quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SAUDE

O VAI E VEM DA SAÚDE


Definir o que é urgência ou emergência para um grupo de pessoas que nem atenta para a prevenção fica realmente complicado, bem como para a maioria da população quando o assunto é “doença - versus - atendimento.
A tão conhecida “triagem” entrou como um novo mecanismo na tentativa de evitar que o Pronto Socorro não se torne um ambulatório. As Unidades de Estratégia da Família também cumprem a mesma finalidade, tentando promover um atendimento mais perto das pessoas residentes nos bairros de sua cobertura. Esta estratégia não deveria resultar em reclamações, mas como o assunto saúde é complexo, a Prefeitura de Santiago, por exemplo tem procurado de todos os meios para tentar sanar as falhas do sistema e atender às necessidades da população, já que ninguém vai consultar somente para ver o médico.
Por falar em necessidade, a doença não escolhe a hora para aparecer e como a “orientação é procurar o atendimento sempre que necessário”, muitas pessoas se utilizam desta prerrogativa e vão em frente. Só que às vezes se deparam com o fator limitador de fichas, ficando o mesmo para o próximo dia, se a situação não se transformar em uma urgência nas próximas horas. Mesmo tentando procurar outra forma para consultar, fora de seu bairro e, sem o encaminhamento de praxe, documentado, acabam enfrentando problemas de território, pois, pelo que se sabe, cada Unidade de Estratégia da Família, é responsável pelo seu público alvo, não sendo permitido consultar em outra, salvo a inexistência de médico.
O que a população espera é agilidade e precisão, embora é passível de reconhecimento a falta de paciência de muitos que ignoram o funcionamento do sistema e querem fazer valer o direito à saúde previsto na Constituição Federal. Segundo o médico Arlindo Disconzi, que foi sugerido a dar sua opinião a respeito dos pré-diagnósticos, eles só podem ser emitidos pelo próprio médico, e que todo o sintoma deve ser investigado, cujas causas são apontadas através de exames. É por este caminho, que muitas pessoas são salvas no atendimento público de saúde.
Em Santiago, ainda, mesmo que sob algumas críticas, o atendimento à saúde é bom, se comparado a outras cidades. Existe a boa vontade do Executivo em contratar mais médicos, como vai ocorrer agora, a partir do concurso público realizado para suprir as deficiências das Unidades de ESFs; mas a população quer mais e talvez, seu principal anseio, seja: nunca deixar para amanhã o que poderá ser feito hoje.

Em noticia divulgada quarta-feira pela Agência Brasil - Aumentar o número de médicos e reduzir o tempo de espera para atendimento são as principais melhorias sugeridas por brasileiros para o Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo ouviu 2.773 pessoas no período de 3 a 19 de novembro de 2010. Para muitos a falta de médicos nos hospitais públicos mostra o descaso do Estado com os cidadãos. Sobre o atendimento em centros e postos de saúde, quase a metade dos entrevistados (46,9%) sugeriu que o número de médicos fosse aumentado. No atendimento por médicos especialistas, 37,3% dos entrevistados fizeram a mesma sugestão. O percentual é semelhante ao de pessoas que cobraram o mesmo em serviços de urgência e emergência (33%). As melhorias seguintes sugeridas pelos entrevistados incluem a redução do tempo de espera para atendimento em centros e postos de saúde e também a redução do tempo de espera entre a marcação da consulta e a visita ao médico.

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