jesus Cristo ressuscitado significa necessariamente comunhão com o
Servo, com aquele que assumiu a nossa natureza humana e que também diz para nós
hoje: ‘sem mim, nada podeis fazer’(Jo 15,5). O cominho da fé abre o horizonte da
esperança e esta “não decepciona porque o amor foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5)”.
Com essa experiência de oração, os bispos
encerram a primeira fase dos trabalhos desse encontro anual.
Durante a semana que contou, praticamente, com
três turnos diários de atividades, os bispos deram início aos debates em torno
do tema central da assembleia: “comunidade de comunidades: uma nova paróquia”.
Os outros dois temas que estão sendo aprofundados, “Questão Agrária” e
“Diretório da Comunicação” também foram amplamente discutidos e voltam ao
plenário nesta última semana. A assembleia dos bispos termina no próximo dia 19,
sexta-feira.
Na tarde de sábado e na manhã deste domingo, 14
de abril, os bispos que participam da 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida
(SP) participaram de um retiro, orientado por dom Esmeraldo Barreto de Farias,
arcebispo de Porto Velho (RO). No final da manhã, todos se reuniram para a
celebração eucarística, no Santuário Nacional.
Concelebraram a missa os bispos da região
Amazônica: dom José Valmor Teixeira e dom Elói Roggia, que fez a recordação da
vida no início da celebração. Em sua homilia, dom Esmeraldo recordou que a fé
cristã não pode ser um ato privado. “A comunidade é o lugar da vivência da
fé”.
Ao retomar as palavras de Jesus no diálogo com
Pedro no evangelho deste domingo (Jo 21,1-19), destacou o testemunho dos papas.
“Apesar de nossas fragilidades, Jesus nos chama ‘segue-me!’. Que belo testemunho
estão nos dando esses dois irmãos: o bispo emérito de Roma, Bento XVI, e o Papa
Francisco. Eles estão mostrando que se obedece a Deus”.
Ao final da celebração, dom Esmeraldo entregou
simbolicamente ao bispo auxiliar de Aparecida (SP), dom Darci José Nicioli, e
para uma família de romeiros, um rosário feito com sementes de açaí, e pediu
orações pela Igreja na Amazônia.
Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga S.D.B.,
Arcebispo de Tegucigalpa (Honduras), tem a função de Coordenador no grupo de
cardeais composto para aconselhar o governo da Igreja para estudar um projeto de
revisão da Constituição Apostólica Pastor Bonus, do Papa João Paulo II,
sobre a Cúria Romana, refere um comunicado da Secretaria de Estado.O Papa
Francisco, formou o grupo atendendo a uma sugestão advinda no decorrer das
Congregações Gerais antes do Conclave.
O grupo é formado pelos cardeais:
- Giuseppe Bertello, Presidente do Governatorato
do Estado da Cidade do Vaticano- Francisco Javier Errazuriz Ossa, Arcebispo
emérito de Santiago do Chile- Oswald Gracias, Arcebispo de Mumbai (Índia)-
Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e Fresinga (Alemanha);- Laurent Monsengwo
Pasinya, Arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo)- Sean Patrick
O’Malley. O.F.M. Cap., Arcebispo de Boston (EUA);- George Pell, Arcebispo de
Sidney (Austrália)- Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga S.D.B., Arcebispo de
Tegucigalpa (Honduras), com a função de Coordenador
Faz parte também do grupo o Bispo de Albano
(Itália), Dom Marcello Semeraro, com a função de secretário.
A primeira reunião coletiva do grupo foi fixada
para os dias 1º, 2 e 3 de outubro de 2013. Todavia, desde já, Sua Santidade está
em contato com os integrantes do mencionado grupo.
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe.
Federico Lombardi, disse na coletiva realizada neste sábado que o Papa mostrou
ter recebido as sugestões que o Colégio Cardinalício manifestou durante as
Congregações Gerais em preparação do Conclave.
"Este é um grupo convocado para aconselhar. Quem
realmente ajuda o Papa a governar a Igreja todos os dias com suas diferentes
competências é a Cúria Romana, ou seja, os colaboradores estáveis e permanentes
no governo da Igreja que acompanham o Papa. Parece-me importante ressaltar isso
a fim de evitar discursos não pertinentes de colocar em segundo plano o serviço
da Cúria ou a diminuição de suas responsabilidades. A Cúria permanece com todas
as suas competências e com todas as suas responsabilidades", destacou Pe.
