segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MULHER MODERNA E O DESAFIO DE ENFRENTAR A INFERTILIDADE

A revolução Industrial tem colocado a mulher num patamar bem diferente do tradicional; aquele de ter filhos, exercer efetivamente o papel de mãe, dedicar-se exclusivamente à família, como se fosse uma “ profissão” e nada mais que isso. Modelo este construído ao longo dos tempos e que tem sofrido uma serie de mudanças a partir de então.
O universo feminino desprendeu-se da tradição milenar e tem buscado seu próprio espaço no sentido de se sentir produtivo, onde as mulheres estão assumindo novas responsabilidades e desafios, além atividades do lar. O mercado de trabalho passa a contar mais com elas, apesar de ainda enfrentarem desigualdades em relação aos homens. A mulher moderna procura atualmente sua independência financeira; estuda, exerce aquilo que gosta, ou disponível no mercado de trabalho. Cuida do corpo, vive sua sexualidade e usa sua inteligência frente às discussões de temas complexos, que até então era de domínio masculino.
Em meio a isso tudo, determinadas mulheres, casadas ou não, que resolvem ter filhos e não conseguem, perdem esse sentido de poder, se tornando, na maioria das vezes impotentes na falta de controle e sentimento de impotência que essa experiência promove. Algumas se sentem imperfeitas incapazes e até defeituosas, desconsiderando todas as conquistas alcançadas pelo fato de não conseguir ser mãe frente à infertilidade.
Um texto, publicado pela psicóloga Luciana Leis (especialista no tratamento de casas com problemas de fertilidade) diz que “Buscar tratamentos também implica em assumir para si o fato de que realmente há um problema nessa área e de que o filho talvez não venha da forma antes idealizada”.
A especialista coloca que grande parte das mulheres que opta por realizar tratamentos para engravidar o faz de maneira escondida, velada, quase “como se fosse uma vergonha” ter filhos através destes meios. Apesar de admitir que um tratamento de reprodução humana é algo íntimo, percebe-se porém, um certo pudor em assumir para outro e para si essa nova maneira de conceber um filho.
E Contar para a criança que ela foi gerada através de uma técnica de reprodução assistida é outro problema, mas os pais precisam lidar com isso levando em conta uma história de luta e de desejo intenso para que o filho fosse possível, e como exemplo à próxima geração na batalha por seus sonhos e superação das dificuldades, independentemente da maneira como o filho foi gerado.
A mulher moderna e infértil, ainda conta com este mecanismo, capaz de promover a satisfação total de suas ações e completar a sonhada tradição de ser mãe.

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