terça-feira, 20 de março de 2012

SIMBOLOS RELIGIOSOS FORA DOS PREDIOS DA JUSTIÇA

A determinação do Tribunal de Justiça de retirar os crucifixos de todos os prédios da Justiça gaúcha continua levantando polêmica, e tornando-se o centro de debate, dividindo opiniões. De um lado, alguém afirma que lugar de símbolos é na igreja; de outro que “Estado Laico, não é ausência de religião. Que mal há numa cruz presa á parede, se ela conforta os homens que tocam as instituições?, questiona Fabrício Cardoso em postagem no Blog do Editor-Clic RBS.
A decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça é consequência de um pedido da Liga Brasileira de Lésbicas e outras entidades, como os grupos de defesa dos direitos dos homossexuais Somos e Nuances e a entidade feminista Themis.
Em meio às divergências, é preciso que a Justiça Gaúcha enumere bons argumentos tanto para a retirada dos símbolos, como para a manutenção dos mesmos. Enquanto se determina e discute este tema, muitas pessoas encontram dificuldades de acesso à justiça, principalmente no que se refere ao longo tempo de espera de um processo para o outro.
Qual a influência de um símbolo religioso nas decisões da justiça terrena se as próprias leis dos homens vem de encontro às leis de Deus?. Se todos cumprissem os 10 mandamentos, não precisaria o universo de leis e seus artigos e nem necessitaria de interpretação, como costumeiramente se faz, pois se entende que leis foram feitas para serem cumpridas e não interpretadas.
Na verdade os crucifixos passam despercebidos por muitos e são simplesmente objetos que ocupam espaço em paredes. Muitas pessoas gostariam que as instituições que conseguiram essa façanha, esclarecessem melhor suas intenções. O que dá para perceber é o temor em relação à cruz e a falta de coragem para se identificar com o sofrimento daquele que morreu para o perdão da humanidade. Neste gesto Jesus INCLUIU todos, independente de quem fosse de suas opções, funções, classes, entre outras. A cruz prova que existe perdão para o pior dos pecados. Embora fora dos prédios da justiça terrena, e respeitada esta decisão, a cruz é universalmente reconhecida como símbolo do cristianismo, aí, quem sabe, a razão pela qual se justifica sua ausência para o conceito de Justiça para todos, independente do credo religioso. É inegável a afirmação de sermos filhos de Deus, por isso com ou sem os crucifixos cada pessoa, intimamente exerce seu momento de reflexão.
Se na visão de muitos isso pode ser uma afronta ao filho de Deus, vamos lembrar uma frase dita por Ele do alto da Cruz: Pai: perdoa-lhes por eles não sabem o que fazem. A ausência da Cruz, não significará a diminuição da fé.


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