Lombardi.
"Fala-se da primeira reunião em outubro, então
não é um grupo que deve se reunir de maneira acelerada, com a sensação de
emergência. Faltam ainda muitos meses para a primeira reunião. Provavelmente
passarão meses entre uma reunião e outra. No entanto, isso deve ser decidido
pelo Papa no primeiro encontro", frisou ainda o jesuíta.
Pe. Lombardi disse que o Papa, neste momento,
está fazendo seu trabalho de conhecimento da Cúria Romama, de seus
colaboradores. Estão previstas audiências com os prefeitos das Congregações e
vários organismos vaticanos.
Em sua participação na coletiva de imprensa da
sexta-feira, 12 de abril, o bispo de Balsas (MA) e presidente da Comissão
Pastoral da Terra (CPT), dom Enemesio Angelo Lazzaris falou sobre a apresentação
do Documento “A Igreja e a questão agrária no Século XXI”.
Dom Enemesio explicou que o Documento é uma
continuidade das reflexões que a CNBB tem feito ao longo dos anos. E citou o ano
de 1954, quando se realizou a 2ª Assembleia Geral dos Bispos e cujo tema central
foi a “Reforma Agrária”, o bispo também lembrou o ano de 1980 quando na 18ª AG o
tema foi “Igreja e problemas da terra” e mais recentemente, em 2006, quando foi
lançado o Documento “Os pobres possuirão a terra”.
Dom Enemesio ressaltou que o Documento
apresentado na 51ª AG composto por um breve histórico, quatro capítulos e
conclusão “quer fazer entender de maneira crítica as velhas e novas razões do
sofrimento e da violência que marcam e ensanguentam a nossa terra hoje talvez
mais que ontem”. E reforçou dizendo que “de maneira clara o documento faz
entender que a sempre prometida Reforma Agrária não foi prioridade de nenhum dos
governos democráticos, menos ainda do governo atual”.
O bispo fez uma alerta para a situação opressora
que se encontram os povos indígenas, quilombolas, sem terras e escravizados do
campo, que estão em condições degradantes. “Precisamos atuar, precisamos
anunciar as coisas boas, mas precisamos denunciar as tantas formas de opressão,
os gritos, as injustas que este povo sofre”.
No final da coletiva o presidente da CPT disse
que o episcopado apela para que os poderes executivo, legislativo e judiciário
permita que os camponeses tenham vez e voz. “Declaramos apoio aos pequenos que
buscam oportunidade de vida na terra, na floresta e nas águas. Apoiamos as
organizações camponesas e suas lutas pela terra e por políticas públicas que
lhes garantam acesso ao serviço saúde. Estamos juntos na resistência contra toda
forma de violência que atinge a vida dos trabalhadores e suas famílias. Nos
colocaremos contra a grilagem e esforçaremos sempre mais para combater o
trabalho escravo”.
O arcebispo de Mariana (MG) e ex-presidente da
CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, estava presente na coletiva e pediu a palavra
para falar sobre o assunto. Com a palavra dom Geraldo questionou se a questão
agrária está sendo discutida em nosso país e se há algum partido político
levantando este assunto. “Não é que a questão não exista, é que se faz vista
grossa, se silencia”.
Dom Geraldo aproveitou para ressaltar que
Documento “quer dizer um grito dos que estão pedindo socorro e a Igreja quer ser
porta-voz de todos aqueles que são vítimas desta situação gravíssima em nosso
país”.
E esclareceu: “Sabemos que esse Documento vai
provocar reações porque é um documento que toma posição clara e definida. É
lógico que esperamos que ele tenha repercussão no Congresso Nacional, que ele
possa trazer uma contribuição para um debate mais amplo na sociedade”.
Na manhã deste sábado, 13 de abril, os
participantes da 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), iniciaram a
apresentação das contribuições das reflexões sobre os temas prioritários do
evento: o diretório de Comunicação e a Questão Agrária.
Os bispos realizaram o estudo dos textos
preparados pelas comissões para cada tema. Os grupos se reuniram durante dois
dias, e agora apresentam o primeiro repasse com contribuições e críticas na
redação dos textos.
Na tarde de hoje e na manhã de domingo, os bispos
participam de um retiro, orientado por Dom Esmeraldo Barreto de Farias,
arcebispo de Porto Velho (RO).
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