Estudo realizado pela CVA Solutions em mais de 6 mil domicílios de
todo o país mostra que dentro do setor de roupas íntimas e meias, as
marcas DeMillus, Lupo, TriFil, Zorba e Adidas lideram as vendas e
preferência em todas as classes sociais. As marcas foram as mais
compradas nos últimos 12 meses e também as que possuem maior força de
marca (atração menos rejeição).
As projeções do levantamento indicam
que em 2013 o setor movimentou no Brasil cerca de R$ 28 bilhões, com
vendas de 1,6 bilhão de peças, números que vem apresentando crescimento
ano a ano.
- O setor tem grande potencial de crescimento em virtude
da melhoria do poder aquisitivo da Classe C e da realização de eventos
esportivos, como a Copa do Mundo, que incrementam as vendas de alguns
itens, como meias esportivas - comenta Sandro Cimatti, sócio-diretor da
CVA Solutions, empresa de pesquisa de mercado e consultoria, subsidiária
da companhia norte-americana CVM Inc.
A CVA Solutions realizou
também um estudo qualitativo, com grupos de discussão, em cinco cidades
do país (São Paulo, Rio, Recife, Porto Alegre e Curitiba), com um total
de 32 pessoas das classes A/B e C/D, revelando características
importantes sobre os consumidores no segmento.
O estudo quantitativo
foi desenvolvido entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, quando
foram feitas 6.115 entrevistas e analisadas 28 categorias de produtos
Underwear voltados para mulheres, homens, crianças, além de modeladores
femininos.
As 28 categorias analisadas foram: masculino (cueca, meia
casual, meia esportiva, meia social e meia compressão); feminino
(calcinha, sutiã, camisete, top, meia casual, meia esportiva, meia fina e
meia compressão); infantil (calcinha, cueca, meia casual menina, meia
casual menino, meia esportiva menina, meia esportiva menino e meia fina
menina); modeladores femininos (bermuda, body, short cintura alta, body
com perna, calcinha modeladora, calcinha alta, camisete modeladora e
vestido).
O mercado de modeladores femininos, de acordo com o estudo,
é o que tem maior potencial de crescimento. Os produtos desta categoria
são encontrados em menos de 20% dos domicílios pesquisados, sendo que
mais de 55% das mulheres brasileiras com mais de 18 anos estão acima do
peso, o que justificaria a compra e uso de peças para modelar o corpo e
afinar a silhueta.
- O objetivo do estudo da CVA Solutions foi o de
conhecer quem são os consumidores de roupa íntima para cada uma das 28
categorias e mostrar quais são as marcas mais vendidas, mais fortes,
como é o consumidor, quando ele compra, onde ele compra, quanto paga,
preferências, idades, classes sociais... - afirma Sandro Cimatti.
Durante
as discussões dos quatro grupos foram abordados vários temas, revelando
que as classes C/D compram roupa de baixo cerca de quatro vezes por
ano, mais do que as A/B, que compram de duas a três vezes ao ano, porém
investindo em peças de maior qualidade. As mulheres compram mesmo quando
não precisam, já que consideram que uma roupa íntima nova e bonita
aumenta sua autoestima. Os homens compram principalmente para repor
peças gastas.
Também se verificou que homens e mulheres reservam
roupas íntimas mais novas ou especiais para diferentes ocasiões,
principalmente para encontros amorosos.
Estilos e cores preferidos
também foram revelados. As mulheres preferem comprar as cores preta,
branca e bege para o dia-a-dia e vermelha para ocasiões especiais. E
gostam que seus parceiros vistam cuecas pretas ou brancas. Já os homens
gostam de usar cuecas brancas, pretas, azuis e cinzas. Eles preferem que
suas parceiras vistam preto, vermelho e branco e são unânimes em odiar a
cor bege.
As mulheres preferem os modelos de sutiã push up e nadador
e as calcinhas tipo biquíni e tanga e gostam de ver os seus parceiros
vestidos com cuecas estilo boxer e microboxer. Elas não gostam da cueca
modelo samba canção, considerado próprio para a terceira idade.
Os
homens gostam de usar cuecas boxer, slip e microboxer. E gostam que suas
parceiras usem sutiã tomara que caia e push up e calcinha fio dental
(considerada desconfortável pelas mulheres para uso no dia-a-dia).
Foram
analisadas 38 marcas, sendo que as mais compradas foram DeMillus
(24,6%), Marisa (11,4%), DelRio (7,5%), Duloren (5,4%), Hope (4,4%) e
TriFil (3,0%).
As lojas de departamento tem grande penetração nas
compras (45%), seguidas por lojas de bairro (23%), loja do fabricante
(20%) e catálogo de venda direta (17%). Cabe destacar a importância das
vendas por catálogo para a marca DeMillus líder desta categoria.
Quanto
aos modelos que a consumidora mais possui, a liderança fica com os
clássicos (49,3%) e push up (18,5%). Os produtos Marisa são os mais
baratos (R$ 22,16), enquanto os da marca Liz são os mais caros (R$
54,80).
A DeMillus é líder isolada em força da marca (atração menos
rejeição), na categoria sutiã, com 26,3%. A segunda colocada é a Duloren
(6,5%), seguida por DelRio (5,9%), Hope (4,4%), TriFil (2,5%), Valisère
(2,1%), Lupo/Loba (1,4%) e Marisa (1,3%).
Fonte: CDL Porto Alegre
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