REPASSANDO

Recebi e acho que vale a pena reproduzir

Ensinamento clássico feito por Maquiavel em O Príncipe dita ao Governante que deve tratar bem os militares. Não porque sejam melhores que os demais servidores do Estado, mas porque são os únicos que firmam um compromisso de sangue com o Estado: morrer em defesa da sociedade. Os acontecimentos ocorridos no Rio de Janeiro e agora no nosso Estado não são fatos isolados, redundam do abandono do Estado em relação aos salários miseráveis pagos aos soldados da Polícia e Bombeiros Militares. Aquele episódio retrata o total desprezo de nossos Governadores pela segurança pública, em especial pelas Polícias Militares. No Rio Grande do Sul não é diferente. Eleito Governador, a tropa da Brigada Militar esperava algum sinal do retorno da verticalidade, recomposição salarial, algum alento. Recebeu aumento previdenciário, como se tivessem os mesmos direitos dos servidores civis, nenhum reajuste de salários. O Governador Tarso Genro parece ignorar que seus militares estão no limite, exauridos em “bicos” ou se corrompendo. Esta é a verdade que parece que sua excelência insiste em ignorar, faz ouvidos moucos, prefere transferir a responsabilidade a um “Conselhão”. Governador, o senhor é o responsável por esta bomba relógio que está no seu colo. Não deixe que uma tragédia se instale na centenária Brigada Militar. Eu, como Capitão, tenho vergonha de ter soldados ganhando salários famélicos para defender minha vida, liberdade e meu patrimônio. Trate os soldados da Brigada Militar com respeito, a hora é de decidir. Se faltam recursos, corte o gasto público em outras áreas, como por exemplo, manter estrutura estatal alheia aos deveres do Estado: saúde, educação, segurança e serviços judiciários. Ainda há tempo, tome a decisão política, antecipe-se ao que vai acontecer. Dê segurança a quem presta segurança e meio caminho andado estará dado para o sucesso de seu Governo. Como intelectual, volte a ler “O Príncipe”, valiosos ensinamentos lá se encontram. De minha parte, desejo o melhor governo